terça-feira, dezembro 27, 2005

A Arte da Mesa...

A propósito do dinheiro desperdiçado nas campanhas eleitorais em Portugal (como em todo o lado), e não apenas nesta, mas em todas, o Blasfémias tem uma entrada de PMF que, entre os seus comentários (de todo o tipo, como convém à democracia), merece esta reflexão da parte de jcm:

"Poderá haver Campanhas sem grana? Encore langue de bois."
comentário de jcm neste link para "Quanto vale uma campanha eleitoral?", de PMF, no Blasfémias.

Ora, sendo as campanhas eleitorais, por definição, o tempo concedido por lei para que os candidatos dêem a conhecer aos eleitores os seus programas, trata-se de um serviço público (ou estou enganado?).
Uma vez que já não estamos na Idade Média, em que os mercados eram deveras importantes enquanto agregadores de povo, e que cada vez mais portugueses não sabem ler, de acordo com estudos oficiais, resta o Case Study do futebol para ilustrar a concretização de um serviço realmente público.
Passo a explicar:

Quando existe um jogo de futebol considerado de serviço público, como quando o Benfica vai jogar amigavelmente à Letónia ou algo assim, não há cidadão interessado que deixe de acompanhar o evento, isto é, de ser informado cabalmente sobre o mesmo, via Televisão e Rádio (e imprensa, mas vamos deixar as letras de fora, por piedade). Pode até dar-se o caso de o clube ter de pagar alguma coisa para que isso suceda, mas geralmente até acontece o contrário! Adiante.

No caso das eleições e respectivas campanhas, pergunta o jcm se podem fazer-se sem "grana". Sendo serviço de interesse e utilidade públicos, evidentemente que sim. Bastaria assegurar a todos os candidatos por igual, desde o VIP mais "in" ao desconhecido mais "out", o mesmo tempo de antena em televisões e rádios públicas, o que, no século XXI, mesmo em Portugal, significa abranger a maioria dos cidadãos eleitores interessados.

Quanto a gastos com campanhas, vulgo "outdoors", "spots", "poles", viagens, frigoríficos, bandeirinhas e jantares... Nada. Nicles. Zero.

Tadaa!

nota:
Mas compreendo que tal coisa seja considerada uma aberração em muitos meios; sobretudo nos dados à mesa farta.
Da boa e da cara como da reles e de graça.

nota 2:
Oops. Com tanto "j" fiz uma troca! Afinal, jcm é um e jcd outro. Correcção efectuada, com um abraço aos dois "jotas". ;)

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