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Um tipo simpático, moreno e de olhos castanhos, entra num jornal e quer publicar a página inteira um manifesto devidamente ilustrado sobre a razão de ser do nazismo nos dias de hoje.
O editor, chamado para resolver o problema, ao ver tanta estupidez, incitamento ao ódio e suástica juntos num panfleto, recusa a publicação.
Então, o tipo, sempre simpático, chama-lhe a atenção para o seguinte:
- Compreendo a sua posição, mas repare, o que está em jogo não é o teor do manifesto, mas o facto de se eu não puder publicar a minha opinião hoje, amanhã será a si que esse direito é negado. É uma questão de direito à liberdade de expressão.
O editor, coçando a cabeça, olhou mais uma vez o panfleto e disse:
- Bom, se põe as coisas nesses termos...
- Claro. Nunca esperei que partilhe dos meus ideais; apenas que esteja disposto a morrer para que eu os divulgue.
E, enquanto o panfleto ia para publicar, o editor foi tomar uma cerveja com o tipo simpático. Não haveria muito a que pudessem brindar juntos, excepto... à liberdade de expressão.
A propósito de uma opinião de FJV, aqui.
Nota:
Algum dia teríamos de discordar.
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