domingo, novembro 09, 2003

O Templo


Era uma noite como tantas outras.
O desafio foi lançado por mim mesmo. Porque não?

O Templo estava no sítio, como sempre. Simpático. Cool place, as always... E o Mário não precisa de publicidade. Hell, not this kind, anyway... Depois da recente polémica televisiva, relativa aos "maus ambientes" nocturnos e à violência e essas coisas todas (más...) estava curioso. Será assim tão mau?

Encolhi os ombros, recordando a noite em que "me convidaram" a sair do Griffon's (já não existe...) sem pagar o meu segundo cartão totalmente preenchido. Aparentemente não caiu bem a minha sessão de escolha de discos na cabina de som, atirando os que não apreciava para a pista... Oh well, what the hell... Seria assim tão má a noite, hoje?

Já não punha os pés no Templo há uns bons meses (Oh! O Templo, para os infiéis que não sabem ainda do que falo, é a Indústria, na Av. Brasil, no Porto), e decidi lá ir hoje, após um magusto antecipado em casa de uma boa amiga (a Helena - e também lá estavam o Bruno e a Flávia, que os leitores do Cinema para Indígenas já conhecem, além de outros convivas). Depois de deixar a esgotada cara-metade em casa, rumei à Foz. Old habits die hard...

À entrada, dois porteiros com uma lista verificavam o nome de um desgraçado qualquer que esperava, esperançoso. "Desculpe..." - interrompi - "Esta noite é por convite ou os clientes também entram?" Nem precisei de mostrar o cartão.
O ambiente estava interessante (algumas caras conhecidas...) e muito... acolhedor. A música podia ser melhor. Saí cedo, tipo 3:30 da manhã (escrevo ao chegar a casa), na altura em que os teenagers invadiram a pista... Eu adoro ver mulheres bonitas a dançar tanto quanto o meu irmão mais próximo, mas não tenho pachorra para bancos de ensaio da Clearasil... Time to go.

Na caixa, encontro o Mário (you know...) e o Fonseca (dono do Meeting, na Ribeira, e presidente da APVGFR... da APHRJU... Whatever... Da associação dos donos de estabelecimentos de diversão nocturna da Ribeira ou algo assim. Old acquaintances...
Para não interromper a "reunião" (provavelmente para concertar novas formas de luta para manter os bares e discotecas abertos até às seis da manhã) despedi-me mais depressa que o habitual. Good luck guys...

Mas eu sou do tempo em que acordava às nove da manhã ao comprido, na praia do Molhe, com uma gaivota a piar a um metro de mim e a pensar: "Where the fuck am I?!..." Bons tempos. Nessa altura não se falava em fechar ou abrir a esta ou aquela hora. Curtia-se a noite e pronto.
Mas acho que os tempos mudaram... Mas nem tanto assim... Nem tanto. Afinal, aquela noite em que pedi uma amiga em casamento no Molhe, depois de a convencer a sair do Templo, podia ser esta.

Some things never change...


nota:
O HLX está afinado. O piloto automático está A-OK.
I got home in a flash with no problem at all. So sue me.

Sem comentários:

Enviar um comentário