sábado, julho 19, 2003

Crisis? What crisis?


Quem diria que Tony Blair e G. W. Bush terminariam a fazer discursos um para o outro, em jeito de reconforto mútuo, assegurando que fizeram o melhor que se podia ter feito no Iraque. Será porque já ninguém acredita nisso excepto eles próprios? Não saberão eles que há mais gente que ainda acredita nisso? Como o José Manuel Fernandes, por exemplo, que até se deu ao trabalho de editar uma colecção de textos seus publicados no Público ("Ninguém é neutro", Quetzal, inspirado por Zita Seabra); ou o Durão Barroso, que continua firme na sua convicção de ter visto as provas da existência de armas de destruição em massa.

Quem diria que Tony Blair e G. W. Bush terminariam a pedir, por favor, à ONU para assumir um papel cimeiro no Iraque, nomeadamente (e principalmente!) despachando capacetes azuis aos magotes para o que começa a ser o "passador de carne" iraquiano. Será porque a guerra ainda não acabou? Será porque o número de baixas desde que G. W. Bush disse que "a guerra acabou" já vai quase em metade das ocorridas quando "ainda não tinha acabado"? Será porque Washington e Londres não sabem que vão a caminho 120 GNR's para resolver a situação?
E, a propósito, será que Paulo Portas também disponibilizou caixões do exército em número suficiente para apoiar o destacamento da GNR ou vão repatriar os corpos em sacos de plástico "made in USA"?

Como diria o Pipi, vamos reflectir sobre estas questões, por alguns momentos...

Curiosidade, lida na Flor de Obsessão:

--- início de transcrição ---

Soube que os Sex Pistols vão tocar a Bagdad para mostrar aos iraquianos que a democracia tem falhas e não é um regime perfeito. Nunca gostei dos Sex Pistols. Sempre achei que a mera existência dos Sex Pistols era a prova mais eloquente de que a democracia tem falhas e não é um regime perfeito.

--- fim de transcrição ---

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