Ontem casou-se Elton John.
Não se pode dizer que tive uma decepção, quando se soube que EJ era homossexual. Também não foi uma surpresa. Não me considero homofóbico, antes "bichafóbico". A associação da homossexualidade com feminilidade é uma realidade triste e artificialmente construída. Ser homossexual não significa ter modos femininos; é apenas uma opção íntima, que nada tem a ver com "gay pride parades" ou com saltar para cima das mesas aos gritinhos. Isso incomoda-me, tal como me incomodam os que não controlam o álcool e saltam para cima das mesas aos berros. Detesto exibicionismos, venham eles a propósito do que quer que seja.
Elton John, como George Michael, são dois cantores que admiro, com trajectos coerentes (mais o George que o John) e carreiras sólidas. De George Michael guardo todos os trabalhos, muitos deles quase retratos de certas fases da minha própria vida que, já que falamos deste tema, nada tem a ver com homossexualidade.
Não atiraria nunca os discos destes dois pela janela, mesmo que se descobrissem situações realmente escandalosas nas suas vidas, e ser homossexual nada tem de escandaloso.
A Arte transcende o Artista. Tem vida própria.
Para o provar, ouçam aqui mesmo, e digam lá se interessa alguma coisa a orientação sexual de quem fez música desta para a apreciar.
Elton John - Rocket Man
March 22. Portugal.
Há 12 anos
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