... cai a nódoa.
Francisco José Viegas cita
Valter Hugo Mãepara denunciar o
Mito Che Guevara.
Pena que o faça com uma peça mal amanhada de propaganda dos exilados cubanos nos EUA, realizada
como
uma novela mexicana...
E pena que a fonte mais relevante, um texto de
Alvaro Vargas Llosa, apareça em roda-pé...
Prioridades de raíz capitalista (publicitárias)?
A ver vamos.
Entrada completa, abaixo. ...As fontes indicadas por
FJV com recurso à entrada de
VHM são desprezíveis.
A
"Caiman Productions" e Luís Guardia, o realizador de
"Guevara: anatomía de un mito" (
link acima), são
"produtos" ligados inequivocamente a
Accion Democrática Cubana, ao
Instituto de la Memoria Histórica Contra el Totalitarismo e à
Fundacion Nacional Cubano Americana, tudo "boa gente", amante dos direitos humanos e, claro, anti-castristas ferrenhos, que comemoram a "traição" da Baía dos Porcos com lágrimas e velinhas e, claro, o 22 de Novembro de 1963, com
champagne e velinhas.
Mas Alvaro Vargas Llosa... Tem apelido. E é só.
Primeiro: não confundir o "
Alvarito" com "su padre", Mário Vargas Llosa.
Alvaro tem 39 anos e vive nos EUA, sendo definido como um neoliberal, defensor dos instrumentos de "ligação" pan-americanos - como o NAFTA. É um anticomunista convicto e, em bom português, malha forte e feio na Cuba pós-Baptista. Antes é que era bom...
Então vejamos um outro de entre os "mitos" que existem ainda.
O da galante resistência francesa, por exemplo, durante a ocupação nazi.
"Do processo de adesão à resistência francesa faziam parte vários testes de personalidade. Um deles consistia em saber se seriam os candidatos capazes de matar um camarada suspeito de ser traidor. A arma da execução estava vazia, mas o objectivo era ver se o candidato seria capaz de premir o gatilho, convencido que estava carregada.
Estes testes de carácter eram extraordinariamente importantes para a causa. Os membros da resistência deviam ter uma vontade de ferro e não serem levados por emoções, ou seja, estas não deveriam interferir no que tinham de fazer para atingir os seus objectivos."
(in The IB Holocaust Project - uma fonte simpática; existem mais duras)Cerca de 400.000 franceses foram acusados de colaboracionismo, durante e depois da ocupação. Quantos foram executados sumariamente por ordem da resistência? Não é certo. Muitos mais que os apontados na lista "privada" de execuções de Ernesto Che Guevara, de certeza. Quanto a julgamentos, penso que estamos conversados.
Os processos revolucionários e os de libertação (Cuba de Baptista e França de Pétain) são sempre sangrentos e sumários. Faz parte da natureza humana.
Uma coisa é certa; afirmar que o Che era um megalómano sanguinário e assassino ao nível de um Heinrich Himmler não me parece uma boa maneira de "fazer" história.
Muito menos de a "corrigir" (para não dizer pior!).
Parece que desde a súbita conversão de Fukuyama anda tudo de cabeça perdida...
Eu, continuo a preferir o "Che", de
Pierre Kalfon.
Rescrever a História é cada dia mais simples e ver claro menos possível...
Embora não fosse o Che a dizê-lo, aplica-se a frase que lhe é atribuída:
Sejamos realistas, exijamos o impossível!Rui Semblano
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