terça-feira, novembro 21, 2006

Diane #0012




click

Diane,

Agradece à Luísa.

(Já agora... Como sabias que era eu?)


click

7 Mais notas no gravador. Click!
...

Elementar





Ora aqui está uma boa ocasião para lembrar que existe vida para além da vida.
Aos que sabem do que falo, poderão encontrar-me cruzando os céus, a lua nascente sobre um mar tranquilo, lá no alto. Ou entre o Arsheba e o Elements... Who knows...
Entre o tema de cima... E o de baixo. Sim. E agora, Rui? E agora... Can dreams come true?


Blame it on Second Life. Works all the time.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Human Body Substance...


Por vezes...
Por vezes basta-me um olhar
Um susurro... Um murmúrio... Um pouco de ar
Que o transporte da tua boca
Para a minha...
Por vezes chega-me o teu sabor
Escorrendo na pele... Cristalino... Perdido...
Até que o tome como meu....
Salgado como são os teus sabores. Todos.
Perdidos, até serem meus.



Simply Red - The Air That I Breathe - Blue (incontornável)

segunda-feira, novembro 06, 2006

Get a Life.







Ever felt like flying or running on high heels?
Say no more.
You need to get a life.

A Second Life. (click...)

(Cat... You'd better control that kid of yours!)

sábado, novembro 04, 2006

Walk the walk.




Depois de ler o que se tem dito a favor e contra a
despenalização da interrupção voluntária da gravidez,
decidi não adiar a minha intervenção por mais tempo.

A Sombra assume o seu SIM. Absolutamente.

666 Entrada completa, abaixo.





A pergunta:
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

A resposta:
Sim.

A razão:
Continuarão a existir mulheres que vão optar pelo aborto e o vão fazer, com ou sem despenalização até às dez semanas, sendo que a maior parte destas, caso a actual lei não seja alterada, não poderão fazê-lo em condições de segurança, que é como quem diz que não o poderão fazer fora de Portugal, em clínicas onde a prática do aborto por opção simples da mulher é possível e segura. Os argumentos que questionam prazos e falam das "dez semanas e um dia" não são para se levar a sério.
Na prática, o que esta lei vem alterar, é a conduta do Estado no tratamento que hoje dá a estas mulheres, assumindo que, durante as primeiras dez semanas da gravidez, a opção da mulher em abortar por motivos pessoais é legítima, tal como é legítimo o uso de contraceptivos.
Nesta afirmação, os defensores do "não" encontram motivo para argumentar que o aborto não é um método de contracepção. Pois não. Mas no caso em que a contracepção falha, a mulher deve ter a possibilidade de escolher pela interrupção de uma gravidez que não deseja sem que o Estado a penalize e com toda a dignidade e segurança. As mesmas de que dispõe quando usa um método contraceptivo.

Apenas entendo o "não" se este abranger inequivocamente todas as formas de contracepção, isto é, se assumir que a mulher não pode usufruir da sua sexualidade sem evitar uma gravidez dela resultante. Entendo que existam pessoas que pensem assim, como entendo que existam mulheres dispostas a terem filhos em série como fruto da sua actividade sexual. O que não entendo, nem aceito, é que tal coisa seja imposta a todas as mulheres.

Infeliz e hipocritamente (quando não estupidamente), os defensores do "não" limitam a sua argumentação, omitindo o que realmente pensam sobre a libido da mulher. É algo deliberado, pensado para não hostilizar em demasia o "eleitorado" feminino, mas o certo é ser impossível defender o "não" ao mesmo tempo que se defende o direito da mulher à contracepção, ou seja, ao controlo íntimo da maternidade, que é apenas sua.

Se o "não" ganhar o referendo, como penso que ganhará, será por vivermos num falso Estado laico, onde a religião ainda tem muito a dizer nestas questões. A campanha levada a cabo pela Igreja católica é uma nódoa na face de um Estado que se pretende laico, e devia merecer o mesmo tratamento que hoje se dá aos que tentam impor aos Estados laicos as regras próprias da religião muçulmana.
Que os católicos decidam não usar o direito à interrupção voluntária da gravidez por opção da mulher até às dez semanas é um direito que lhes assiste. Mas que condicionem à sua crença religiosa as mulheres que o pretendam, sendo católicas ou não, é algo que não admito e que tem um nome: Fundamentalismo. Por isto, e apenas por isto, teria sido preferível ter votado a lei na Assembleia da República, eliminando o factor religioso da equação. Convém não esquecer o que aconteceu da última vez, quando as mesas de voto enchiam a cada fim de missa, enquanto os que não vão em missas aproveitavam o tempo para tudo menos para ir votar.

Em todo o caso, na improvável hipótese de o "sim" ganhar o referendo, não será de estranhar que a inauguração das clínicas onde este direito será assegurado às mulheres seja feita como é costume neste país: com a presença do sr. padre e da sua água benta. Vai uma aposta?

Rui Semblano
04 de Novembro de 2006

quinta-feira, novembro 02, 2006

segunda-feira, outubro 30, 2006

Voz Off


Uma micro-campanha iniciada pelo
Miniscente à qual A Sombra se junta
de muito bom grado.

Agradecemos o envio do texto abaixo para
a RDP Antena 2, através dos contactos
que podem encontrar no seu website.


--- texto a enviar ---

Embora seja do conhecimento público que a actual programação da Antena 2 "reflecte uma atitude de abertura a novas ideias, em busca de novos ouvintes e novos hábitos sem comprometer a fidelidade do actual auditório", vimos apelar, na qualidade de ouvintes regulares da estação, para que a habitual continuidade musical não seja ofuscada pela exagerada presença da voz que se tem vindo a sentir ultimamente.

--- fim do texto a enviar ---

Esta iniciativa é tomada em simultâneo pel'A Sombra e pelo Miniscente.
A todos quantos se queiram juntar, o uso do título "Voz Off" e da imagem identificativa é livre!
Obrigado.

nota post(erior):
Foi assim que tudo começou! :)

Summertime...



Com este calor todo e esta vontade de ir à praia, até me esqueci de mudar a hora.
É que se estava mesmo bem À Sombra.
E espero que ainda se esteja, agora com a hora certa.

(Gracias, Sofia!)

Jogos subversivos.



Sobre a "liberdade para copiar" e o MST, surge
um novo desenvolvimento: o blog que acusava
o autor de plágio eclipsou-se e, com o seu exacto
URL surgiu um outro que só diz maravilhas do
"Equador" e de quem o escreveu. Além disso, um
novo blog, que reproduz o apagado na perfeição,
surgiu "do nada", sem grandes explicações.
O seu URL é o original vezes dois.

Conclusão: o blog original foi pirateado por quem
tinha interesse em "calar" a denúncia? Errado.
Pensem outra vez.



Inicialmente, este desenvolvimento assustou-me, pois isso significa que alguém poderia apoderar-se d'A Sombra e mandar tudo para o galheiro (o que me daria um trabalhão a remediar, pois apesar de ter tudo guardado, a trabalheira de editar de novo um blog deste tipo nem a quero imaginar!), sendo o maior problema o roubo do meu URL e indicativo original (A Sombra); de algum modo, não me soa bem "asombraasombra.blogspot.com".

Escrevi ao Blogger a denunciar a situação, a ver o que os rapazes descobrem. Não sei se me vão dar importância, mas estou à espera. Afinal, são os que melhor posicionados estão para descobrir a careca em causa. Mas depois pensei: "E se fosse eu o autor do tal blog marado?"
Bom, aí mudou tudo de figura. You see, subversion is my game.

Dada a reacção de Miguel Sousa Tavares e o impacto reduzido que a coisa começava a ter, pois a acusação de plágio não tem ponta por onde se lhe pegue, aproveitar a impressão negativa que a resposta de MST provocou (da paulada à soberba) era fundamental.
Ora para criar ainda mais "alergia" ao homem, nada melhor que o acusar de ter apagado o blog que o difamava (a paulada), não se contentando apenas com isso, mas substituindo-o por um outro, com o mesmo endereço, que só tem elogios a fazer à obra e ao próprio (a soberba).
É que, de facto, quem tem mais meios e conhecimentos para apagar um blog e substitui-lo por outro no mesmo e exacto endereço é... o seu próprio autor. A manobra seria brilhante, não fosse tão óbvia (e o Blogger tão seguro).

Para um hacker decente, piratear um blog pode ser brincadeira de crianças, mas esta atitude não é condizente com MST. É algo soft de mais e o backfire ser-lhe-ia evidente. Com ele, é mais paulada, mesmo. Por isso descansem. Para além de vocês mesmos, poucos poderão apagar os vossos blogs e, desses poucos, muitos estão do vosso lado (ainda que não pareça).

Rui Semblano
30 de Outubro de 2006


nota:
Apercebi-me disto via Instante Fatal e, depois, pela mão da Cat, via Aspirina B (o seu post Quem lixou o "Freedom"?, por mais inocente que seja, presta um bom serviço a este tipo de manobras subversivas).

O Jolly Roger foi adaptado de "Wicked Sunshine" por Jason Carswell. ;)

domingo, outubro 29, 2006

Isto é muita emoção!

Nascido aqui, aqui vivo.
E não imagino viver em outro sítio.

...
Acústico e ao vivo "em casa"
...
Dedicado ao Parrot. Por isto.
...

quinta-feira, outubro 26, 2006

61 anos depois...



Foi a 24 de Outubro de 1945.
Durante a II Guerra Mundial, nasceu o conceito
das Nações Unidas (na altura contra o nazismo,
essencialmente), depois materializado na ONU.

Como toda a História é, no imediato, escrita
pelos vencedores, o desenho da ONU foi feito
também à sua medida, de onde as regras do
Conselho de Segurança, ainda em vigor.
Organização que engloba todos os sistemas
políticos, da democracia à ditadura, parecerá
estranho que consiga regular matérias como
os Direitos Humanos ou o próprio Direito
Internacional; que pretenda regular ou mediar
conflitos quando os próprios reguladores ou
mediadores estão noutros envolvidos sem que
sejam controlados da mesma forma.
Mas...




Imaginemos o mundo sem as Nações Unidas.
Sem a UNICEF, a UNESCO, a FAO, o ACNUR... Sem um forum onde as nações possam dialogar (mesmo as mais intolerantes). Seria um mundo melhor?

Ao contabilizar os fracassos da ONU, do Médio Oriente à Coreia do Norte, poderá parecer que a ONU é um anacronismo, uma herança gasta da II Guerra Mundial, digna sucessora da Sociedade das Nações. No entanto, é a ONU que, imperfeita como existe, tem evitado o caos total no mundo e estendido a mão a milhões de pessoas que, de outra forma, nada teriam a esperar.
Muitos acusam a ONU de dar muito (demasiado) peixe e poucas ou nenhumas canas, e terão razão, especialmente tendo em conta quem apanha o peixe, as canas e faz a festa - os que não precisam de nada disso e sim de impedir que cheguem a quem realmente necessita de ajuda.
Os jogos de poder existirão sempre e a corrupção também. Seria de esperar que ficassem à porta da sede das Nações Unidas, mas a verdade é que medram por todo o lado.

Das missões de paz nem é bom falar.
Os fiascos sucedem-se; os capacetes azuis têm sido meros bonecos de tiro ao alvo e o sangue que derramam raramente faz notícia de abertura nos telejornais. No mais recente teatro de operações, o Sul do Líbano, o pequeno corpo de interposição existente foi ameaçado pelos israelitas de que seria atacado caso empreendesse a reconstrução de pontes durante o conflito com o Hezbollah e agora que foi "musculado" e o conflito cessou temporariamente, os caças de Israel já desafiam, arrogantes, os navios de guerra da ONU. Parece que as Nações Unidas se vão atolar de novo em mais uma zona de guerra que não são capazes de controlar eficazmente. Mas os capacetes azuis, continuando a ser essencialmente alvos, conseguirão ajudar uma parte substancial da população afectada pelo conflito. Já não é mau. É, de facto, muito bom.

O principal problema da ONU é o funcionamento do Conselho de Segurança, pois o sistema de veto tem sistematicamente inviabilizado a sua actuação e o poder dissuasor da ONU, hoje perdido, não se desvaneceu recentemente, pelo envolvimento da NATO no Afeganistão e dos EUA no Iraque. Se não existe hoje esse poder, foi pelo afastamento dos EUA de tudo o que contrarie os seus próprios interesses, em especial os económicos, mesmo que isso não seja do interesse de mais nenhum país. Mas isto não é nada que os outros não façam; simplesmente, os EUA são o membro mais poderoso da ONU, em termos militares. A sua contribuição para a estrutura militar das Nações Unidas é, por isso, determinante. Inexistente, condena-a ao ridículo. A um ridículo que assim se estende à autodenominada condição de "farol das nações" dos EUA.

Talvez no dia em que os EUA percam as suas ilusões imperiais e apliquem o seu poderio militar na estrita defesa do seu solo, colocando-o à disposição da ONU, a organização recupere o seu estatuto - ou o atinja, finalmente. Mas tenho de dar razão aos neocons (o tal neologismo franco): não é de esperar tal altruísmo. As boas acções, como são entendidas no presente, não se realizam sem a contrapartida de uns bons milhões de dólares (ou euros). A humanidade é hoje uma utopia. Na realidade, define-se em moeda forte, virtual e virtualmente intocável pelo comum dos mortais (incluindo os que trabalham para o boneco em organizações como a Interpol).

Vão lá realizar este teste (sugerido pela Karvela) e perceberão que, mesmo recusando qualquer compromisso, o vosso preço ronda o milhão de dólares. Perfeitamente acessível, portanto, aos que já nem se preocupam em rejeitar a ONU (tarefa inócua dos aspirantes a neoparvos).


Rui Semblano
25 de Outubro de 2006


Em 1971, a ONU propôs que o dia 24 de
Outubro fosse feriado nacional em todos
os países membros.
Em 2006, em Portugal, não vi, li ou ouvi
uma palavra sobre o aniversário da ONU.

Aos que usam a boina azul celeste com
dignidade, o meu agradecimento.

nota: As imagens contêm links activos. As usual.

Bota Abaixo!

Caros amigos,

Faço este apelo urgente para votarem no meu candidato ao maior português de sempre no site da RTP, página d'Os Grandes Portugueses. O tempo urge. É só até dia 31 deste mês, depois népias! Vamos todos votar neste grande português!

VOTEM ABAIXO NO JOSÉ MALHOA!


Não se enganem!
Todos não seremos demais para colocar
o grande José em primeiro!
Eu já votei!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Honey, I killed it.

The Bot is dead. Long live the Feed.

(Not a word, Cat. Not a single word!)

Complete Idiot's Guide no. 11





Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

algures na coluna da direita
8





Como por acaso - só pode! - desde que o Caderno de Corda foi descaradamente plagiado pela RTP (ver Plagius Maximus) e iniciámos o protesto contra tal acto que se têm multiplicado as notícias sobre plágios, uns máximos e outros mínimos.
No Apdeites, percorreu-se a blogosfera em busca de situações análogas e descobriram-se umas quantas carecas, umas mais descabeladas que outras, umas com capachinho e outras sem. Mas também fora deste círculo virtual o plágio tem dado que falar, nos últimos tempos.
No Público de hoje, por exemplo, é Eduardo Prado Coelho que relembra o seu caso, também com blogs à mistura, e Miguel Sousa Tavares que sai em defesa do "Equador" (mais civilizadamente que no 24 Horas), acusado na blogosfera de plagiar "Freedom at Midnight", de Dominique Lapierre e Larry Collins.

O que sucedeu com o Caderno de Corda foi inequivocamente um plágio - a transcrição letra por letra de um texto seu como sendo de outrém. O que sucedeu com Eduardo Prado Coelho foi ridículo - limitou-se ao uso de uma frase que qualquer um de nós poderia ter construído sem nunca ter lido nada igual, de tão frequente. Mas o que aconteceu com o Miguel Sousa Tavares?

Independentemente de se gostar ou não do homem, e admito que a minha admiração por ele estatelou-se ao comprido quando o conheci, o facto de ter usado no "Equador" descrições idênticas às de outra obra para ilustrar episódios "histórico-folclóricos" da Índia não é exactamente um plágio. As histórias dos Marajás são sobejamente familiares e sempre parecerá que já as lemos ou ouvimos algures.
É evidente que MST poderia ter escolhido outra estrutura ou outra forma de chegar ao mesmo lugar; podia mesmo ter inventado ele mesmo um folclore específico para o fim pretendido, mas optou por "Freedom at Midnight", discretamente referenciado como fonte, junto com as outras vinte e tal de que bebeu para escrever o seu livro.

Não li nenhuma das duas obras, mas pelas amostras que por aí andam, inclusivé as comparativas, não me parece nada que mereça demasiado crédito. A única coisa que é demonstrada é a falta de imaginação e originalidade de MST, adaptando sem preocupações parágrafos inteiros com a devida vénia aos autores dos mesmos. E só come quem quer.
Faz-me lembrar aquele romance de faca e alguidar de nome "Júlio e Romana", passado em Macau. Com a obrigatória menção de Shakespeare, na última página.

O que me parece revelador, no meio disto tudo, são as palavras do próprio Miguel no Público de hoje: "Sem modéstia, escrevi um grande livro" (!!) - e não me pareceu que se referia às 500 páginas do mesmo.
Pobre Sophia...


Regra única: Não pirilamparás a palavra alheia! (oops!)
...

terça-feira, outubro 24, 2006

ONU


Celebra-se hoje o Dia das Nações Unidas.
Para benefício de todos, mesmo os que advogam
a rejeição da ONU, a peça que escolhi para
assinalar esta data é extraída de uma série
bastante acessível: "Classics for baby's brain".



Air (from orchestral suite #3 in D) - Bach for baby's brain

Training Day.



Anda por aí um senhor, que diz fazer parte do
Governo iraquiano, a dizer que está tudo a correr
muito bem e que, em breve, o exército iraquiano
vai poder controlar 50% do território do Iraque
sem recorrer aos norte-americanos.

Eu acho que ele precisa de ver este filme.
(source: Terrorism News)

Artistic Impression...

Por sorte, lá descobri uma casa que comercializa a marca Liquitex.
(Isto da Diane começa a funcionar!)


Trabalhar com os mesmos acrílicos durante anos e vê-los desaparecer de um dia para o outro é uma experiência transformadora! A Winsor & Newton, apesar de ser uma marca sólida, já não é fiável em termos de continuidade - não por ter diminuído a sua qualidade, mas porque, na Europa em especial, o Photoshop matou o aerógrafo (muito mais que o video matou a rádio!).
As linhas dedicadas à aerografia começaram a desaparecer nos anos 90 (a linha Designers tinha acrílicos diluídos fantásticos em permanência e luminosidade - e tenho tintas ainda perfeitas dessa série) e cada vez mais se torna difícil conseguir material específico para esta técnica em Portugal. Agora desaparece a Finity Concentrated... Permanece a Finity normal, pastosa. Bye bye...

Não surpreendentemente, o fornecedor que arranjei não é representante da Liquitex e nem tem a tinta que preciso (Soft Body), mas arranja-a em 3 dias. Quanto ao distribuidor... Adivinharam. Está em Espanha. Ainda assim, mesmo em Espanha, não têm os boiões que mais me convinham, mas venham lá os potes maiores e os tubos, que boiões vazios tenho eu muitos da W&N (isto de aproveitar tudo tem as suas vantagens!). O Aguiar já pode respirar...

Os eventuais interessados em acrílicos Soft Body da Liquitex podem encomendá-los na Araújo & Sobrinho, no Largo de S. Domingos, no Porto.


... nota: Na imagem, excertos das peças "Trotzdem"; "TWA" e "2L8?". Tudo em colecções particulares.

domingo, outubro 22, 2006

Diane #0010



click

Diane,

A W&N acabou com o Finity Concentrated.
Se descobrires algum sítio que comercialize
acrílicos Soft Body, da Liquitex, em Portugal,
avisa-me imediatamente!

A Moldursant não conta. Viraram-se para a Chroma.

click

7 Mais notas no gravador. Click!
...

sábado, outubro 21, 2006

Miguel.


Um dia
Escrevi-te uma carta hoje perdida
Mas lembro cada palavra nela escrita
A ordem perdeu-se no tempo das lágrimas
Mas lembro
O céu que nunca viste
O vento que não sentiste
As palavras que não ouviste
O sorriso
Que ficou por sorrir
Todos os passeios que não demos
Todos os momentos que perdemos
Antes de os termos
Mas tu permaneceste mesmo ido
E eu é que parti


Rui Semblano (eco do século passado, tal como a foto, algo mais antiga)

nota post(erior): o fim não era o fim

sexta-feira, outubro 20, 2006

I dare you!


- Olha, nasceu-me uma baibatana aqui, main!
- Olha, pois foi!
- Agoia sou um peixe!
- E vais viver aonde?
- Não sei...
- Eu sei. Vou fazer-te uma piscina...
- Na banheia, main!
- Pomos a banheira na sala...
- Sim!
- Já sei! Pomos a banheira na sala, para poderes

brincar e ver televisão e tem que ser muito grande...
- Paia quê???
- Para meter a tua cama lá dentro, se és peixe, vais ter
de ficar a viver sempre na banheira e...
- ...
- e metemos também lá o Óscar, para te fazer companhia...
- Mas o Oscai é um peixe!
- Mas tu também agora és peixe, vais ter de viver
com o Óscar!
- ...
- Não é?
- ...
- Então?
- Ó main! Tu não vês que isto não é uma baibatana,
é só uma tampa???

Catarina, in 100nada

The Final Cut.


É oficial.
Recebi hoje um novo e-mail de
Tim Sparke, envolvido na produção de LC3 e as palavras foram estas:

I am away working on Loose
Change 3 in Hollywood and won't
be back for another week, (...)
The new cut is very exciting
will I hope be the definitive
9/11 documentary.

Yessss!...


.... nota: O site da Louder Than Words está mais catita. Usem o link na imagem.

Shadow's playlists

Na pequena maravilha que é o Finetune player (coluna da direita) cabem mais que as variações de temperamento d'A Sombra. Mais abaixo, em permanência, os clássicos eruditos em Shadow Performance, mas para os que preferirem alternar entre playlists na própria janela de Shadow's Moods existe a possibilidade de, fazendo click no pequeno ícone verde do topo superior esquerdo, aceder a todas as listas, Performance incluída. A novidade é a playlist de bandas sonoras - Shadow Tracks.

Enjoy. :)

Wonder Woman...

...
Dearest Wonder Woman,

I wish we have met under less troubled skies, but there you have it; one never chooses time nor place for meeting people. As it is, it seems we are a world apart, no matter all the things we share, of which the world itself is the most important.

No two cats are alike, and this is even more so with people. I know you're not exactly human, but deep inside that tight and tiny uniform you are a woman. The difference is cats never overcome their own. Differences. As for people, chances are the more stubborn the less they find ways to understand one another; and we, my dear, are two very, very stubborn people.

I believe we live in the same city, but we could be living thousands of miles away from each other. Distance is not a metric factor between us; it's an ideological one. From that perspective, we might as well be living as far apart as Mars and Jupiter; however, none of us would easily be mistaken for a venusian. We're too passionate.

...

...
Anyway, you decided to move on to a more
intimate level of discussion, of which I'm
obviously excluded; a decision made out of
sympathy for those you know and know to
differ from. It's quite alright, really.
I will miss you, but hey, like I said to you before...


I hate to see you leave,
but love to see you walk away!





Nothing but love,

A Sombra


7 (para ampliar click e depois full size)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Complete Idiot's Guide no. 10





Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

algures na coluna da direita
8





O Sofocleto fez-me saber que o video sobre Paulo Portas que tinha colocado no Um Homem das Cidades já está a funcionar em pleno. Já o tinha visto e é mesmo digno desta série d'A Sombra.
Basta fazer click AQUI.

Este "Guia do Completo Idiota" é, assim, realizado em parceria com o Sofocleto.
Uma estreia! :)

Regra #1: Eu não disse isso!
...

Plagius Maximus: Not over yet!



"Plagius Maximus" - Breve haverá novidades.
Informações AQUI; AQUI e AQUI. Nova informação.

6 Entradas anteriores a 19 de Outubro são publicadas abaixo.
...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Quão fino é o véu... (segunda parte)



(ver a primeira parte)

As proibições que hoje se esboçam e se praticam,
do véu ao genocídio arménio, acabam por se tornar
um problema maior que aquele que pretendem
resolver.

Vários Estados já tentaram implementar estas
medidas na Europa, ao longo do tempo. Todos
foram cilindrados pela História.
E se os Estados radicais islâmicos ainda existem
é porque eram mais facilmente controlados pelos
ditos defensores da liberdade e da democracia.
O radicalismo islâmico emergente do século XXI
tem as suas origens na paternalização inicial das
potências "ocidentais" perante os muçulmanos,
preferindo apoiar Sheiks e Shas a terem de se
adaptar a sociedades livres em mutação.



Falamos de proibir pessoas de ostentarem símbolos religiosos, nomeadamente nas escolas, mas também nos empregos, nos locais de lazer, nos supermercados... Na sociedade. Isto é a ditadura do laicismo. Só pode conduzir ao exacerbamento e à radicalização das religiões, à sua exclusão e auto-segregação. À proliferação do pior tipo de fé, que nada tem a ver com escolhas espirituais e tudo tem a ver com a resistência à opressão social. Os judeus são o que hoje vemos por terem sido quase exterminados por fanáticos. Tornaram-se fanáticos eles próprios, coisa que nunca aconteceria sem os nazis, como Israel nunca teria existido sem os nazis. Se seguirmos a linha da proibição dirigida às comunidades islâmicas, terminaremos nos campos de repatriamento, cujas matizes se definirão conforme os Governos e os populismos que os venham a suportar.

Uma professora muçulmana britânica foi recentemente despedida por recusar dar aulas de cara descoberta. Discriminada? Não. Autodiscriminada. As aulas não eram dadas num colégio muçulmano. Ninguém lhe exigiu que mostrasse as pernas ou que usasse decotes generosos. Poderia ter continuado a leccionar vestida com todo o recato, mas o cobrir da cara, nestas circunstâncias, não é admitido nas sociedades laicas. O Reino Unido é um exemplo perfeito do tipo de exageros em que se pode cair ao generalizar estas regras. As suas forças policiais integram elementos de várias comunidades residentes no país. Os códigos de vestuário podem ser alterados para acomodar esses agentes, mas não é pelo facto de existirem unidades que usam balaclavas quando em acção que se passa para o uso de véus por parte de agentes femininos que fazem o patrulhamento normal. Os limites são sempre uma questão de bom senso.

As mulheres muçulmanas são muitas vezes apontadas como as próprias vítimas da sua cultura, sendo obrigadas a usar o Niqab ou outra veste que lhes tapa integralmente as feições, mas todos sabemos que não é assim. Conheço casos em que o código de vestuário islâmico é observado por mulheres que o fazem com orgulho. As que se sentem oprimidas têm o direito de o fazer sentir e procurar auxílio, caso vivam na Europa, por exemplo, e nos países islâmicos são já muitas as que lutam pela livre escolha. Enganam-se os que pensam que é proibindo estas práticas que se ajuda as mulheres muçulmanas que não querem seguir estes hábitos. Bem pelo contrário.

Este é um aspecto, e apenas um, da forma como se encaram hoje as comunidades muçulmanas que vivem na Europa. Conforme as linhas mais ou menos ortodoxas dessas comunidades, assim são os seus usos (existem muitos muçulmanos no Porto e nunca vi nenhuma mulher de cara tapada). A forma como permitimos a sua integração e a clarificação de regras à partida são condições essenciais para uma relação saudável e enriquecedora para todos. As nossas origens são multiculturais e somos o seu reflexo, mas a multiculturalidade não pode ser uma desculpa para a fragmentação - venha ela dos que pretendem tirar às pessoas o direito a usarem os seus símbolos religiosos ou dos que pretendem fazer sobrepor o direito próprio ao do Estado onde vivem.

Separar a religião do Estado é óptimo.
Separar a religião do indivíduo é péssimo.

Rui Semblano
18 de Outubro de 2006


Esta entrada foi publicada em duas partes:
- a primeira parte
- a segunda parte

Catedrais...


I'm flying in Winchester cathedral.
All religion has to have its day
Expressions on the face of the Saviour
Made me say
I can't stay.


I'm flying in Winchester cathedral,
It's hard enough to drink the wine.
The air inside just hangs in delusion,
But given time,
I'll be fine.




Crosby, Stills & Nash - Cathedral



........ Catedrais: Sagrada Família, Winchester e todas as outras...

Quão fino é o véu... (primeira parte)



Na generalidade dos países que separam a
religião do Estado, a fé é (ou deveria ser) uma
questão individual.
E se o Estado nada tem a ver com a fé de cada
um, também a fé de cada um nada pode ter a
ver com o Estado.

Desde logo, existem dois níveis para o problema
do véu enquanto sinal religioso: conforme existe
em países muçulmanos, uns mais ortodoxos que
outros, ou em países laicos, uns com ascendente
católico maior que outros, isto é, mais influenciados
por factores religiosos que outros, apesar de Estado
e religião se encontrarem separados na prática.


imagem:
Poster da UNICEF, "More education for girls in islamic countries"



A proibição do uso de sinais religiosos em lugares como as escolas, por exemplo, é ridículo - e perigoso, precisamente por provocar uma reacção de revolta e desafio nos que se sentem por ela atingidos. Por esta ordem de ideias, as religiosas de uma qualquer ordem católica não poderiam frequentar o ensino laico usando o seu hábito ou um padre o seu característico colarinho branco.
Estão a imaginar um professor universitário a recomendar a uma aluna franciscana uma ida a uma loja como a Zara ou a Adolfo Dominguez antes de frequentar as suas aulas...

A paranóia instalou-se e começa a generalizar-se, fatalmente, a outras religiões. Sinais religiosos como crucifixos ou estrelas de Davi são proibidos. Há quem já tenha sido despedido por usar um pequeno crucifixo ao pescoço. É no que dão estas medidas iluminadas, pois são desenhadas para limitar a liberdade individual mais do que para garantir a liberdade da colectividade, parecendo esquecer que é a primeira que garante a segunda.

Não sou a favor do uso de véus como o fazem as mulheres muçulmanas, pois considero a ocultação deliberada da identidade de forma sistemática uma falta de respeito. Além do mais, nada no Alcorão indica que se devam esconder as feições, sendo o recato feminino similar ao que de mais ortodoxo existe na religião católica, por exemplo. Mas sou inteiramente contra a proibição do uso do véu por parte das mulheres muçulmanas (ou outras que não sejam muçulmanas e que considerem o véu um adereço de moda, já agora), tanto como sou contra a imposição do véu nas sociedades islâmicas mais radicais.

A fé de cada um deve ser respeitada, independentemente de concordarmos com o seu fundamento ou não, logo a sua forma de exprimir essa fé também, desde que tal coisa não implique a prática de crimes (ou teremos gente a queimar pneus por convicção religiosa), mas também cada um deve ser responsável perante a sociedade em que vive.
Se em determinado país é perfeitamente normal (e legal) ter uma fotografia com a cara tapada na carta de condução, isso é uma questão que só a esse país diz respeito - por mais absurdo que a nós, que vivemos em Portugal, tal nos pareça. Mas não podemos admitir que a Direcção Geral de Viação permita a uma muçulmana a residir em Portugal que tenha uma fotografia com a cara tapada numa carta de condução tirada neste país, nem tão pouco podemos admitir que a Brigada de Trânsito considere legal uma carta de condução como a descrita acima no caso de apanhar uma senhora muçulmana a conduzir com essa habilitação. Em sociedades como a nossa, estas situações não são permitidas a ninguém e a fé não pode ser motivo de excepção, ou teremos linhas de identificação policiais com embuçados por motivos de fé.

O que não podemos é extrapolar deste ridículo que é legítimo obrigar, por lei, um indivíduo a ocultar a sua fé. Não podemos transformar a fé, e em última análise a religião, em algo de clandestino, que não se pode demonstrar publicamente. Nesse caso, proibir-se-iam as transmissões televisivas em canal público das manifestações católicas de Fátima a cada dia 13, da mesma forma que se proíbem os crucifixos nas escolas. A mim, nada me dizem tais transmissões televisivas, mas posso sempre mudar de canal. Já as crianças são obrigadas a ir às escolas. Se quiser que um filho meu tenha uma educação católica, ponho-o numa escola católica, onde além de crucifixos nas salas existem capelas e se rezam terços. Se quero que o meu filho tenha uma educação muçulmana, procedo de igual forma colocando-o numa escola muçulmana. Mas se sou a favor da liberdade de escolha e quero educar o meu filho de tal forma que ele possa escolher por si a religião a seguir (ou nenhuma), então espero do Estado que providencie escolas onde a religião não seja um factor intrínseco à instituição.

Mas falamos de pessoas, não de locais.
E se existem locais que não devem ser associados a nenhuma fé, nenhuma pessoa pode ser dissociada da sua fé. O Estado não tem esse direito. Especialmente se é um Estado laico.

Rui Semblano
18 de Outubro de 2006


(ver a segunda parte)

Esta entrada foi publicada em duas partes:
- a primeira parte
- a segunda parte

terça-feira, outubro 17, 2006

Como se faz um extremista.



"De manhã, uma mulher de 27 anos, mãe de família,
tinha sido morta por disparos de soldados israelitas na
localidade de Abassane, Sul da Faixa de Gaza, e quando
se encontrava em sua casa.
O exército prometeu "investigar" o incidente, revelado
por responsáveis hospitalares."

(in Público, 14/10/2006)


Não deverá ser necessário colocar os órfãos desta mulher
horas seguidas à frente de videos do Hamas ou do Hezbollah.
Acho que eles já perceberam como a coisa funciona.
Assim se destrói o futuro.

sábado, outubro 14, 2006

Os Infantes.



(para cantar a plenos pulmões!)

Auferstanden aus Ruinen
und der Zukunft zugewandt,
lasst uns Dir zum Guten dienen,
Deutschland, einig Vaterland.
Alte Not gilt es zu zwingen,
und wir zwingen sie vereint,
denn es muss uns doch gelingen,
dass die Sonne schön wie nie
über Deutschland scheint,
über Deutschland scheint.

Glück und Friede sei beschieden
Deutschland, unserm Vaterland.
Alle Welt sehnt sich nach Frieden,
reicht den Völkern eure Hand.
Wenn wir brüderlich uns einen,
schlagen wir des Volkes Feind.
Lasst das Licht des Friedens scheinen,
dass nie eine Mutter mehr
ihren Sohn beweint,
ihren Sohn beweint.

Lasst uns pflügen, lasst uns bauen,
lernt und schafft wie nie zuvor,
und der eignen Kraft vertrauend
steigt ein frei Geschlecht empor.
Deutsche Jugend, bestes Streben
unsres Volks in dir vereint,
wirst du Deutschlands neues Leben.
Und die Sonne schön wie nie
über Deutschland scheint,
über Deutschland scheint.


nota post(erior):
Editei a tradução para português de "Auferstanden aus Ruinen" na Wikipedia,
após a resposta ao Nuno nos comentários abaixo, pois a que lá estava não era "grande espada",
e coloquei um link para esta entrada por forma a permitir o acesso a esta versão magnífica
em mp3. Fica o registo - e a curiosidade de ter sido traduzido por mim aqui pela primeira vez.

Entrada completa abaixo. 6




Recordo-me bem do avô de dois amigos meus,
veterano do Corpo Expedicionário Português (CEP),
sobrevivente da Grande Guerra - quem sabe a mais
estúpida das guerras.
Recordo-me das suas medalhas, do seu cabelo alvo
e dos seus olhos, a que a espessura das lentes não retirava
expressão; uma expressão trazida de França.
O que eu admirava aquele homem!...
E como me doeu conhecer mais tarde a história do CEP
e da participação portuguesa na Grande Guerra.



imagem: Militar português na Bósnia Herzegovina
fonte: Exército Português



Para mim, que perdia horas infindas a refazer as grandes batalhas da II Guerra Mundial no sótão de casa de meus pais (com miniaturas escala 1:32, mínimo 1:35), o infante sempre foi o herói. Claro que sou apaixonado pela aviação e por tudo o que seja relacionado com a aeronáutica, mas no que toca ao combate, sempre foi o infante, sem rosto ou nome, desconhecido de Generais e Ministros, quem determinou o curso da História.

Hoje, quando o espectro de uma guerra nuclear paira uma vez mais sobre este pequeno mundo, existe o mito de que não mais é importante o papel do infante; mas se repararmos no que sucedeu durante a campanha da Nato no Kosovo (1999) ou, mais recentemente, no Afeganistão, e se virmos o que se passa no Iraque desde 2003, percebemos que, embora fundamental em termos tácticos e estratégicos, a superioridade aérea e, sobretudo, os bombardeamentos estratégicos, resultam em fracasso quando usados na expectativa de atingir a vitória. Daqui se depreende a existência de dois outros mitos: o da guerra ganha com zero baixas e o da guerra ganha por meios exclusivamente aéreos.

O que, infelizmente, deixou de ser um mito foi o uso destes expedientes para justificar o "bombardeamento até à Idade da Pedra" de países inteiros, na vã esperança de os subjugar por este método indigno e cobarde (o que é norma desde a II Guerra Mundial). O único resultado prático desta estratégia idiota é mesmo o de quase fazer recuar até à Idade da Pedra os que dela são alvo (o Líbano, recentemente, é uma excelente ilustração deste equívoco).

Esta (des)ordem de ideias tem ainda um outro efeito, porventura ainda mais perverso, que é o de fazer acreditar toda a gente, de Ahmadinejab a Kim Jong-il, que é mesmo assim que a diplomacia se faz por meios bélicos. Quanto mais não seja, todos sabem hoje que não ter capacidade efectiva de ombrear com o poder de destruição exibido pelos EUA, a troco de um mísero punhado de dólares, é um convite declarado à agressão "preventiva".

O papel desempenhado pelo infante durante a Guerra Fria foi rapidamente esquecido em detrimento do poder aéreo. No Vietname, nada se aprendeu. Qualquer dia, pela força das circunstâncias, substituir-se-ão os soldados por máquinas, tal é a fobia das baixas militares, que contrasta de forma gritante com o total desprezo pelas baixas civis, desdenhosamente rebaixadas a "colaterais". O pouco respeito pela vida humana que ainda existe nos conflitos armados vai desvanecer-se de uma vez. Fazer a guerra não custará mais do que dinheiro e o sangue será dos que não o tiverem em quantidade suficiente para responder na mesma moeda.

Como todos sabemos, e vemos nos telejornais, essa falta de dinheiro é ultrapassada pelo martírio. Para nós, "Ocidentais", é inconcebível que alguém se faça explodir num café europeu ou norte-americano, mas é perfeitamente natural que um avião de combate não tripulado "dos nossos" destrua um prédio inteiro no Médio Oriente só porque se suspeita que um "terrorista" está lá dentro.
A continuarmos assim, não vamos muito longe.
Valham-nos os infantes que, quem sabe, terão ainda algo a dizer.

Rui Semblano
14 de Outubro de 2006


nota:
O Hino da antiga RDA, acima interpretado de forma soberba, recorda-me um tempo em que Sting cantava "I hope the russians love their children too". Esse tempo, conturbado e aterrador, em nada se compara àquele que vivemos hoje.
E as nossas crianças, um dia, não conseguirão perdoar não as termos amado o suficiente.
...

1812








Prancha de Calvin & Hobbes
no Público de 11/10/2006



Ring any bells?
Bem me parecia.

Plagius Maximus: lembrete!



Só para recordar que a iniciativa "Plagius Maximus"
está em curso. Informações AQUI; AQUI e AQUI.

6 Entradas anteriores a 14 de Outubro são publicadas abaixo.
...

sexta-feira, outubro 13, 2006

Se tu o dizes...


General britânico de topo
advoga retirada do Iraque.


O responsável máximo pelo Exército de Sua Majestade
disse que a presença das forças armadas do Reino Unido
no Iraque "exacerba os problemas de segurança".
Numa entrevista ao Daily Mail, Sir Richard Dannat, chefe do General Staff, afirma que os britânicos devem "sair nos tempos mais próximos". Disse também que "Temos de admitir que a campanha
que fizemos em 2003 foi efectivamente um assalto".



Sir Richard acrescentou que qualquer tolerância inicial "se transformou em intolerância generalizada. Isto é um facto." Sir Richard, que assumiu as suas funções em Agosto, afirmou também que o sucedido após o sucesso inicial da ofensiva militar foi "fraco, provavelmente mais fundado em optimismo do que em planificação realista". "Não digo que as dificuldades por que passamos em todo o mundo são causadas pela nossa presença no Iraque," afirmou "mas é indubitável que essa presença as exacerba".
Sir Richard disse ao Daily Mail: "Estamos num país muçulmano e as ideias dos muçulmanos sobre estrangeiros no seu país são muito claras. (...) Como estrangeiro, pode ser-se bem vindo se convidado num país, mas nós não fomos certamente convidados pelos iraquianos em 2003." E acrescentou: "Qualquer consentimento que tivesse existido no início, pode ter-se tornado em tolerância e foi em grande parte transformado em intolerância."

Entrada adaptada de Terrorism News. A fonte original.

Suponho que, afinal, a guerra está mesmo perdida para a "cristandade".
De alguma maneira, não sinto nenhuma satisfação em poder dizer "I told you so".


nota post(erior):
Bem a propósito, o tema escolhido por Fabien para a entrada de Sexta-feira treze é o Ain't no grave can hold my body down, da inconfundível Diamanda Galás, em La Serpenta Canta. :)
...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Little Kim






Depois crescem...
Kim-jong-il (3 anos) Kim-jong-sung (o pai) Kim-jong-suk (a mãe)



EBTG - Little Hitler - Baby the Stars Shine Bright

Imagem: Wikipedia

Paradox?




Sarah Vaughan - It Never Entered My Mind - Finest Hour

O teu gosto é impecável. Deixo-te a fenomenal versão de Sarah Vaughan.
Mas tu e a Mary Jane? "Nunca me passou pela cabeça".
Must be a shoe thing... :)

Como antigo instrutor de esgrima, digo-te apenas...
Levanta-me essa guarda! :)
...

Revisionismo paranóico.





Sliver: n [(of)] a small thin pointed and often
sharp piece cut or torn off: a sliver of glass from
a broken window

(in Dictionary of Contemporary English, Longman)

Penso que nunca um "nick" foi tão bem aplicado.
E ainda por cima pelo próprio portador!
É obra.
(Glu Glu! - hehehe)

Complete Idiot's Guide no. 9





Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

algures na coluna da direita
8





11.10.06
Novos blogues contra a barbárie


São cada vez mais os blogues que, num exercício de
cidadania, alertam para a chantagem e violência quotidiana
com que os islamistas ameaçam as sociedades ocidentais.
Hoje registamos mais dois: o Apaniguado, que mantêm uma
rubrica chamada «Jihad du jour» e o Osama Bin Laden.




(Sliver in Observatório da Jihad, 11/10/2006 - imagem incluída)


Já estou como diz um amigo: "De vez em quando vou lá divertir-me."
Nesta "pérola da cultura ocidental", deixei o seguinte comentário:

--- quote ---

Já agora, o tal de Osama Bin Laden (não é esse, é o do link neste post) tem este "observatório" como um site onde se pode entender melhor o "islamismo" como "religião de paz". Pondo de parte que Islão é uma coisa e islamismo outra, em que é que a imagem deste post contribui para mostrar a religião islâmica como pacífica - ou seja, o que é esperado de um muçulmano que a veja?
Não sou muçulmano e mesmo assim a imagem impressionou-me. Se fosse, acha que me inclinaria mais para lhe dar os parabéns por um trabalho bem feito na defesa do Islão pacífico ou para lhe cuspir em cima?
Ou foi o tal Bin Laden (o do link) que não atingiu a sua onda?

RS

--- unquote ---

Curiosamente, o nome do ficheiro da imagem é este: stop_islam.0
Catita, não? O meu amigo diz que o tipo é mais estúpido que um perú.
Mas qual perú, qual quê! (hehehe)

Regra #1.571: Lepanto! Lepanto! Lepanto!
...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Diane #0009




click

Diane,

Calvin & Hobbes; Bolhão; little Jong; Somerset;
Google Earth; My Spaces; Relações Sombrias...
Hmmm...
Ah! A lupa e os iogurtes.
(don't ask...)

click

7 Mais notas no gravador. Click!
...