segunda-feira, outubro 02, 2006

Civilizados? Nós?



















Não vi esta notícia em outro lugar.
Foi uma amiga que, via e-mail, me deu conhecimento dela.
Foi no Destak de hoje; edição do Porto.
Ainda ontem, no Jumbo, pensava que a prova de que vivo num país civilizado é a quantidade de facas
"à mão de semear" que existem em hipermercados e lugares assim. E afinal...

nota:
Sobre "Os Negros", n'A Sombra.
...

9 comentários:

  1. É lamentável que isto ainda aconteça no nosso país. Não consigo perceber o que motiva esta gente... Será que eles não sabem que a peça foi escrita por um branco???

    Um Abraço,
    Nuno

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  2. Outsider:
    Não sei se me alegre por esta notícia não ter tido "destak" noutros jornais ou se fique triste. É que se, por um lado, é dar importância a mais a estes canalhas, por outro é importante não esquecer que estes fenómenos vão existindo. E estar em guarda.

    Uma boa semana, Nuno.
    RS

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  3. Genet riria com orgulho perante quem nem sequer entende a sua peça. São, de facto, os "brancos".
    Abraço

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  4. Caríssimos
    Se me é permitido, gostaria de "meter a minha colherada"... De facto penso que o que há a fazer, em primeiro lugar, não é dar "destak" à notícia, mas sim à peça, que é magníficamente interpretada. Ainda não o tinha feito, mas acho que ainda vou a tempo (penso que as exibições terminam dia 8). O sucesso do trabalho destes magníficos actores portugueses e africanos será proporcional à estupidez destes imbecis. Vivemos numa sociedade muito "falsa" e "aparente". O racismo existe e encontra-se latente (começa logo na relação das pessoas com os cães e gatos e mais imbecilidades de "pedigree"...). Enfim, parafraseando Samir Amin: «A ignorância dos outros e a desconfiança em relação a eles e até o chauvinismo e a xenofobia são apenas a prova dos limites da evolução de TODAS as sociedades até aos nossos dias.» Com a salvaguarda de que, num território que esteve durante 800 anos a conviver diariamente com pessoas oriundas de África, os "outros" somos nós próprios. A imbecilidade não tem limites...
    Abraço e até breve (e, já agora, vão ver - ou rever - "Os Negros"...)
    Manuel

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  5. Pedro Ludgero e Apobo:
    Se a imbecilidade pagasse imposto, a nossa classe dirigente seria duas a três vezes mais gorda.

    Um abraço a ambos,
    RS

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  6. Boa noite.

    Não defendo o racismo, aliás, acho-o totalmente reprovável e retrógado.

    Mas não terão as pessoas o direito a odiar? A dizerem que odeiam? E não me refiro ao racismo em particular.

    Seria reprovável se fosse uma manifestação de apoio? Duvido. Seria até elogiada.

    Acho apenas caricato o facto de que nos dias que correm, a opção "não que me quero entender com x, não quero saber de x, não quero ver x" mudar consoante o x.

    Se x = racistas.

    Se x = uma qualquer etnia diferente.


    Apenas um pensamento, nenhuma manifestação de apoio ou reprovação.

    Poderá haver espaço para todos, inclusivé para aqueles que o querem só para eles? Paradoxal...

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  7. O Monarca:
    Majestade,
    Poderá no reino existir um espaço para os que negam o espaço de existir a outros?
    Com certeza que sim.
    Qualquer reino que se preze jamais negará espaço para existir a ninguém, independentemente de credo ou cor.
    E quando os que, assim acarinhados, entrarem de rompante pelo palácio, de tochas na mão, a sua intolerância será igual às chamas que provocarão, e a tolerância real igual às pedras queimadas; as primeiras condenadas à extinção, as segundas à reconstrução.
    Mas merecerão os que então perderão o seu espaço para existir tanta magnanimidade? E os que conseguirem sobreviver-lhe, apreciarão o gesto?

    Um abraço,
    RS

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  8. Já é 5 de Novembro? :p

    De facto compromissos têm que ser feitos e linhas ser traçadas se queremos que haja espaço para a maioria.

    Porque é impossível haver espaço para todos. Se o houvesse deixaria haver razão para qualquer oposição, deixaria de haver contra-cultura.

    Aliás, muito do que vejo n'A Sombra é reflexo de alguém que de certa forma "não encontrou o seu espaço" (a expressão não é a mais feliz), e tenta continuamente abrir os horizontes aos que cá chegam, para que "haja mais espaço".

    Mas se já o houvesse, então porquê a Sombra?

    Para cada herói o seu vilão. De certa forma, os ignorantes, são úteis. Acabam por estimular o desejo de conhecer dos que assim não querem permanecer.

    Digo eu... Divago, devaneio.

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  9. O Monarca:
    Your Majesty is too kind. :)

    Abraço,
    RS

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