sábado, dezembro 31, 2005

Haaaaaapy New Year!!

Sound it out loud!
Drum & Bass, boys and girls. Drum & Bass.



Rihana - Pon de Replay (remix)

Boas Entradas, pessoal.
Chiiina Pá!

:)

MMVI


Cá estamos.
365 dias depois e prontos para mais.

Beware of Mockingbirds.
Bring'em on!


A Sombra regressou no final de um ano difícil para (quase) todos. Contrariando as expectativas generalizadas e os indicadores péssimistas, 2006 será tudo o que quisermos. Ou não. Para os que continuam a olhar o céu, sabe-se lá à espera de quê, será um ano difícil. Para os que descobriram as suas asas, porém, ele é apenas o limite.

O destino, contrariamente ao que muitos pensam, está longe de ser fatal. O sonho, independentemente do que lemos nos jornais, apenas morrerá quando deixarmos de o sonhar. E os sonhos têm aquela mania de o serem para lá da nossa vontade, o que é óptimo, pois mesmo os que os recusam terminam por os sonhar. É inevitável.

Talvez 2006 não seja O Ano, mas ele terminará por chegar. Já todos o vimos acontecer, mesmo não nos recordando disso, como quando regressamos de um sonho impossível... que aconteceu. Portanto, não deixem de repetir, a cada despertar:
"Tenho de me recordar... Tenho de me recordar..."

Ever tried. Ever failed. No matter.
Try again. Fail again. Fail better!

Samuel Beckett

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One for the road...

... yeah.



Robbie Williams - One for my baby (Swing when you're winning)

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência


Domingo, 28 de Agosto de 2005.
A única superpotência do planeta Terra preparava-se para dar a uma das suas maiores prepotências uma lição de humildade.
Terá sido suficiente?

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa

Um furacão de intensidade 4 (ainda persistem dúvidas quanto à intensidade que o Katrina tinha quando atingiu a Costa Sudoeste dos EUA, se 4 ou 5) abate-se sobre áreas densamente povoadas de um dos países mais desenvolvidos do chamado "mundo Ocidental" e o que acontece?

Quando a Tsunami (feminino, como em ONDA!) atingiu a Ásia, há um ano, a comunidade internacional reuniu esforços para minimizar os efeitos da catástrofe. Pela primeira vez em muitos anos, os EUA, por exemplo, mobilizaram meios militares de grande envergadura para fazer chegar a ajuda a milhares de vítimas do desastre, fazendo-nos pensar que, finalmente, vale a pena ter meios desse tipo disponíveis para atender a estas emergências, seja sob a bandeira da ONU ou do próprio país; a bem dizer, aos que necessitavam de água em Aceh, pouco importava que os helicópteros que a traziam ostentassem insígnias das Nações Unidas, do USMC ou do que quer que fosse. O mundo juntou-se como nunca (mesmo contando com o 9/11/2001) e a resposta foi pronta e a melhor possível. Apesar disso, a dimensão da tragédia foi de tal ordem que, ainda hoje, os seus efeitos se fazem sentir.

Na altura, no Mississipi, os norte-americanos viam os desafortunados asiáticos na FOX e na CNN e agradeciam aos céus pelo poderio dos EUA que, felizmente, podia minimizar o seu sofrimento. Mal imaginavam que, oito meses depois, seria a vez deles.

E o que sucedeu? Todos sabemos. Não vou estar aqui a mencionar tudo o que devia funcionar que não funcionou, nem tudo o que devia ter sido previsto que não foi (e não por falta de aviso), nem o responsável máximo pelo serviço de emergência norte-americano, nomeado por G. W. Bush, que percebia mais de cavalos árabes que de seres humanos... O que sabemos é que falhou tudo.

A dita "maior superpotência", a "única superpotência", à face da Terra, foi incapaz de lidar com uma catástrofe natural no seu próprio solo. Só os tolos se surpreenderam com tal coisa. Fossem a dobrar os meios de que os EUA dispõem para lidar com fenómenos desta natureza e os resultados seriam os mesmos ou piores. Porquê?

Porque o ser humano, seja norte-americano, saudita, japonês ou português, acha que pode controlar tudo em seu torno; que é omnipotente. Nada mais falso.

Não vamos cair na asneira de dizer que o Katrina foi um acto divino; que foi "encomendado" a Alah pela Al-Qaeda, que puniu New Orleans pela sua conduta devassa e ímpia. O Katrina foi, simplesmente, um fenómeno natural de escala maior, para o qual os seres humanos não estavam preparados. Com os constantes atropelos e desrespeitos à conservação da natureza e do equilíbrio natural do meio ambiente, o clima vai ficando cada vez mais imprevisível. O simples facto de se terem acabado os nomes de código para os furacões e tempestades é sinónimo disto mesmo; o clima está a mudar radicalmente. Kyoto deve ser assumido como prioridade.

Depois do Katrina, o que fazem os EUA? Permanecem cépticos; afirmam que está por provar que as emissões de gases nocivos à atmosfera são a causa destas alterações climáticas (uma contradição de termos capaz de nos fazer ir às lágrimas, de desespero, não de galhofa!). Em suma: não aprenderam nada.

A isto se dá um nome: Prepotência.

Quanto a Superpotências, estamos esclarecidos; só existe uma, à face da Terra. E que POTUS (*) se cuide. Um dia, o céu pode bem cair-lhe em cima da cabeça...

Rui Semblano

(*) POTUS: President Of The United States

Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945

quinta-feira, dezembro 29, 2005

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945


Sobre o livro de Frederick Taylor, Dresden, Tuesday February 13 1945, José Manuel Fernandes, em editorial do Público, afirmou estar finalmente provado que o bombardeamento daquela cidade não só foi justificado como os resultados foram de grande importância para a vitória aliada sobre o nazismo.

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa


A propósito de recensões, quando li a relativa a esta obra de Frederick Taylor, na tal coluna "Um livro por semana", do Público, fiquei com a pulga atrás da orelha. É que, logo a seguir (ou no próprio dia, já não me recordo), José Manuel Fernandes (JMF) veio referir o dito trabalho como "prova" de que, "afinal", o bombardeamento de Dresden em finais da Segunda Guerra Mundial foi uma acção militar legítima e inteiramente justificada, contrariando o "mito", segundo o director do Público, de que se havia destruído uma cidade inteira e morto milhares de pessoas para nada.

Como amante de tudo o que diz respeito à II Guerra Mundial, encomendei o livro na FNAC e não o larguei até ter a certeza de não ter falhado algum pormenor importante que, de facto, fosse de encontro quer à referida recensão, quer às palavras de JMF.

Em 2005, assinalaram-se os 60 anos decorridos sobre a data fatídica de 13 de Fevereiro, dia de 1945 em que Dresden foi tomada como alvo para os grupos de bombardeamento estratégico britânico 5th Bomber, 8th Pathfinder, 1st, 3rd e 6th Bomber, a que se seguiram os doze grupos norte-americanos da 1ª Divisão de Bombardeiros da USAAF (naquele tempo era "Army Air" e não apenas "Air", de onde o duplo "A").
Como muito bem está documentado na excelente série "The World at War" da BBC, que vi na RTP quando da sua primeira apresentação e que agora possuo em DVD, graças ao Público (curiosamente...), em registos da época relatados na primeira pessoa, como o do mais alto responsável pelo Comando de Bombardeiros da RAF, a prática do bombardeamento estratégico enquanto bombardeamento de largas áreas residenciais com o objectivo de infligir o máximo de baixas civis, para desmoralizar e desmobilizar o adversário, era usada normalmente pelos britânicos (assim como pelos norte-americanos e alemães). Também é conveniente não esquecer que foi pela frustração e impotência da Grã-Bretanha não poder atingir os alemães de outro modo que tudo isto começou, com o notório bombardeamento de Berlim quando a Luftwaffe tinha de rastos o Comando de Caça da RAF, levando Hitler a retaliar sobre Londres e outras cidades, abandonando de todo os alvos militares, para gáudio de Churchill e desespero dos Generais do Ar alemães (incluindo Goering, que não era tão estúpido assim...).

Dresden foi, portanto, um alvo natural, dentro deste tipo de estratégia tão estúpida como desumana. Está hoje provado que esta técnica não conduz aos resultados que pretende atingir, muito pelo contrário. Mas, em 1945, era normal. E tão normal era que, de viva voz, vários oficiais superiores de todos os campos a proclamavam como sendo usada com bons resultados (entenda-se "milhares de mortos civis"). C'est la guerre, dirão alguns. Não necessariamente, digo eu.

Como em Hiroshima e Nagasaki, em Dresden cometeu-se um crime contra a humanidade. Também em Londres, sim, e em Coventry. Em todos os sítios onde foram propositadamente bombardeadas áreas apinhadas de civis, fosse de que nacionalidade fosse o comandante dos bombardeiros.

O livro de F. Taylor não prova coisa nenhuma. É um trabalho honesto e bem documentado. Tende ligeiramente para a teoria em voga de que Dresden era um alvo eminentemente industrial, muito politicamente correcta nos dias de hoje, mas negada até à exaustão por declarações de ingleses e norte-americanos quando a prática do bombardeamento de civis era tida como dentro das "leis da guerra".
Apesar disso, de todas as fotos seleccionadas para ilustrar o livro, apenas uma mostra uma instalação "industrial": a fábrica de cigarros Universelle, convertida para o fabrico de armamento. Não esclarece o livro qual o impacto que teria o armamento saído desta fábrica nos dois meses que decorreram desde o bombardeamento até à queda de Berlim, mas parece-me seguro afirmar que não seria por ele que os nazis teriam empurrado os soviéticos para os Urais e os ingleses e norte-americanos para o Canal da Mancha e para o Mediterrâneo...

Quanto ao número de vítimas civis que pereceram no inferno de Dresden, cuja construção era eminentemente de madeira e que foi bombardeada com bombas incendiárias (para destruir as fábricas, já o sabemos...), F. Taylor diz-nos tão simplesmente que... Não o sabe.

O que diz Taylor é que, apesar da inexactidão dos números oficiais ou não, "Nada disso minimiza a terrível realidade de um tão vasto número de mortos, roubados da vida de forma tão horrenda no espaço de algumas horas, ou faz esquecer que a sua maioria eram mulheres, crianças e velhos. Estimativas irracionais - em especial as que visam ganhos políticos - não dignificam nem fazem justiça, em qualquer conjunto de valores, ao que foi um dos actos isolados mais terríveis da Segunda Guerra Mundial." (in Dresden, 13 February 1945, pág. 509, Bloomsbury 2005, paperback)

Se isto é desculpar o bombardeamento de Dresden, então já não sou eu que não percebo inglês, já não percebo é nada de nada... Nesse caso, que JMF e o recensor do Público perdoem a minha "ignorância".

Como escrevi pelo meu punho no próprio livro:
"As pessoas verão sempre o que querem ver, mas
Hamburgo, Colónia, Hiroshima, Nagasaki... e Dresden
foram crimes de guerra."

Rui Semblano


Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945

A música n'A Sombra

Antes de mais, muito obrigado António Baeta, pela sugestão do CastPost, o novo servidor de música d'A Sombra. Já há alguns dias que experimento este processo e tem resultado bem.

Quanto à música, a disposição do momento, à Sombra, é ilustrada sonoramente em Shadow's Mood, na coluna da direita, sendo indicado em entrada a sua actualização. Quando a disposição muda, o som que ilustrava a anterior é colocado na sua entrada correspondente. Deve ser revelador, daqui por uns tempos, fazer um apanhado das minhas pancas musicais por datas...

No que respeita a clips inseridos nas entradas, têm a ver com o tema das mesmas ou com o seguimento das mesmas, não afectando o tema a rodar em Shadow's Mood.

Sei bem que isto só resulta a 100% com ligações de alta velocidade, por isso peço desculpa aos que usam ligações lentas; cheguei à blogosfera em 56k, passei para ADSL e, hoje, estou ligado à rede de cabo. Resta-me esperar que, em breve, os modems de 56k sirvam exclusivamente para emergências (lembras-te, Raquel?), tornando-se as ligações de alta velocidade mais baratas e generalizadas, de modo a que se possa usufruir da Internet em melhores condições.

E, já que me recordei da Raquel, aqui fica uma mensagem suave.



Erykah Badu - Bag Lady (standard edit)

nota:
Não tão suave como a que tem rodado por estes dias no Little Black Spot,
e que é magnífica, mas quase... ;)

terça-feira, dezembro 27, 2005

A Arte da Mesa...

A propósito do dinheiro desperdiçado nas campanhas eleitorais em Portugal (como em todo o lado), e não apenas nesta, mas em todas, o Blasfémias tem uma entrada de PMF que, entre os seus comentários (de todo o tipo, como convém à democracia), merece esta reflexão da parte de jcm:

"Poderá haver Campanhas sem grana? Encore langue de bois."
comentário de jcm neste link para "Quanto vale uma campanha eleitoral?", de PMF, no Blasfémias.

Ora, sendo as campanhas eleitorais, por definição, o tempo concedido por lei para que os candidatos dêem a conhecer aos eleitores os seus programas, trata-se de um serviço público (ou estou enganado?).
Uma vez que já não estamos na Idade Média, em que os mercados eram deveras importantes enquanto agregadores de povo, e que cada vez mais portugueses não sabem ler, de acordo com estudos oficiais, resta o Case Study do futebol para ilustrar a concretização de um serviço realmente público.
Passo a explicar:

Quando existe um jogo de futebol considerado de serviço público, como quando o Benfica vai jogar amigavelmente à Letónia ou algo assim, não há cidadão interessado que deixe de acompanhar o evento, isto é, de ser informado cabalmente sobre o mesmo, via Televisão e Rádio (e imprensa, mas vamos deixar as letras de fora, por piedade). Pode até dar-se o caso de o clube ter de pagar alguma coisa para que isso suceda, mas geralmente até acontece o contrário! Adiante.

No caso das eleições e respectivas campanhas, pergunta o jcm se podem fazer-se sem "grana". Sendo serviço de interesse e utilidade públicos, evidentemente que sim. Bastaria assegurar a todos os candidatos por igual, desde o VIP mais "in" ao desconhecido mais "out", o mesmo tempo de antena em televisões e rádios públicas, o que, no século XXI, mesmo em Portugal, significa abranger a maioria dos cidadãos eleitores interessados.

Quanto a gastos com campanhas, vulgo "outdoors", "spots", "poles", viagens, frigoríficos, bandeirinhas e jantares... Nada. Nicles. Zero.

Tadaa!

nota:
Mas compreendo que tal coisa seja considerada uma aberração em muitos meios; sobretudo nos dados à mesa farta.
Da boa e da cara como da reles e de graça.

nota 2:
Oops. Com tanto "j" fiz uma troca! Afinal, jcm é um e jcd outro. Correcção efectuada, com um abraço aos dois "jotas". ;)

Em Kabul, entre o Natal e o Ano Novo


A política não é algo que interesse aos militares. A sua missão é algo que transcende os jogos hipócritas, feitos, tantas vezes, a milhares de quilómetros do seu teatro de operações. Independentemente da opinião que tenho sobre o envolvimento de Portugal no Oriente Médio, tenho orgulho da imagem que os militares portugueses têm deixado junto das populações que são chamados a servir, desde a Bósnia a Timor.

Uma vez que A Sombra já foi visitada por alguém que se encontrava em Kabul (presumo que um dos nossos militares), daqui envio votos de um bom trabalho e rápido regresso com a missão cumprida, em especial aos Comandos, a quem cabe o trabalho mais arriscado.
Que 2006 vos traga sucesso.

E que os leões vos temam. Mama Sume. Posted by Picasa

And, by the way...

... Shadow's Mood foi assim actualizado nesta data.
A propósito do coelho.



Pink Floyd - Time (Dark Side of the Moon)

Run Rabbit, Run



Até este ano passar, ainda há muito trabalho a fazer. Que saudades das férias de Natal!...

Mas, a verdade, é que já sentia saudade do meu atelier, das tintas e dos projectos.

Há uma peça para entregar.
The clock is ticking.
And I just love that sound!

;) Posted by Picasa

domingo, dezembro 25, 2005

Chestnuts roasting on an open fire...

Ah... O Natal no campo... O calor do fogo na cozinha... O arrastar das brasas para assar as castanhas e o chouriço... O abafadinho... O bacalhau regado com o azeite das azeitonas que crescem em torno da casa... A Galette des Rois da minha cunhada... Os gatos cada vez mais gordos a dormir uns sobre os outros... A calma que só aqui existe.

A novidade é que o meu cunhado já tem Net em casa e, assim, escuso de ir a Alvaiázere ou a Tomar para espreitar a blogosfera, como antes.

A noite de Natal terminou de madrugada, à volta do lume. Hoje, a minha mãe ensina a sua receita das rabanadas à Lina (a cozinha sempre me transcendeu, algo que tenho de remediar qualquer dia... But not today!), e prepara-se o jantar. Na adega, o meu sogro dá-me a escolher o pipo de onde sairá o nectar que o vai regar... Saudade do Porto? Nem pensar!

Confesso-me urbanita, como admito que jamais viveria fora do Porto, a cidade onde nasci e que amo irracionalmente, como sempre se ama, mas também é certo que esta paz e esta qualidade de vida não têm preço, e é sempre com prazer que retorno às Terras do Falcoeiro. *

Desde aqui, envio um abraço a todos quantos visitam A Sombra, na esperança que passem um excelente Natal. Até breve.

Rui Semblano

* Falcoeiro, Alvaiázere (topónimo árabe original al-Baiaz)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Paz.



Although it's been said many times, many ways, Merry Christmas to you.


Festas Felizes!



Tenho uma relação de amor com o Natal.

De amor, por ter crescido num ambiente em que a família era fulcral, tudo girando em seu torno, tornando a noite de Natal na sua manifestação máxima; altura em que toda a família se reunia em casa de meus pais. O motivo era eu; o membro mais novo da família, em Portugal, em volta de quem todo o ritual se desenrolava, da construção da árvore e do presépio à chegada das prendas, à meia-noite de 24, quando as luzes se apagavam e o Pai Natal tocava à campainha, deixando o enorme e desejado saco à porta e partindo de trenó para nova entrega sem que eu o visse (tudo obra do meu primo Manuel António, que desligava o geral no quadro eléctrico, colocava o saco à porta do apartamento, descia as escadas até à rua para tocar a campainha e voltava a subir para ligar a luz quando eu, depois de constatar a presença das prendas à porta, corria para a janela da sala de jantar a ver se ainda via o Pai Natal no céu da noite...).


Mas se eu era o motivo, o meu pai era o espírito desse Natal.



Era o meu pai que reunia a família, na véspera de Natal, e que tornava cada uma dessas noites num acontecimento, com o seu humor e a sua alegria contagiante. Será sempre no Natal que sentirei mais a sua falta. Desde que faleceu, nunca mais foi verdadeiramente Natal.

Mas o tempo passa e, desde que casei, esforço-me por fazer voltar o espírito de Natal que o meu pai tão bem ilustrava, não em casa de minha mãe, onde as memórias serão sempre demasiado penosas, mas numa casa nova: a nossa. Como no ano passado, a tradição começa a estabelecer-se, mas sei que só quando surgirem os pequenos, que transformam o Natal na noite da família por excelência, ele voltará a ser aquele tempo de celebração e alegria por inteiro. E quando alguém apagar as luzes e um petiz ou uma petiza correr para a janela, sei que não verá o Pai Natal no céu, mas também sei que, de uma daquelas estrelas, será visto por alguém que o ama, mesmo não estando entre nós.

A todos, desejo um Feliz Natal na companhia e no calor dos que vos são queridos.

Rui Semblano

nota:
Como o ano passado, vamos reunir a família nas Terras do Falcoeiro, no Vale da Açucena, próximo de Alvaiázere. Cá em casa, só quando houver pequenos! Tentarei, desde lá, enviar notícias para A Sombra. Até então.
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The Sound Of Music...

Já há alguns dias que tenho dificuldade em abrir as músicas que coloco n'A Sombra. Imagino que os que a visitam, também. Pois acontece que a fonte onde os links sonoros d'A Sombra iam beber, secou.

Sei disso por ter posto o problema aos técnicos do Multiply, o servidor para onde faço os uploads das músicas que quero partilhar via A Sombra. Eis a resposta:

"Hi Rui,

My apologies, but I'm not quite sure I understand what it is that you're doing. Are you linking directly to a music file that you've posted on Multiply? Unfortunately, we've had to put in more measures to prevent this. So many people were abusing this and linking to music and video files from other sites that it was slowing our servers down significantly. We are looking into options that will allow you to link to files from within other Mutliply posts, but definitely not from outside Multiply.

Paul"


Gostei imenso da subtileza, Paul. Principalmente sabendo que era exactamente o que eu estava a fazer: ligação aos links de download a partir de fora do Multiply.
Bom... Acabou-se o que era doce.

Apetece dizer como nos velhos tempos da RTP:
"Pedimos desculpa pelo inconviniente, apesar de alheios ao facto..."

E, já agora, se algum dos nossos visitantes souber de um servidor onde possa armazenar mp3 na Web para ligar as músicas a partir do Blogger, agradeço a sugestão para o e-mail do costume.

Gracias. Thank you. Arigato. Merci. Danke Schon. Parakalo. Spassiva. Obrigado.
:)

quinta-feira, dezembro 22, 2005

So what?

Ontem casou-se Elton John.

Não se pode dizer que tive uma decepção, quando se soube que EJ era homossexual. Também não foi uma surpresa. Não me considero homofóbico, antes "bichafóbico". A associação da homossexualidade com feminilidade é uma realidade triste e artificialmente construída. Ser homossexual não significa ter modos femininos; é apenas uma opção íntima, que nada tem a ver com "gay pride parades" ou com saltar para cima das mesas aos gritinhos. Isso incomoda-me, tal como me incomodam os que não controlam o álcool e saltam para cima das mesas aos berros. Detesto exibicionismos, venham eles a propósito do que quer que seja.

Elton John, como George Michael, são dois cantores que admiro, com trajectos coerentes (mais o George que o John) e carreiras sólidas. De George Michael guardo todos os trabalhos, muitos deles quase retratos de certas fases da minha própria vida que, já que falamos deste tema, nada tem a ver com homossexualidade.

Não atiraria nunca os discos destes dois pela janela, mesmo que se descobrissem situações realmente escandalosas nas suas vidas, e ser homossexual nada tem de escandaloso.
A Arte transcende o Artista. Tem vida própria.

Para o provar, ouçam aqui mesmo, e digam lá se interessa alguma coisa a orientação sexual de quem fez música desta para a apreciar.



Elton John - Rocket Man

quarta-feira, dezembro 21, 2005

terça-feira, dezembro 20, 2005

Grunhidos de maçarico


Imperial Grunts
The american military on the ground

Robert D. Kaplan

Ed. Random House, 2005



"Grunhidos...

Tenho por hábito procurar, aos Domingos, a coluna "Um livro por semana", editada no jornal Público. Gosto de ler e de comprar os livros que mais me dizem respeito, seja por razões de trabalho ou de puro lazer, e uma crítica ajuda na decisão da leitura como da compra. Sendo semanal e relativamente sucinta, a dita coluna tornou-se quase imprescindível... Até Domingo passado.
Escrevia o seu autor (que não é identificado) sobre o livro: "Imperial Grunts: The american military on the ground", de Robert D. Kaplan, mas só me apercebi do facto de não ser o título da coluna uma piada, "Grunhidos Imperiais", quando ele o repetiu como sendo o título do livro em português; isto na sua ideia, é claro!
Como é que alguém que se propõe escrever num jornal, para mais o Público, sobre um livro escrito em inglês, não faz ideia sobre o que significa o título do mesmo? As implicações disto na leitura e consequente critica são evidentes.
Agora percebo o porquê de, depois de adquirir e ler "Dresden, Tuesday 13 February, 1945", de Frederick Taylor, um livro que há tempos apareceu na dita coluna, não ter percebido nada de parecido com o que foi sobre ele dito na mesma. É triste.
Já agora, a tradução e sentido mais apropriados para o livro "Imperial Grunts" é "Maçaricos Imperiais: As forças armadas norte-americanas no terreno".
Agora, "grunhidos"? Essa está boa.

Rui Semblano"


Carta enviada ao Público por e-mail, a 20-12-2005

nota:
Mais concretamente, "Grunt" significa "Foot soldier", que é como quem diz qualquer soldado da infantaria, mas é um termo dual, depreciativo ou afectivo, conforme o contexto. Ao escolher o termo "maçarico", estarei talvez a deturpar o sentido original do título, mas fi-lo propositadamente, pois, apesar disso, é uma tradução muito mais acertada que... grunhidos!...

Ainda voltarei a Dresden... Mas não agora, nem hoje.
Quanto ao maçarico que anda a escrever recensões no Público, parece que grunhe mais do que lê; pelo menos em inglês. Haja paciência...

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Complexos

A Bloglist d'A Sombra volta a incorporar o Lourenço Ataíde Cordeiro, que reencontrei no Complexidade e Contradição. O seu Blog anterior, que frequentei antes da minha pausa prolongada, era um dos que mais gostava no campo da arquitectura, mas não se limitava só a arquitectura. É com prazer que o Lourenço passa, de novo, a constar dos nossos Bloglinks. O seu antigo Projecto permanece nos links dedicados aos Históricos.

E como se fazem actualizações, os Corsários ganham o seu lugar de direito junto dos Blogs que visito frequentemente e, daí, a sua entrada para os Bloglinks d'A Sombra. Velas ao vento, rumo a Port Moresby! (I wish...)

Resta a constatação de um outro regresso: o de Fabien Jeune. Esotérico, como sempre, já sabia que escolheria o tema que tinha "no ar" quando lhe "cortei o pio". Nem queria acreditar, quando lhe disse que A Sombra tinha voltado e o tinha mantido no Blog. Espero que se actualize rapidamente. Sinto falta da sua língua afiada, da resposta tão pronta quanto a espada.
Salut, Fabien!

Et voilá, c'est tout. Pour l'instant...

nota:
O título desta entrada tem muito que se lhe diga e que dizer de quem o lê.
Tentem recordar a vossa primeira impressão ao vê-lo; conhecer-se-ão melhor! :)

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Winter Wonderland

Este é o espírito!



Diana Krall - Winter Wonderland (Christmas Songs)

Pois é...



Pois é (não é?) - Clã (Vivo)

Bush speech on Iraq - 2

G. W. Bush (GWB) continua a não perceber (ou a não querer perceber) o que se está a passar no Iraque. Desde logo porque confunde Iraque com Bagdade, como confunde Afeganistão com Kabul. O facto de muitas mulheres andarem de cara descoberta na rua, de se falar ao telemóvel frequentemente, de existir alguma revitalização dos mercados, de cidadãos afirmarem a sua nacionalidade sobre a sua etnia, que são, afinal, as imagens que nos chegam de Bagdade (como de Kabul), nada significam se, a escassos quilómetros, está tudo de pernas para o ar. Exorbitando, podemos imaginar um general ao telefone com GWB e este a dizer "Como 'mais soldados'? Mas ainda agora vi na Fox que está tudo bem!"

Para quem viu o discurso transmitido hoje de madrugada, as dificuldades de GWB em manter a postura são evidentes. Só lhe faltou, com aquele ar espantado que lhe é próprio, perguntar "Mas só eu é que vejo que estamos a ganhar a guerra?". É importante, sim, que GWB admita (já vezes sem conta) que estava enganado no início da guerra, que existe uma guerra, que não haviam ADM's no Iraque, que existem e vão existir sacrifícios, mas o que diz a seguir mostra que só admitiu tudo isso por ser forçado a tal. De resto, tiradas como "Só temos duas alternativas: a derrota ou a vitória." (mas onde é que eu já ouvi isto?) fazem-nos lembrar outras do género "Vitória ou Morte", ao longo da História, que todos sabemos como terminaram.

A afirmação "Retirar antes da vitória seria um acto irresponsável e desonroso e eu não o permitirei." diz quase tudo. Deve ser reconfortante, para as tropas da linha da frente, saber que estão a lutar por uma questão de "manter a face" de um engravatado a milhares de quilómetros de distância e pouco mais.

Ilustrativo do que disse abaixo (ver entrada "Operações Especiais", de 16-12-2005) é a tirada "Para a semana, os americanos reunir-se-ão para celebrar o Natal e o Hanukkah"; mostrando bem como, mesmo falando de um assunto eminentemente árabe (e para o mundo árabe que o escutava com atenção), GWB não consegue separar a religião do seu discurso. Se tivesse referido apenas o Natal, constataria um facto tradicional que tem tanto de laico como de religioso, mas juntando-lhe o Hanukkah, não só a torna uma referência religiosa como ilustra cristãos e judeus de mãos dadas nos EUA, o que até seria bonito, não fossem as implicações que as palavras vão ter no mundo árabe...
Mas quem lhe escreve os discursos?

Mais uma vez, um rato foi parido. Nada de novo, muito nervosismo e pretenciosismo, pouca humildade... Talvez a Natureza não tenha explicado convenientemente a GWB que é, e será sempre, a única super potência à face da Terra.
O Katrina já lá foi, não é?

RS

Bush Speech on Iraq - 1



Dubya,
agora mesmo
na CNN...



Old news. More deaths. No end in sight. God bless him.*
* Nada de novo. Mais mortes. Nenhum fim à vista. Deus o abençoe.

A (sad) Xmas Carol... (Link para o video do discurso no site do Washington Post)

O discurso oficial (Link para a transcrição do discurso no site da Casa Branca)


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domingo, dezembro 18, 2005

Shadow's Mood

Após andar a bater a Net (e com uma ajuda do Ernesto), A Sombra já tem o seu som. A partir de hoje, para além de um ocasional clip colocado nas entradas, poderão "ouvir" o meu estado de alma.

É na coluna da direita, sob o relógio, em Shadow's Mood e, como indicado, o tema varia conforme a minha disposição que, actualmente, é algo azulada. Ando a ouvir o Miles. O take alternativo do "Flamenco Sketches", de Kind Of Blue, que não estava na versão original (Columbia, 1997 - Original recording: Columbia, 1959).

Smooth...



Miles Davis - Flamenco Sketches (Alternate Take) - Kind Of Blue

Acto patriótico

A propósito desta entrada no Blasfémias, sobre as escutas realizadas nos EUA pelas autoridades federais a cidadãos nacionais e estrangeiros, desenvolveu-se uma interessante troca de "blasfémias" (que, no caso, é como quem diz comentários) em que Dubya (aka GWB) termina por ser a vítima, de acordo com os que concordam com o teor da referida entrada, intitulada "Mentiras". O título está bem posto, mas pelos motivos errados.

Ora o que os jornais têm referido, de acordo com constatações de factos feitas por anti-americanos primários como o Senador Republicano John McCain, é que foram feitas "à margem da lei" milhares de escutas a milhares de cidadãos norte-americanos. Onde está a mentira? Bom, talvez seja melhor rever as declarações de Dubya na sua própria homepage, o site da Casa Branca, que o Gabriel (autor da entrada em questão) também cita. Vou fazê-lo transcrevendo a parte citada no Blasfémias e acrescentando-lhe o resto das palavras ditas por G. W. Bush, tal como estão na dita homepage do próprio:

(Blasfémias e Dubya):
"Nas semanas que se seguiram aos ataques terroristas à nossa nação, autorizei a Agência Nacional de Segurança (NSA), de acordo com a lei dos EUA e a Constituição, a interceptar as comunicações internacionais de pessoas (...)"
(Dubya):
"(...) com ligações conhecidas à Al-Qaeda e a organizações terroristas com ela relacionadas. Antes de interceptar essas comunicações, o governo tem que ter informação que estabeleça um elo de ligação claro a essas redes terroristas."

Tadaa!!
Ora se o que o Senador McCain alega é mentira, é porque os milhares e milhares de escutas em causa se resumem a comunicações reconhecidamente entre o alvo da escuta e a Al-Qaeda ou alguma organização com ligações a esta.
Por muito competentes que se tenham tornado os serviços de informações dos EUA desde 11 de Setembro de 2001, acho que é seguro afirmar que, a existirem tantas pessoas com ligações à Al-Qaeda nos EUA quantas as escutadas, já deveriam ter sido cometidos uns bons 300 novos atentados em solo norte-americano, fora os que seriam travados a tempo.

Bottom line:
Cabe ao governo norte-americano provar que todos esses milhares de escutas se enquadram nas instruções de G. W. Bush (que não terminaram em "pessoas...", como vimos).
O que é que acham?

I rest my case (hopefuly).

nota:
O discurso de Dubya está neste sítio da sua homepage.
(Caro Gabriel, não lhe agradeço esta informação, pois já tinha visto. Ir lá, para mim, é tão natural como ir à casa-de-banho, e "recorto" tudo o que me interessa, como aquela entrevista em que G. W. Bush vê em directo na televisão o primeiro Boeing a atingir o WTC...)

Tryo 2

Assim podem ouvir a música e seguir a letra pela entrada Tryo, mais abaixo.
O videoclip tem passado na MCM Top e é castiço.

Crie-le bien fort use tes cordes vocales - Hey!


L'hymne de nos campagnes - Tryo

sábado, dezembro 17, 2005

Corsária

Mais uma das inúmeras razões pelas quais tinha saudade da Blogosfera.
Deambulando pelo "blogospaço" dou com uma entrada que me fez recordar a infância; fala do meu jogo favorito das manhãs do dia de Natal, sempre com o meu padrinho: o Mikado.
Mais abaixo, fez-me rir:

"Li na Visão que o meu beloved Lobo Antunes anda a aprender Russo. A única diferença é que ele anda a aprender, segundo o próprio, por amor a Tolstoi. O meu caso é mesmo por pura insanidade mental. Seja como for, não deixa de ser curiosa a coincidência (ou então não e eu é que sou demente e tal... não faz mal)."

Quem seguiu o link já sabe do que e de quem falo.
O Port Moresby já está debaixo de olho e não tarda nada está na lista de bloglinks d'A Sombra; questão de o conhecer melhor e à Vera (o Mikado já é um plus!)

Um abraço,
RS

Tryo


L'Hymne De Nos Campagnes

Si tu es né dans une cité HLM
Je te dédicace ce poème
En espèrant qu'aux fonds de tes yeux ternes
Tu puisses y voir un petit brin d'herbe
Et les man faut faire la part des choses
Il est grand temps de faire une pose
De troquer cette vie morose
Contre le parfum d'une rose

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !

Pas de boulots, pas de diplomes
Partout la même odeur de zone
Plus rien n'agite tes neurônes
Pas même le shit que tu mets dans tes cônes
Va voir ailleurs, rien ne te retient
Va vite faire quelque chose de tes mains
Ne te retourne pas ici tu n'as rien
Et sois le premier à chanter ce refrain !

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !


Assieds-toi près d'une rivière
Ecoute le coulis de l'eau sur la terre
Dis-toi qu'au bout, hé il y a la mer
Et que ça ça n'a rien d'héphémère
tu comprendras alors que tu n'es rien
Comme celui avant toi, comme celui qui vient
Que le liquide qui coule dans tes mains
Te servira à vivre jusqu'à demain matin

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !

Assieds-toi près d'un vieux chène
Et compare le à la race humaine
L'oxygène et l'ombre qu'il t'ammène
Mérite-t-il les coups de hache qui le saigne ?
Lève la tête, regarde ces feuilles
Tu verras peut-être un écureuil
Qui te regarde de tout son orgueuil
Sa maison est là, tu es sur le seuil...

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !
Hey !
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !


Peut-être que je parle pour ne rien dire
Que quand tu m'écoutes tu as envie de rire
Et si le béton est ton avenir
Dis toi que c'est la forêt qui fait que tu respires
j'aimerais pour tous les animaux
Que tu captes le message de mes mots
Car un lopin de terre, une tige de roseau
Servira la croissance de tes marmots !
Servira la croissance de tes marmots !

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !
C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !
Hey !


Peace. (RS)
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Sábado de manhã


A Nina olha-me da sua toca e pensa
"Mas ele não sabe que é Sábado?", ao
ver-me pronto para sair para o atelier...

É. Às vezes, Sábado de manhã não é Sábado de manhã... (suspiro) Por isso, seus sortudos "nine-to-fivers", aproveitem o Sol! Ou o quentinho da "toca".
É que nem todos podem ser gatos!

É melhor ir, antes que a Nina me convença de que é Sábado de manhã. Posted by Picasa

Dynamic Duo


Um caso a pensar.
Seriamente.


nota:
Ando meio farto dos firewall-crashers... :)
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A rapariga sob a lanterna...


Aus dem stillen Raume, aus der Erde Grund
Hebt mich wie im Traume dein verliebter Mund.
Wenn sich die spaeten Nebel drehn,
Werd' ich bei der Laterne stehn
Wie einst Lili Marleen, wie einst Lili Marleen


Lili Marleen
Poema: Hans Leip (1917?)
Música: Norbert Schultze (1938)
Intérprete em causa: Marlene Dietrich (1940?)



Baseada num poema escrito por um soldado alemão durante a Primeira Guerra Mundial, Lili Marleen (Marlene em inglês) foi transposta em música por um compositor alemão em 1938, sendo difundida por rádio em emissões especiais para o DAK (Deutsches Afrikakorps) em 1941, momento a partir do qual se tornou popular entre os soldados de todas as partes em conflito, em especial os ingleses e os norte-americanos e, evidentemente, os alemães.

A razão de tal fenómeno, não exclusivo desta melodia (veja-se como os marinheiros alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, gostavam de It's a long way to Tipperary, outra herança da Grande Guerra), não tem a ver somente com a qualidade da canção em si, mas sobretudo com o romantismo do tema, pois fala de um jovem soldado na frente de batalha que sonha rever a sua amada, imaginando-a esperando por ele no local onde disseram adeus.

Já muitas intérpretes haviam cantado Lili Marleen antes de Marlene Dietrich, mas é dela a interpretação mais famosa, e em alemão, apesar das "conversões" para inglês, algumas com subliminares mensagens antinazis. Existem mesmo versões desta melodia em quase todas as línguas cujas nações conheceram ditaduras, mas isto por razões mais desviantes e bacocas.

Sem querer, tropecei num blog que ilustra sonoramente esta multiplicação de Lilis, como pano de fundo para a exaltação de coisas como a "raça" e a "nação". O tipo de blog que considera o Futurismo como enaltecedor da ideologia fascista, por exemplo; tudo pérolas de cultura.

Ó senhores, a Marlene já era cidadã norte-americana quando cantou esta canção pela primeira vez! Além disso, como deixei nos comentários de uma das Lilis em presença, continuo na disposição de vos indicar o paradeiro dela entre 1930 e 1945 (incluindo as tournées no Norte de África para animar o Oitavo Exército de Sua Majestade, em que cantou Lili Marleen!).

Haja pachorra para estes broncos que nos saem ao caminho a cada pedra em que tropeçamos e se levanta...
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sexta-feira, dezembro 16, 2005

Acordo Ortográfico (é assim que se escreve?)

"Portugal pode pedir adiamento para aplicar Acordo Ortográfico"
(in Público, 16-12-2005)

E quando eu pensava que isto já estava esquecido e enterrado, eis que alguma alminha iluminada decide colocar a questão na ordem do dia, talvez por via de alguma obscura e perversa relação com a polémica prova de Português do 12º ano.

No artigo do Público de hoje, da autoria de Kathleen Gomes, uma das melhores descrições das reais consequências de pôr em prática este infeliz acordo:

“Quinze anos depois, os portugueses continuam a escrever "óptimo" e não "ótimo", "factura" e não "fatura" - uma das mudanças mais radicais previstas no projecto era a eliminação das consoantes mudas, "brasilificando" assim o vocabulário português.”

De facto, é disso que trata este famigerado acordo (perdoem-me, mas não me canso de o adjectivar); por muito respeito que me mereça o Brasil, até por ser filho de uma espantosa senhora que nasceu no Rio de Janeiro e ter família em Porto Alegre e Florianópolis, acho que Brasileiro é brasileiro e Português é português. O seu a seu dono. Os brasileiros não ganham nada com a meia dúzia de palavras que seriam “convertidas” para Português e nós, o que teremos nós a ganhar com as 2600 que seriam adaptadas a formas usadas noutros PALOP (a maior parte do Brasil)?
Talvez esteja na hora de ressuscitar o velho Movimento Contra o Acordo Ortográfico. Até porque é no silêncio dos povos que os déspotas encontram forças.

Que raio de país, onde os professores de Português consideram má a decisão do Ministério da tutela em voltar atrás no retirar do exame de 12º ano a essa disciplina e onde os neonazis acham que Marlene Dietrich era amante de Adolf Hitler (para além da Eva e de Blondi, claro!).
Será a ignorância mesmo uma benção?

Edmonton vs Canadiens

Como é que me chamou a atenção um jogo de hoquei no gelo entre os Edmonton Oilers e os Montreal Canadiens? Bom, tudo aconteceu porque era o jogo que a Émilie estava a ver quando escreveu a sua primeira entrada de sempre num blog. Esta jovem franco-canadiana deu o primeiro passo na blogosfera e caíu logo n'A Sombra, vá-se lá saber porquê!

O mundo blogosférico tem destas coisas, mas eu sempre tive uma queda para as mulheres francófonas (desde a primeira vez que vi "Os Pequenos Vagabundos"!) ou não fosse casado com uma francesa! (Aliás, ela já me descascou por ter dado dois erros nos comentários que escrevi à Emy!)

É o segundo blog estrangeiro a constar da lista de Bloglinks d'A Sombra, à direita, em Blogosphere. Bienvenue, Émilie!

nota: Montreal perdeu o jogo por 5-3. Dommage. :)

X-Post






SCULLY: We open doors with the X-Files, which lead to other doors.
THE X-FILES Requiem (7x22) Posted by Picasa

Operações Especiais

No âmbito da entrada anterior, sobre o tipo de missões a desempenhar pelos militares do EUA num Iraque controlado pelos próprios iraquianos, é o próprio Senador Kerry que, de forma leve e irreflectida, sugere as Operações Especiais como o mais indicado. Esta sugestão implica uma drástica redução do número de militares no terreno; de facto, quase todos os efectivos dos fuzileiros, do exército e da Guarda Nacional, restando algumas unidades de protecção às bases de apoio das forças especiais, geralmente Rangers ou Deltas, por vezes SEAL's.

O que Kerry não explica é como resultaria no Iraque uma táctica que, no passado distante como no recente (Vietnam e Afeganistão) não apenas se revela errada como conduz à escalada do nível de intervenção para as forças regulares.

Não vou recorrer ao Case Study vietnamita (francês ou norte-americano), para não ser acusado de comparar o incomparável. Vou referir-me ao Afeganistão, país islâmico, no qual a intervenção militar da OTAN está em pleno curso. De facto, nesse país, o contingente militar norte-americano é muito menor que no Iraque (uma proporção aproximada de 1 para 10), sendo a maior parte dele constituído por forças especiais, desempenhando as tais missões para as quais estão vocacionadas e deixando as operações de "rotina" para as forças da coligação. Resultado? Infelizmente, o exemplo melhor do fracasso da intervenção militar no Afeganistão é português. Um elemento dos Comandos portugueses, destacado para um perímetro que nada tem a ver com o teatro das forças especiais dos EUA, foi vítima de um engenho explosivo. Sem efectivos regulares que controlem eficazmente um país sem capacidade própria para o fazer, as forças especiais apenas "incomodam" o suposto inimigo, sem lhe causar grande dano. Daí o crescente apelo dos EUA à OTAN para um maior envolvimento. E por via do Iraque, claro.

No Iraque, à falta de carne para canhão europeia, são os miúdos dos Marines e os "weekend soldiers" da Guarda Nacional que cobrem as acções das forças especiais, e estas têm mais impacto, mas nem por isso a situação é melhor que no Afeganistão. É até bem pior, embora a proporção de norte-americanos mortos em combate seja de 10 para 1 em relação àquele país; exactamente o inverso das tropas em presença nos dois teatros. Porém, a esmagadora maioria destas mortes dá-se entre as forças especiais no Afeganistão e entre os regulares no Iraque.

Já devem ter chegado à mesma conclusão que os generais do Pentágono: não há modelos certos para situações deste tipo. Só os afegãos e os iraquianos podem resolver os seus problemas. A ajuda que G. W. Bush diz levar a esses países, a tal injecção de democracia, só causa problemas. Os europeus ocidentais, no geral, já estão mal preparados para lidar com a realidade islâmica, mas os EUA ainda o estão menos; sobretudo sendo um país tendencialmente contra tudo o que é árabe (entenda-se anti-israelita, que é o que eles entendem por árabe, na grande maioria).

Alternativas?
Agora não resisto, desculpem lá, mas talvez bombardear Meca. Já tentaram o mesmo em Hanói e deu no que deu...

Bottom line?
A retirada é inevitável. Resta saber quando vai G. W. Bush admiti-lo. A julgar pelo tempo que demorou a admitir que o enganaram quanto às ADM iraquianas, aí uns dois anitos. Esperemos que menos. E o Afganistão não vai ser diferente.


Fight the future...
(the X-Files)


nota de actualização:
Sobre os militares portugueses no Afeganistão em A Sombra ver também aqui.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Dubya vs Kerry




G. W. Bush na CBS e J. F. Kerry na CNN.
Dois olhares sobre o Iraque no dia das eleições nesse país.

Com o passar do tempo, mais óbvia se torna a dificuldade que os norte-americanos têm em compreender o mundo árabe e, em especial, a rua árabe. Desde o "missão cumprida", de 1 de Maio de 2003, a bordo do USS Abraham Lincoln, G. W. Bush continua convencido que a sua causa é das mais nobres que existem, quer os árabes o reconheçam ou não. Quanto a J. F. Kerry, desde aquele Novembro triste de 2004 que se recusa a falar sobre a retirada das tropas norte-americanas do solo iraquiano.

O presidente, finalmente, reconhece o quanto estava errada a informação que lhe foi passada (ou é o que dizem) sobre as ADM no Iraque, mas persiste no lema "ficaremos no Iraque até cumprirmos a missão e nem um dia mais" - mesmo que esse dia seja daqui a vinte anos.
O senador, timidamente, vem apontar o dedo à forma como são empregues as forças norte-americanas no teatro de operações iraquiano, realizando missões de alto risco, como patrulhamentos e buscas casa a casa, que já deveriam estar a ser feitas pelas forças de segurança iraquianas ou pelas suas forças armadas.

Ao presidente: já vens tarde, filho.
Ao senador: a ser como diz, que missões cumpririam os soldados norte-americanos?

Parece que, adaptando, continua a ser mais o que nos separa do que aquilo que nos une, falando da UE e dos EUA; seja um republicano ou um democrata a residir na Casa Branca...

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quarta-feira, dezembro 14, 2005

Cat

Cara Catarina (100nada),

Manda a boa educação que não passe despercebida uma lisonja, mesmo imerecida, pelo que agradeço o gesto e assim retribuo, a propósito de uma fresca troca de "galhardetes":

O 100nada foi um dos primeiros blogs que descobri, ao dar os primeiros passos na blogosfera. Com ele confirmei a minha noção de blog; um espaço privado aberto ao público, onde nem sempre o que parece é, mas onde sempre é o que parece para os que conhecem o autor (ou a autora) do dito. Um dia, ao entrar num daqueles sítios onde me conhecem pelo nome e me trazem o que quero sem eu pedir nada, trouxeram-me feijoada fria. Como o Poeta, paguei a conta e saí.
Afinal, eu apenas frequento aquele espaço. E tenho cozinha em casa.

Um grande abraço (cheio de saudade) para a Catarina.

RS

nota: no link acima, para os Arquivos d'A Sombra, descer na página encontrada até ao post "Mais nada".

Motivos 1


O principal motivo do afastamento d'A Sombra durante todos estes meses... Vida nova, casa nova, problemas novos e alegrias renovadas.

Foi a 31 de Julho de 2004.
Igreja templária de Santa Maria do Olival.
Tomar.

Porquê Tomar?
Porque, pelo meu lado, teria sido no Porto e, pelo lado da noiva, teria sido em St. Dié des Vosges...

Vive la France!


nota:
Esta tinha de ser a primeira imagem a surgir n'A Sombra.
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terça-feira, dezembro 13, 2005

Relembrar

Para os que entretanto, e muito naturalmente, se desabituaram do MO d'A Sombra, convém relembrar alguns aspectos relativos ao funcionamento deste blog:

A Sombra é um blog editorial, isto é, a interacção processa-se via e-mail e são editados os comentários aprovados pela "gerência" (quem me conhece sabe que isto não significa só publicar o que é lisongeiro para A Sombra - basta ir aos arquivos para o comprovar).
Assim, se quer desancar n'A Sombra, use o nosso e-mail (a-sombra@netcabo.pt) fazendo copy-paste do endereço no cabeçalho ou na coluna da direita.

Por falar em arquivos, para além do automático do Blogger, A Sombra dispõe de arquivos manuais com as entradas por títulos ordenadas semanalmente e links para cada semana.
Procurem na coluna da direita em "Arquivo Ano I" e "Arquivo Ano II".

Quanto aos nossos blog links, são extremamente selectivos. Se um blog lá está é por ter merecido a minha atenção e é um sítio que visito regularmente. Os históricos, hoje inactivos, estão mais abaixo. Espero que alguns ressuscitem, como A Sombra.

That's all, folks.
For now...

Oops...

O e-mail actual é a-sombra@netcabo.pt.
Por lapso, no regresso, esqueci-me de alterar o e-mail d'A Sombra no cabeçalho, embora o tenha corrigido na coluna da direita, em "faça sombra", e nos dados pessoais do Blogger. Agora está bem.

Aos que tal possa ter induzido em erro, as minhas desculpas.

nota:
Deus... Até dos posts técnicos como este tinha saudades!
Good to be back home. :)

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Line of fire

"Morte violenta de quarto agente num ano abala PSP"
(in Público, 12/12/2005)

A razão para o nível a que chegou a criminalidade violenta (leia-se armada) não se resume ao deficiente equipamento das forças de segurança, muito embora tal facto seja incontornável na análise do problema. Também atirar a culpa para o bombo de festa "educativo" não é razoável, apesar de, como em todas as vertentes da vida social, a educação de qualidade estar na base de uma sociedade próspera, tranquila e justa. O que pode ser feito, então, para além do óbvio empenho na educação dos jovens e no reequipamento das forças de segurança? É que nem uma coisa nem a outra vão tirar as armas aos delinquentes que já as possuem ou tão pouco os farão encarar a sociedade de modo civilizado.

Soluções de reacção, como a política Sarkozyniana, criando distanciamento entre a polícia e os cidadãos (incluindo os cidadãos delinquentes), só agravam o problema. Soluções de prevenção, como as de policiamento de proximidade em regime de assistência social, só resultam se apoiadas por unidades policiais "sombra" de intervenção rápida e eficaz; de outro modo apenas vão enxovalhar a imagem já quase desautorizada por completo do uniforme azul escuro. A solução será, em todo o caso, uma junção sensata de ambas, e não a proacção musculada do tipo "esquadrão da morte" brasileiro.

A polícia não existe para incutir o medo nas pessoas todas, nos cidadãos comuns. Quando somos abordados por um agente da polícia não devemos sentir-nos ameaçados. Mas não podemos passar daqui para a generalização (leia-se bandalheira total), em que um agente da autoridade incute menos respeito que um lixeiro. A polícia deve incutir medo, sim, e muito, mas apenas nos que têm motivos para a temer.

Resumindo: o policiamento de proximidade, de alto risco em qualquer circunstância, feito por agentes levemente armados e "em mangas de camisa", que conhecem os seus locais de giro e as pessoas que neles se encontram, só resulta em respeito pela autoridade se apoiado por agentes anónimos fortemente armados, capazes de resolver qualquer situação com o máximo de impacto e o mínimo de força no mínimo de tempo possível sem deixar rasto. E a acção destes últimos só será eficaz se a Justiça funcionar com mão pesada e impiedosa para os prevaricadores.

Se continuarmos a soltar os delinquentes que os agentes prendem, umas horas após a detenção, nem a polícia ganha respeito nem os criminosos ganham medo. A impunidade é hoje generalizada e ganha terreno. Aos que, tendencialmente, vêem em cada delinquente um "cidadão com dificuldades de integração" e aos que consideram cada agente policial um "porco fascista", lembro que quando os agentes forem subjugados pelos delinquentes seremos nós, os cidadãos comuns, que estaremos na linha de fogo.

Fotos, Motos e Piano...

Por ter referido A Sombra na sua lista de blogs "a visitar", o que agradeço, descobri o Ernesto Esteves.
Se uma palavra vale um milionésimo de imagem, imaginem ao som do Concerto para piano nº 1 de Tchaikovsky (Lang Lang? Uma interpretação melhor que a única que possuo, em todo o caso). Só para ouvir esta peça vale a pena a visita, mas as fotos são óptimas e os títulos a condizer. Tudo isto em
"Fotos de Ernesto Esteves", que passa a figurar entre os blog links permanentes d'A Sombra.

Ao Ernesto, um abraço motard! V

domingo, dezembro 11, 2005

Assim...

... sem sobressaltos, como alguém escreveu um dia sobre a sua partida, escrevo eu sobre o meu regresso. Foram longos meses afastado deste local de encontros (e desencontros) até conseguir alguma estabilidade, sem a qual o manter d'A Sombra seria impossível.

Mudou muita coisa na minha vida, a maior parte para melhor, mas não mudou o meu prazer de partilhar ideias neste espaço em constante mutação que é a blogosfera e as saudades de alguns velhos amigos eram já muitas. Como aqui começa um novo ciclo, arrumei a casa, apenas mantendo o romântico Fabien como blogger, além de eu próprio. Os antigos residentes d'A Sombra seguiram outros caminhos, dos quais destaco o de Manuel da Cerveira Pinto, então blogger fantasma e relutante, hoje entusiasta da blogosfera e assíduo colaborador do blog "Boassas", que passa a constar da lista de blog links permanentes d'A Sombra.

A todos os que continuaram a sua jornada por estes trilhos me junto, não onde os deixei, mas onde estão hoje. Como uma sombra que regressa com o Sol... ou a Lua.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

At last...

... my love has come along
My rainy days are over
And life is like a song...

(god I missed this...)

:)