Ah... O Natal no campo... O calor do fogo na cozinha... O arrastar das brasas para assar as castanhas e o chouriço... O abafadinho... O bacalhau regado com o azeite das azeitonas que crescem em torno da casa... A Galette des Rois da minha cunhada... Os gatos cada vez mais gordos a dormir uns sobre os outros... A calma que só aqui existe.
A novidade é que o meu cunhado já tem Net em casa e, assim, escuso de ir a Alvaiázere ou a Tomar para espreitar a blogosfera, como antes.
A noite de Natal terminou de madrugada, à volta do lume. Hoje, a minha mãe ensina a sua receita das rabanadas à Lina (a cozinha sempre me transcendeu, algo que tenho de remediar qualquer dia... But not today!), e prepara-se o jantar. Na adega, o meu sogro dá-me a escolher o pipo de onde sairá o nectar que o vai regar... Saudade do Porto? Nem pensar!
Confesso-me urbanita, como admito que jamais viveria fora do Porto, a cidade onde nasci e que amo irracionalmente, como sempre se ama, mas também é certo que esta paz e esta qualidade de vida não têm preço, e é sempre com prazer que retorno às Terras do Falcoeiro. *
Desde aqui, envio um abraço a todos quantos visitam A Sombra, na esperança que passem um excelente Natal. Até breve.
Rui Semblano
* Falcoeiro, Alvaiázere (topónimo árabe original al-Baiaz)
March 22. Portugal.
Há 12 anos
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