sábado, janeiro 14, 2006

Make a wish...

Depois do jantar de ontem, fiquei assim.
I've got to get me one of these!



June Christy - When you wish upon a star - Sings the Standards

Victoria



"Mamãe, o Rui vai desenhar o Snoopy p'ra mim?"
"Vai. Leva teus lápis e papel e ele te desenha o que quiseres.
É só pedir que ele faz; o Snoopy, a Sereia..."
"Tudo?"
"É, ele desenha bem melhor que a mamãe."
"Mamãe?"
"Sim?"
"Ele já nasceu com esse problema?"


Da boca das crianças...


Vitória Serralva Bonneterre, 13 de Janeiro 2006
Pizzeria Meidin, Santa Catarina, Porto


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Heimlich

Tipos sinistros de sobretudo com echarpes verdes a provar brigadeiros na Cunha sempre me recordam o "dentista" do Marathon Man. "Is it safe?"
Podiam engasgar-se, ao menos.
Sempre tinha uma desculpa...

Complete Idiot's Guide no. 3


Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

na coluna da direita
8





"A Portugal Telecom (PT) forneceu ao Ministério Público mais dados do que aqueles que eram realmente pedidos sobre a facturação detalhada do número de telefone de casa de Paulo Pedroso. Isto deve-se ao facto de tal número de telefone ter pertencido, durante alguns anos, a uma conta da PT paga pelo Estado, uma vez que Pedroso foi secretário de Estado e ministro. Mas, perante este exagero de informação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não esclareceu porque é que a mesma ficou no processo. (...)"

"(...) 'O MP não requereu nenhuma facturação detalhada dos titulares dos telefones noticiados, nem tais documentos estão nos autos. A noticia é falsa', disse ao DN António Cluny, no seguimento do comunicado do Procuradoria-Geral da República (PGR) que negava também os factos narrados pelo jornal 24 horas. Mas, ao que o DN apurou, trata-se de informação com fundamento (...). Por isso, questionamos: Se o MP não solicitou aquela facturação detalhada, como é que ela surge junta ao processo? (...)"

in Diário de Notícias Online, 14Jan2006

Regra # 228: O cliente tem sempre razão.
Regra # 403: Aplique-se o estipulado na regra 298.
Regra # 952: Aplique-se o estipulado na regra 403.

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sexta-feira, janeiro 13, 2006

Indígenas! O Cinema voltou!

Pois é.
Estava em pulgas para reactivar o CpI (Cinema para Indígenas), parado há tanto tempo como parada ficou A Sombra. Aqui refresco a memória dos nossos visitantes com a primeira entrada do CpI:

For starters...
"Este blog é um movielog, isto é, um diário dos filmes que vou vendo.
É escrito a quente e, como tal, deve ser lido a frio.
For movie lovers, movie freaks and for James and Norma (in memoriam).
RS
25 de Julho de 2003
So it begins..."

Lets go to the movies, then! ;)

Backtracking n. 1/06

(...)
Os velhos são património de todos. Não podem candidatar-se contra ninguém. Se o fazem, passam a “perturbadores” e são julgados pela sua idade. Por não saírem de cena, por não darem os lugares aos novos, por se engasgarem e por saírem do mausoléu onde a Pátria os puzera sorumbaticamente em sossego. Quanto mais não seja por isto, ainda bem que o dr. Soares se candidatou…


Constança Cunha e Sá em O Espectro e na revista Sábado
(texto completo no link acima)

Cara CCS,

O texto é excelente, sem dúvida, mas o ponto de vista torna-se subitamente claro na última frase, como se estivéssemos a ver uma imagem através de uma teleobjectiva, aproximando o objectivo devagarinho e, de repente, zás! Focar o pormenor no máximo de abertura.

Mário Soares, recentemente, defendeu posições políticas com serenidade e lucidez. A sua estatura, independentemente do que se ache da pessoa em si mesma, é inatacável, politicamente.
Mas algo está mal. Muito mal. O pobre homem não tem culpa, mas os jornalistas também não, ao terem tantas "caretas" e "gaffes" para escolher. Talvez Soares tenha razão e merecesse mais tacto por parte dos media (para não dizer respeito), mas é tanta fruta que se torna irresistível. E é notícia, sim senhora. Quando um potencial presidente da República se encontra neste estado, é notícia e tem de ser mostrada.
Não é uma questão de idade, embora todos ou quase todos a vejam dessa maneira. É uma questão de sanidade mental e frescura de espírito.Os media tratam mal Soares? Imagine que um candidato com 45 anos fazia a mesma figura! Os media iam crucificá-lo sem piedade. Não. Não tem razão de queixa, Mário Soares. Até pelo contrário, "all things considered"...

Um abraço,
RS

Comentário deixado na entrada "Os Velhos", 12Jan2006, O Espectro

Nunca pensei chegar o dia em que diria isto de Mário Soares,
mas... Uns morrem, outros ficam assim. Dommage.

Portugal Agora!

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Demorei um pouco a perceber onde se tinha metido o Rui.
Com as minhas desculpas por não ter entendido mais cedo porque não publicava mais entradas no Blasfémias.

Um dos blogs que mais visitava, antes do blackout d'A Sombra era o Cataláxia. Pois o Blog Link para o Portugal Contemporâneo já está a postos. Pour le mérite, evidentemente.


Até breve! :) RS

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Trick or Blasfemy...


O que é que o Blasfémias tem?
O reduto liberal da blogosfera não é bem
o que alguns querem fazer dele.
E, se calhar, nem é tão liberal assim.

Would you like to know more?...




Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa


Uma das surpresas mais agradáveis que tive, no regresso à blogosfera, foi encontrar o Blasfémias e, nele, reencontrar gente como o Rui Albuquerque (Cataláxia [first] - "O Liberalismo - é bom recordá-lo nos dias de hoje - é a forma suprema da generosidade" J.O. y Gosset - 13/07/2003 e Blasfémias [last] - "As instituições são mais o resultado dos nossos actos do que da nossa vontade" F. A. Hayek - 22/11/2005), que está agora no Portugal Contemporâneo (Rui só agora te redescobri - will take care of the links asap), como o J. C. Dias (Jaquinzinhos [first] - "O início! Esse momento sublime em que nada sublime nos ocorre!!!" - 26/05/2003), como o João Miranda (Liberdade de Expressão [first] - (...) é um Blog de inspiração Liberal defensor do direito à vida, à Liberdade e à propriedade honestamente adquirida, herdada, desenvolvida ou produzida. - 25/03/2003)...

Só podia ter dado no que deu, se aos mencionados juntarmos os restantes bloggers que tornam o "Blasf" num dos blogs mais apaixonantes de seguir (até pela relação quantidade-qualidade de visitas e comentários - descontados os perdidos e achados).
Como blog colectivo é bem conseguido. Nota-se, sobretudo nos "diálogos internos", como o "Blasf" funciona "até debaixo de água". Assim dá gosto. Desde o primeiro dia do regresso que o Blasfémias se encontra entre os nossos Blog Links plm (pour le mérite).
Quanto a classificações, bem tentam alguns pôr rótulos em todo o lado, mas terminam por não encaixar, apesar de alguns tiques de "Die-harders" como J. C. Dias ou João Miranda, por vezes contraditos na mesma entrada (olá, João!).

Afinal, na essência, terminam por ser liberais ao velho estilo descrito por José Ortega y Gasset no despontar do Cataláxia, e um liberal será sempre algo mais do que aquilo que hoje parece. Além disso, o sentido de humor refinou-se, o que é sempre um passo na direcção certa.

Agora, ao sair de cada visita ao Blasfémias, trago sempre um sorriso nos lábios; o que não é de todo despiciente! E é bom saber que, afinal, não sou o único idiota no meio da fantochada, sentimento que reparto com outros blogs da nossa esfera, usualmente representados na coluna da direita.

Virtuosas virtualidades...

A todos os Blasfemos, um abraço desde A Sombra.
E uma música, também.

RS




Carlos Paredes - O Fantoche - Uma Guitarra com Gente Dentro


nota posterior:
A subtileza de CAA (Carlos Abreu Amorim) no Blasfémias.

A time for dreamers

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Não ser demasiado sério.
Por vezes, sair do sério. Esquecer que o mundo, lá fora, está cheio de gente que usa gel no cabelo todos os dias, que lesiona joelhos a fazer ski, que se esquece de tomar as pastilhas, que enriquece urânio, que enriquece. Não ler jornais. Não atender o telemóvel. A não ser que... Não ligar a televisão. Não ligar a rádio, mesmo na Antena 2. Não ir ao café do costume.
Sair. Sair mesmo.

Sair, ver o Sol. E sonhar com olhos verdes... É preciso.

(tears... diamonds... you.)



Tom Jobim - Estrada do Sol (inédito)

None of the above...

"Por muito que vos custe, o ministro tem toda a legitimidade para tomar a decisão de construir ou não a Ota ou o TGV. A legitimidade é-lhe dada pelo Primeiro Ministro. Este por sua vez tem o apoio maioritário do parlamento, que todos nós (ou pelo menos os que votaram) elegemos. Do mesmo modo tambem as destacadas personalidades Nacionais ou Nortenhas (que até é um titulo bem simpático) têm todo o direito de protestarem e exigirem isto ou aquilo. Agora se o ministro vos vai dar ouvidos ou não, já é outra historia. Poderá parecer esquisito, mas a democracia é mesmo assim."

MM's nos comentários de uma entrada, em Blasfémias; destaque de A Sombra.

Caro MM's,

Parece-me que está a confundir democracia com outra coisa.
Democraticamente, dou-lhe a escolher:

A. Plutocracia
B. Autocracia
C. Oligarquia
D. Cleptocracia
E. Nenhuma das anteriores

Pista: Não é "Nenhuma das anteriores".

quarta-feira, janeiro 11, 2006

You've got mail.

Cópia de e-mail enviado a Francisco Louçã:

"Caro FL,
A Joana chegou lá primeiro; ainda por cima num país

onde é proibido ultrapassar pela direita...

Sorte.
RS"

Aceitam-se apostas sobre quem será o segundo.

'Xalá...

É isso mesmo. Deixa lá. E balança.



Sara Tavares - Balancê - Balancê

Até à morte.

Estava eu, com o inevitável café de depois de almoço, a ler o meu jornal descansado (acho que ia na página onde Francisco José Viegas explicava por que terá melhor sorte que Clara Ferreira Alves), quando alguém entra e, dirigindo-se a um dos presentes, exclama: "Dia 22 lá estamos!"
Fiquei atento. Afinal, isto é a democracia em acção; a luta contra a abstenção; a participação na construção do futuro e essas coisas que gosto de pensar ainda existem, algures.
Mas eis que o interpelado responde, e foi aí que voltei à realidade.
"Para votar Cavaco!" exclama, por seu turno, todo inchado, e remata "PSD até à morte!"
Pronto. Estragaram-me a tarde.

Foi quanto bastou para me recordar a quantidade de gente que, durante esta campanha, afirmou ser de um partido político qualquer "até à morte". E é ver os sorrisos dos candidatos, quando algum adepto lhes atira à cara um "Vou votar em si, sou XPTO até à morte!"; nessas alturas devem dizer para os seus botões: "Mais um otário com quem posso contar." E pensam muito bem.

Que exista gente que "é" de um clube desportivo até à morte (e eu sou um deles), ou que "é" de alguém até à morte, ou que se sente português até à morte (para além do óbvio), ainda vá lá; são sentimentos irracionais, que têm mais a ver com amor do que com escolha. Agora... PSD? PS? BE? Qualquer um deles?... Ser "disso" até à morte? Mas é assim o povinho - mesmo o supostamente mais culto (embora mitologicamente falando, claro), que se acorrenta a insondáveis e místicas disciplinas partidárias, voluntária e conscientemente. "Até à morte"...

A morte, de facto, deveria fascinar ainda mais certas franjas da nossa sociedade. Pena é que o tal dito seja uma frase desprovida de qualquer conteúdo, mas basta a sua forma para nos preocupar.
A minha única esperança é que chegue rápido o dia em que o cheque da Segurança Social vai deixar de estar no correio. Nesse dia, a bem ou a mal e para o bem ou para o mal, mudaremos. Há quem tenha pesadelos com esse dia. Eu sonho com ele.
Sonharei com ele até à morte.

Entretanto, o café arrefeceu.
Não o tomei, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua. *

RS

* Com a satisfação d'A Sombra pelo fado de FJV. Bom vento, meu caro.

Sugestão para Sexta-feira 13...


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O Lago Victoria, na Tanzânia, perdeu toda a biodiversidade graças à introdução da Perca do Nilo, que devorou os restantes peixes. A finalidade: exportar percas para a Europa. Hoje, enquanto os supermercados da UE vendem percas em quantidade, os naturais da Tanzânia que a pescam e embalam governam-se com os restos e com a fome. Os aviões em que a perca é transportada para a Europa partem atulhados de peixe. Mas não chegam vazios. Adivinhem o tipo de ajuda que descarregam em África, cortesia de Carrefours e afins...

nota:
Obrigado ao Boassas pela indicação deste filme documentário que passou nos festivais de Veneza, Toronto e San Sebastian.

Vão e não procriem!

Voltamos ao mesmo.
Ontem à noite, Miguel Sousa Tavares (MST) punha o dedo na ferida:
"Privatizar sectores essenciais, montados com dinheiros públicos, mantendo os mesmos gestores? Qual é a ideia?" (mais ou menos isto). Bom, tendo em conta a retórica da pergunta, já sabemos que MST sabe e nós sabemos que ele sabe, mas será que nós sabemos o que ele sabe?

Em 2003, A Sombra envolveu-se numa discussão idêntica, em que Garret Hardin, e o seu "Tragedy of the Commons" (1968), foi o bombo de festa. Na altura, alguns já blasfemavam (e ainda blasfemam! ) contra o Estado e a favor da privatização de tudo e mais alguma coisa. Hoje, o que escrevi então não podia ir mais de encontro ao que MST quis insinuar. E o que ele quis insinuar foi que o dito Estado e os ditos Privados se estão a marimbar para o bem comum. Aquilo que mais pesa na hora de privatizar um naco gordo do Estado é a quantidade de gordura que pode ainda ganhar se tornado Privado. E o que faria a maior parte de nós se, gerindo uma empresa pública, limitados pelas estúpidas leis vigentes, pudéssemos decidir quanto ganharíamos, como e quando, na mesma empresa privatizada? Que se dane o prisioneiro, a ovelha e o rebanho! Era isso o que pensaria a maior parte de nós.

Se estão a pensar que por "a maior parte de nós" me estou a excluir, têm razão. Penso que qualquer trabalho que implique atender às necessidades de alguém é um serviço, público ou privado, e que se devem tratar as pessoas como tal e não como carteiras com pernas. E penso que, se trabalhasse para o Estado, atenderia cada pessoa como se do meu patrão se tratasse, porque seria mesmo o meu patrão que estaria a atender. Mas devo admitir que, tendo em conta o panorama, cada vez mais me parece que sou um idiota. E confesso que, por vezes, me apetece pegar no livro de Hardin e ir para a rua com um caixote espalhar a salvação:

"A única forma de preservar e desenvolver mais e melhores liberdades é prescindir da liberdade de procriar, e isto o mais depressa possível!"

Se ao menos Hardin tivesse escrito isto mais cedo, talvez os pais de alguns pseudo-liberais-reais-conservadores que para aí andam o tivessem ouvido...

RS

Em Algumas Sombras, na coluna da direita,
ver a trilogia:
1. Intro - A Democracia, esse mito.
2. Mezzo - Tragédia Comum.
3. Finale - A expansão da loucura.

Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.


Com as quotas de Kyoto no limite, o Nuclear regressa
à discussão como alternativa, mas de forma leviana e perigosa.
Com o advento da Fusão, que sentido faz investir tempo
e muito dinheiro na Fissão? Quem lucrará com isso?

Actualizado abaixo, o último Facto de 2005 d'A Sombra. Posted by Picasa

Em Junho de 2005 ficou decidido.
O ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor) será construído em França. Sendo um projecto global (o local de construção alternativo era o Japão) é, contudo, muito importante que o primeiro reactor nuclear de fusão seja feito na UE. Só este facto aponta o caminho: a partir daqui, todos os passos serão dados na direcção da fusão e a fissão será abandonada a seguir, esperemos que em breve.

É neste "em breve" e no "experimental" em ITER que os novos messias da fissão nuclear se apoiam, agora que parece inevitável que Portugal vá comprar quotas de emissão de gases poluentes, fazendo notar que o princípio do poluídor pagador não é viável para um país em dificuldades, como o nosso.
Demorará, de facto, a estabelecer a fusão como método corrente de geração de energia e, sem dúvida, o ITER é mesmo experimental, mas estes dois factores são abatidos da equação se pensarmos no tempo e dinheiro que se gastaria a construir um reactor de fissão nuclear em Portugal (estou a ver se evito a palavra "tradicional"). Mesmo que tal fosse conseguido rapidamente, o desenvolvimento do ITER será de tal ordem que, na altura em que os "donos da obra" cortassem a fita, já os países da UE com centrais de fissão estariam a planear a sua substituição. Se tal coisa acontecer, e espero que não, Portugal ficará na história como o último país da UE a ter uma central de fissão nuclear em funcionamento.

A vantagem da fusão sobre a fissão é, para além da relação combustível-energia, a ausência de resíduos tóxicos, o lixo radioactivo que gera a fissão. Criar energia sem poluir é o objectivo do ITER e da linha de reactores que a ele se seguirão pelo mundo fora. Os defensores da fissão nuclear em Portugal não falam nos resíduos, nem explicam o que faríamos nós com eles, agora que todos se negam a recebê-los. Talvez os enterrassem no meio do monte, noite escura, de faróis apagados, mas o certo é que a fissão nuclear é uma das formas mais poluentes de fazer energia, embora não pareça e fique bem nos relatórios de emissão de gases. É que a poluição não é só atmosférica.

Tendo isto em conta, e não nos esquecendo de que uma central nuclear de fissão em Portugal apenas serviria para produzir electricidade, excluída das nossas maiores carências energéticas, pelo que não resolveria grande coisa quer a esse nível quer ao nível da emissão de gases, que continuaria quase sem alteração, quem ganharia com isso?

A resposta é igual que para a mesma pergunta aplicada à OTA e ao TGV, entre outras coisas megalómanas e despropositadas: ganhará, e muito, quem o construir, quem o negociar e quem o fizer passar pelo crivo da República.

Sim. Da República.

RS

Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945

Esta entrada encerra a série "Factos de 2005".
Muitos mais poderiam ter sido editados, mas é tempo de olhar o presente.a

terça-feira, janeiro 10, 2006

Complete Idiot's Guide no. 2


Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

na coluna da direita
8






"Não, não foi o leader do PP que disse isso. Aquela coisa a que eu me referi, do terrorismo, foi o leader do CDS que disse isso, Dr. Ribeiro e Castro, que é uma coisa inaceitável e impossível. Ele diz aquilo ele é, ainda por cima, deputado do partido socialista, um dos grandes grupos do partido socialista é o partido socialista, é o partido socialista europeu, imagine lá como é que ele vai entender-se com os colegas do parlamento a dizer dessas coisas aqui no plano interno. E é feio, não é bonito, e é uma pena que ele seja um dos mais entusiásticos, se não o mais entusiástico, apoiante do Dr. Cavaco nesta eleição."

Mário Soares entrevistado in SIC Notícias, um destes dias...

Regra # 59: Não esquecer de tomar a pastilha.
Regra # 60: Se não tomar a pastilha, não falar.

Ver e ouvir aqui.
Cortesia dos corsários do Port Moresby.

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Até debaixo d'água...

Passe o tempo que passar, há amigos que não se esquecem.
Hoje, tenho a oportunidade rara de rever uma amiga que vive no Brasil,
com quem não estou há muitos anos. :)

Suponho que é isso que determina a disposição d'A Sombra para os próximos dias.
(Já sabem. Play. Aqui em baixo.)



Arnaldo Antunes - Debaixo d'Água - Paradeiro

Debaixo d'água tudo era
mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar
Mas tinha que respirar

Debaixo d'água
se formando
como um feto
sereno confortável amado completo sem chão sem teto
sem contato com o ar
Mas tinha que respirar
Todo dia

Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia

Debaixo d'água por encanto
sem sorriso e sem pranto
sem lamento e sem saber o quanto esse momento
poderia durar
Mas tinha que respirar

Debaixo d'água ficaria
para sempre
ficaria contente
longe de toda gente
para sempre
no fundo do mar
Mas tinha que respirar
Todo dia

Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia

Debaixo d'água protegido salvo
fora de perigo aliviado
sem perdão e sem pecado
sem fome sem frio sem medo
sem vontade de voltar
Mas tinha que respirar

Debaixo d'água tudo era
mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Todo dia

Todo dia, todo dia
Todo dia...

Até um relógio parado...

... dá a hora certa duas vezes ao dia.

E, assim, A Coluna Vertebral reencontrou A Sombra (e vice-versa).
E em boa hora. Com todo o prazer, coloco este excelente blog de João Gonçalves na lista de Blog Links plm d'A Sombra, na coluna da direita. Um abraço, João.

Já agora, nunca é demais recordar, sobre os critérios usados para links, não são mais do que a forma de ter acesso rápido aos blogs e sites que visito frequentemente, portanto, uma questão de gosto pessoal. Os Sp (specials) são velhos amigos (os tais que devemos esforçar-nos por manter, por serem preciosos).

O regresso d'A Sombra tem, também, esta faceta; (re)descobrir os blogs que dão este sítio como inactivo ou extinto (alguns deles posteriores à minha paragem, o que é - espero - bom sinal). A todos os que ainda não descobri, peço desculpa por não poder retribuir a cortesia, pelo menos nas Relações Sombrias, mas é um processo moroso.

A todos os que escolhem esta Sombra para se refrescarem um pouco, um grande abraço.

Rui Semblano

nota:
Podem sempre usar o nosso e-mail para dar um sinal.
Serão sempre bem vindos.

Soleils couchants



Léo Ferré - Soleils couchants (Paul Verlaine)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?


Nos subúrbios de Paris e outras cidades francesas, grupos de jovens
transformam a noite num inferno durante vários dias.
A 8 de Novembro de 2005, é imposto um regime
de excepção esquecido há 50 anos... C'est le bordel, quoi.

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa

Tudo começou com a morte de dois miúdos de ascendência árabe, mas poderia ter começado de qualquer outro modo, apesar de, vezes sem conta, este catalisador (ou acelerador?) ter sido mencionado por toda a gente como a causa primeira dos distúrbios.
O que realmente interessa, é como foi possível chegar até aqui e como é fácil que tal suceda; não só em França, mas em todos os países da Europa Ocidental que têm grande percentagem de imigrantes.

O ênfase dado aos imigrantes de ascendência árabe é, em si mesmo, fonte de contradição. Ou são imigrantes árabes ou são nacionais de ascendência árabe. Esta é uma das razões de ser do problema; a incapacidade de integração dos descendentes dos imigrantes, erradamente chamados de imigrantes de "segunda geração" ou "terceira geração". Não existe tal coisa.

Eu sou casado com uma francesa - não consigo ver de outra forma alguém que nasceu, foi criada e educada em França e só veio para Portugal com vinte e um anos, tendo de aprender a falar e escrever português para frequentar a Universidade neste país, apesar de ter naturalidade portuguesa e ser filha de portugueses que emigraram para os Vosges.

No que toca à comunidade portuguesa, em França, a sua integração conseguiu-se de forma pacífica, mas árdua e com muitas tristezas. A forma de ser dos portugueses desperta ainda o ciúme dos franceses pela sua capacidade de trabalho e entrega, motivos bem diversos dos que desde sempre os antagoniza aos imigrantes árabes. No fundo, os mesmos que por cá antagonizam os portugueses aos imigrantes indianos e africanos, vindos do antigo império.

Cá, como lá, que sentido faz falar ainda desses imigrantes quando, na realidade, se fala dos seus filhos e dos seus netos? Ainda chamamos "cabo-verdianos" aos bisnetos dos que para cá imigraram nos anos setenta e oitenta. Os franceses ainda chamam "árabes" aos bisnetos dos que deixaram a Argélia nos anos sessenta e setenta para viver em França. Contra isto, não há políticas de integração que resultem, e estão criadas as condições para encher de pólvora o barril que, um dia, explodirá sem se saber ao certo porquê. Mas não bastam estas razões, enraizadas nas sociedades que supostamente deviam acolher os imigrantes e integrar plenamente os seus filhos.

Ao emigrar para França, os portugueses não criaram raízes nos bairros onde se acumulavam durante os primeiros anos. A procura de um melhor nível de vida, o desejo de um futuro melhor para os seus filhos e, não menos importante, uma cultura europeia inerente (por pouca que fosse), fez com que os seus filhos, na maior parte, crescessem já em outros ambientes, se integrassem plenamente, depressa falando melhor francês que os pais e, muito importante, adoptando de forma natural a cultura francesa como sua.
É por tudo isto que ainda hoje vejo a minha esposa como francesa. Apesar de já cá estar há doze anos, continua a falar melhor francês que português - e a pensar em francês.

Já o mesmo não se pode dizer das comunidades árabes em França; algumas, verdadeiros bastiões de cultura islâmica, para o bem e para o mal, onde miúdos falam melhor francês que árabe (alguns nem falam árabe, excepto os versos decorados do Corão, se os souberem), mas onde o orgulho árabe é exacerbado pelos mais velhos, marinado por anos de discriminações e insultos, que começam pela aversão que lhes é demonstrada sem pudor ao anunciarem o nome que os pais lhes deram.

Talvez estas comunidades islâmicas, tendencialmente fechadas a mudanças, sejam em grande parte culpadas pela exclusão que hoje sofrem, mas de nada ajuda à abertura das mesmas a careta que faz a senhora de tez clara e sardenta que está ao balcão quando é, nitidamente, forçada a atender alguém cuja tez é escura e cujo nome é Mohammed ou Ali, e menos ainda as portas de possíveis empregos que se fecham à mera pronúncia desses mesmos nomes...

Agora, quem apela ao fim das quotas de imigração e das fronteiras, com base em princípios de igualdade e fraternidade e nobres sentimentos contra a xenofobia, está consciente ou estupidamente a contribuir para o encher do barril de pólvora; quem sabe, alguns deles, na esperança que expluda um dia.

Ninguém é obrigado a nada.
A igualdade total é um mito perigoso.
A tolerância cega é o cancro da evolução.
Sejam exigentes. Sejam diferentes. Não tolerem os medíocres.
E tirem as palas dos olhos.
As utopias existem para o serem.

RS

Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945

Far Out...

Há muito, muito tempo atrás, nesta galáxia, começou a circular um texto que se tornaria mítico. Era atribuído a um artista e escritor que, diziam, teria proferido esse discurso no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Na realidade, não o fez. Mas, como mais tarde admitiu, gostaria de o ter feito.
Eis o resultado.



Ladies and gentlemen of the class of '97: Wear sunscreen.
Senhoras e Senhores da Classe de '97: Usem protector solar.

If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long-term benefits of sunscreen have been proved by scientists, whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience. I will dispense this advice.
Se pudesse dar-vos apenas uma pista sobre o futuro, ela seria "protector solar". Os benefícios a longo prazo do uso de protector solar foram provados por cientistas, enquanto o resto dos meus conselhos não tem outra base que a minha tortuosa experiência. Vou dar-vos esses conselhos.

Enjoy the power and beauty of your youth. Oh, never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they've faded. But trust me, in 20 years, you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked. You are not as fat as you imagine.
Aproveitem o poder e a beleza da vossa juventude. Oh, esqueçam este.
Não vão entender o poder e a beleza da vossa juventude até os terem perdido.
Mas acreditem em mim, dentro de 20 anos, vão olhar para as vossas antigas fotografias e recordar de uma forma que agora vos ilude quantas possibilidades tiveram pela frente e como o vosso aspecto era fantástico. Não são tão gordos como imaginam.


Don't worry about the future. Or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubble gum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind, the kind that blind side you at 4 pm on some idle Tuesday.
Não se precupem com o futuro. Ou preocupem-se, mas saibam que isso resulta tanto como tentar resolver uma equação de álgebra mascando pastilha elástica. Os reais problemas da vossa vida, geralmente, são aqueles que nunca vos passam pela cabeça, do tipo dos que vos surgem do nada, às 4 da tarde de uma Terça-feira ociosa.

Do one thing every day that scares you. SING! Don't be reckless with other people's hearts. Don't put up with people who are reckless with yours. FLOSS! Don't waste your time on jealousy. Sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long and, in the end, it's only with yourself.
Todos os dias, façam algo que vos assuste. Cantem! Não sejam negligentes com os corações alheios. Não aturem quem é negligente com o vosso. Exibam-se! Não percam tempo com o ciúme. Por vezes estão à frente, por vezes atrás. A corrida é longa e, no final, é apenas entre cada um de vós e si mesmo.

Remember compliments you receive. Forget the insults (If you succeed in doing this, tell me how). Keep your old love letters. Throw away your old bank statements. STRETCH! Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives. Some of the most interesting 40 year olds I know still don't.
Recordem elogios recebidos. Esqueçam os insultos (Se conseguirem isto, digam-me como.)
Guardem as vossas antigas cartas de amor. Deitem fora os extractos bancários antigos.
Estirem-se! Não se sintam culpados se não souberem o que vão fazer com as vossas vidas. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam o que queriam da vida aos 22 anos. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.


Get plenty of calcium. Be kind to your knees. You'll miss them when they're gone.
Tomem bastante cálcio. Cuidem dos vossos joelhos. Vão sentir a sua falta, quando se forem.

Maybe you'll marry, maybe you won't. Maybe you'll have children, maybe you won't. Maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much, or berate yourself either. Your choices are half chance. So are everybody else's.
Talvez se casem, talvez não. Talvez tenham filhos, talvez não. Talvez se divorciem aos quarenta, talvez dancem como loucos no 75º aniversário de casados. O que quer que façam, não se congratulem em demasia, ou tão pouco se recriminem. As vossas escolhas têm 50 por cento de hipóteses de acertar. Como as de toda a gente.

Enjoy your body. Use it every way you can. Don't be afraid of it or of what other people think of it. It's the greatest instrument you'll ever own. Dance, even if you have nowhere to do it but your living room. Read the directions, even if you don't follow them. Do not read beauty magazines. They will only make you feel ugly.
Aproveitem o vosso corpo. Usem-no de todas as maneiras que puderem. Não tenham medo disso ou do que os outros pensam disso. É o mais maravilhoso instrumento que jamais vão possuir. Dancem, mesmo que não tenham outro sítio para o fazer que a vossa sala de estar. Leiam as instruções, mesmo que não as sigam. Não leiam revistas de beleza. Só vos farão sentir pessoas feias.

Get to know your parents. You never know when they'll be gone for good. Be nice to your siblings. They're your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.
Conheçam os vossos pais. Nunca se sabe quando vão partir definitivamente.
Sejam simpáticos com os vossos irmãos. Eles são a melhor ligação ao vosso passado e quem mais provavelmente ficará do vosso lado no futuro.


Understand that friends come and go, but with a precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle, because the older you get, the more you need the people who knew you when you were young. Live in New York City once, but leave before it makes you hard. Live in Northern California once, but leave before it makes you soft. TRAVEL!
Entendam que os amigos vêm e vão, mas que devem manter os mais preciosos. Esforcem-se por quebrar as barreiras geográficas e de estilos de vida, porque quanto mais envelhecerem mais vão precisar das pessoas que vos conheceram quando eram jovens. Vivam em Nova Iorque por uma vez, mas partam antes que ela vos torne duros. Vivam no norte da Califórnia por uma vez, mas partam antes que ela vos torne macios. Viajem!

Accept certain inalienable truths: Prices will rise. Politicians will philander. You, too, will get old. And when you do, you'll fantasize that when you were young, prices were reasonable, politicians were noble, and children respected their elders. Respect your elders. Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund. Maybe you'll have a wealthy spouse. But you never know when either one might run out.
Aceitem algumas verdades inalienáveis:
Os preços vão subir. Os políticos serão inconstantes. Vocês envelhecerão, também. E quando isso acontecer, vão fantasiar que, quando eram novos, os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos. Respeitem os mais velhos. Não esperem o apoio de mais ninguém. Talvez tenham um fundo de garantia. Talvez tenham casado com alguém rico. Mas nunca se sabe quando um ou outro vão desaparecer.


Don't mess too much with your hair or by the time you're 40 it will look 85. Be careful whose advice you buy, but be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia. Dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen...

Não inventem demasiado com o vosso cabelo ou, quando tiverem 40 anos, parecerão ter 85.
Tenham cuidado com os conselhos que tomam, mas pacientes com os que os dão. Os conselhos são uma forma de nostalgia. Dá-los é uma maneira de resgatar o passado do fundo de um armazém, limpá-lo, esconder as partes feias com tinta fresca e reciclá-lo por mais do que realmente vale.
Mas, quanto ao protector solar, confiem em mim.



Kurt Vonnegut's (hoax) mythical commencement speech to MIT in June 1997
(in fact, written by Mary Schmich of the Chicago Tribune)

Música: Baz Luhrmann - Everybody's Free (to Wear Sunscreen)


Sobre as primeiras reacções ao aparecimento do texto
Sobre quem escreveu e o que achou Vonnegut
O Site Oficial de Kurt Vonnegut

nota:
Se estiverem interessados no Video (apesar da pobre legendagem brasileira - estou à procura do original, sem legendas) podem contactar A Sombra por e-mail. It will be my pleasure. :)

domingo, janeiro 08, 2006

Way Out...




What?
Still looking? *
















Posted by Picasa * Time Magazine Cover, March 15 2004




Usher ft. Lil' Jon & Ludacris - YEAH

Time Out...

Hit play on Shadow's Mood and take five...
Afinal, é Domingo! :)



Dave Brubeck - Take Five - Time Out

Shadow's Mood que passava na data desta entrada.

Complete Idiot's Guide no. 1


Lista completa
de Complete Idiot's Guides d'A Sombra

na coluna da direita
8






"(...) Quero assim transmitir este sentimento de gratidão por me ter sido concedida esta oportunidade de ao mesmo tempo ter podido visitar a exposição de Thomas Hirschhorn (...) na Fundação de Serralves. É claro que o aspecto plástico da exposição me desconcertou com todo aquele material de cartão, madeira, fita adesiva, sacos do lixo, manequins, néons, material impresso, etc. Mas não me intimidou, pois revela que tudo pode desaparecer mas o que vai ficar são os pensamentos, as reflexões do artista, a ideia de que o importante é a energia para fazer coisas, não interessa tanto a qualidade do que se faz."

in Cartas ao Director, Público, 7 de Janeiro de 2005

Regra # 576: Não se deixe intimidar. Be a tiger!

Posted by Picasa

"Think of me as a place"...



8 To the original Spot, click here.










There is this lake of a blue so strange
And northern pine trees of unreal green

There is a bird of prey high in the sky and the Sun
And there is a sweet and familiar smell all around

There is a soft and conforting whisper of a wind
And it is to me as if it could sing as if all of this was but a dream

There is a feeling of happiness rising in every tear I shed
And none is lost in that place where I can always find you

When you're not there...


RS




June Christy - Willow Weep For Me - Sings the Standards

Posted by Picasa