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texto com pedaço de carta
(a noite)
(o autor saudando o leitor)
E emudecemos
muito
pois era a única direcção
dançável se e quando insondável
E passamos pela palavra secreta
pela imagem secreta
E pelo segredo comum
o fim não é o fim
o silêncio não é um fim
pois há uma vela acesa
E um epitáfio ainda
assim façamos nossa vida um dia
a vida é tudo, posso amar-te no degredo,
Em toda a parte há céu e flores e deus,
se viveres um dia serás livre,
a pedra do sepulcro é que nunca se levanta
E emudecemos um pouco
pois era a direcção
dialéctica
E passámos pela física
pela metafísica
e pela pedra
(o autor definindo a noite)
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Poema extraído de "
o fim não é o fim",
por
Pedro Ludgero
(Amores Perfeitos, Vila Nova de Famalicão, Janeiro de 2004)
Porque...
... nem todos somos "escritores frustrados" na minha família!
Parabéns, Pedro, pelo teu segundo livro!
Venha o terceiro, já que o tens pronto!
nota:
Por ocasião do lançamento do livro, na Academia Musical de Vilar do Paraíso, em Vila Nova de Gaia (onde o autor lecciona), sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2004.
nota 2:
Há quanto tempo não
se falava de poesia ou
se escrevia um poema, n'A Sombra... E o Joaquim que também está prestes a editar mais um livro. "E tu?" - perguntaram-me, no lançamento do livro do meu primo Pedro - "Quando é que editas os teus escritos?", ao que estive mesmo para responder que editava outros, mas num blog. "Num quê?" - pois. Por isso é que "só" estive mesmo. :)
nota 3:
A propósito de poesia, registo o simpático convite do
Vamos Lixar Tudo para traduzir o poema
Aubade, de Philip Larkin, desafio lançado originalmente pelo
3 tesas não pagam dívidas, mas dadas as
actuais circunstâncias tenho de declinar a gentileza. Um abraço para o Carlos e para o Rui. ;)
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