terça-feira, janeiro 24, 2006

Universalidades

Refraseando:

"(...) a diferença é entre quem pensa "que todos temos direito à oportunidade de ingressar no Ensino Superior Público" e quem pensa "que todos temos direito à oportunidade de ingressar no Ensino Superior". (...)"

Já n'A Sombra deixei expressa a minha opinião sobre o privado e o público no domínio do Ensino Superior. Nada como regressar ao passado, neste caso bem presente; esperemos nós que não um regresso ao futuro, embora a confusão de Bolonha não augure nada de bom...

Ver:

Índice deste tema, n'A Sombra:

1. Qual o Ensino Inferior? O público ou o privado?
2. CRUP - Opus Ensemble
2.a Anexo: Autonomia Universitária para que te quero!
3. Universidade e Emprego
nota. Considerações finais

Estas entradas sempre estiveram disponíveis através do link para a inicial, na coluna da direita, em algumas Sombras. Um eco de 2003, ainda actual. Pouco mudou, infelizmente.

Um cheirinho:

(...) No dia em que entendermos que entrar numa Universidade é, apenas, uma opção entre muitas começará a verdadeira reforma do Ensino em Portugal. Até lá, continuaremos a assistir às cínicas tentativas dos Governos, do CRUP, dos docentes universitários e dos estudantes em geral (que a febre começa no Secundário!) para tornar mais e mais acessível a entrada na Universidade aos filhos de todos os portugueses. Porque todos temos o direito e o dever de ser doutores. É neste processo que reside a história do triste Ensino Superior que temos hoje - público e privado.

A constatação deste facto, porém, não significa que a Universidade esteja condenada em Portugal. Claro que a média cultural dos discentes universitários é cada vez mais baixa; claro que bem para cima de metade dos docentes universitários o são por necessidade (a sobrevivência obriga) ou por dinheiro (que ainda é um aliciante, no sector público, onde a reforma é factor de peso). Mas esta junção incrível de ignorantes, necessitados e mercenários não pode ser o futuro da nossa Universidade.
É preciso depositar alguma esperança nos que entendem que o problema está longe de resolvido - alunos, professores, pais e governantes - e estão na disposição de tentar que o Ensino Superior público e privado retomem a dignidade e o crédito que perderam.

Uma e outra vez mais é preciso ser realista.
E exigir o impossível.

Rui Semblano
Setembro e Outubro de 2003

"Seamos realistas, exijamos lo impossible"
Ernesto Che Guevara (1928-1967)


Pronto. Agora vão lá ver o resto. ;)

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