sábado, janeiro 07, 2006

Here's looking at you, kid...



Peggy Lee - As Time Goes By - Sings the Standards

Tirado de um filme que, não tarda muito, será alterado digitalmente, para não induzir ao hábito de fumar...
Aproveitem e comprem-no agora. Presumo que as buscas casa a casa, à procura de originais, só virão bem mais tarde...

My pleasure...

Factos de 2005 - IV - Have a smoke...


Não é do ano passado, mas foi o ano passado.
Não tarda nada, temos os cartazes "Proibido a fumadores",
no lugar dos antigos "Proibido fumar".
Descubra as diferenças.

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa


Para evitar que os pelos dos mais fundamentalistas se ericem de forma irrecuperável, convém esclarecer alguns pontos, desde já. Assim, penso que deve ser feito tudo o que for possível para evitar que surjam novos fumadores juvenis, sem cair no erro de considerar como aberrações os adultos que decidem começar a fumar ou, tão pouco, os adultos que já fumam. Pessoalmente, e fumo desde os dezoito anos, imponho-me certas regras que não só têm como objectivo respeitar os outros (fumadores ou não) como respeitar-me, a mim mesmo, como não fumar no automóvel, para dar um só exemplo. Fora de casa, procuro não incomodar ninguém com o meu cigarro, o que implica não fumar dentro da casa de quem não fuma, não acender um cigarro à mesa enquanto se come, não atirar com o fumo para cima de quem partilha o mesmo espaço ou fumar perto de crianças (mesmo perto, e esta observação tem a sua razão de ser). Que o cigarro de quem fuma não pode ser imposto a quem não fuma é uma questão de bom senso e de decência. Mas tudo o que ultrapasse isto é perigoso, na medida em que testa a capacidade de reacção e de controlo das pessoas.

Porque só falo em fumadores juvenis, acima? Porque um adulto pode fazer o que bem entende, desde que observe um conjunto de regras que, estou de acordo, devem existir para salvaguarda dos outros. Se fossem todos sensatos, não era necessária legislação para proteger ninguém; seria natural e expontâneo da parte de quem fuma. Mas sabemos que não é assim, por isso as regras. Que regras? Esse é o problema.

Atropelar o bom senso na procura de um ambiente livre de fumo resulta, inevitavelmente, na procura de um ambiente livre de fumadores. E isso é muito grave. Faz pensar em outras procuras de ambientes livres de outros tipos de pessoas, algumas delas conduzindo a sítios como os Gulags ou como os Vernichtungslager. Exagero? O endurecimento deste tipo de proibições, que passa por impedir o acesso de determinadas pessoas a determinadas situações ou locais, termina sempre por ser levado ao extremo. Veja-se o que acontece em certas cidades dos EUA em que não se pode fumar em ruas cheias de automóveis.

O Estado, no caso português, é que mais lucra com a existência de fumadores. Todas as doenças atribuídas ao tabaco podem ser contraídas por não fumadores não expostos ao fumo do cigarro. Dizer que, sem fumadores, o Estado pouparia milhões em despesas com a Saúde é uma anedota. O que não é uma anedota é dizer que o Estado perderia milhões sem os fumadores. Aliás, considero do mais hipócrita que existe ser o principal beneficiário da venda de cigarros que procura convencer os fumadores dos seus malefícios, criando regras absurdas e, no limite, anticonstitucionais, pois atentam contra a liberdade individual no que têm de exacerbado direito colectivo.

Que o Estado imponha a proibição de fumar nas empresas e estabelecimentos públicos é seu direito, mas que faça uma lei que impõe o mesmo aos privados é absurdo. Fumar ou não nos locais de trabalho deve ser opção de cada empresa, e cada empresário saberá se é sensato ou não tornar os funcionários parte desse processo de escolha. Mesmo sem legislação que o imponha, já existem há muito empresas onde não se fuma. Só lá trabalha quem quer. Agora, numa empresa em que existem secções onde todos fumam, incluindo os quadros superiores e o patrão, obrigar a não fumar por decreto da República é ridículo e, lá está, perigoso.

Nos locais onde esta legislação passa, não tardam os iluminados, como a OMS, que pretendem controlar os seus empregados até na sua vida privada, fora do trabalho, em suas casas. Isto é puro Orwell. E é mais um passo na "carneirização" das massas. E chama-se fascismo, com todas as letras.

Nos locais públicos, como cafés e restaurantes, que direito tem o Estado de impor seja o que for? Com base na preservação da saúde pública? Que saúde pública? Que sentido faz, na baixa de uma das cidades mais poluídas da Europa, proibir o fumo do tabaco em locais onde os gases vindos dos escapes de automóveis e autocarros circulam à vontade? Ou crêem que ficam à porta, como os cigarros? Isto é do mais bacoco que existe. Quanto ao respeito pelos que não fumam, ele deve ser o mesmo dado aos que fumam, e não a criação de quotas diversas que dividem espaços de formas aleatórias. Cada um sabe de si e do seu estabelecimento ou local de trabalho, se lhe pertencer. Se um café tem 90% de clientes fumadores, como vai ser obrigado a criar uma área de 70% do seu espaço para não fumadores? Que se obrigue a ventilar, tudo bem, mas acima disso qualquer coisa é demais, especialmente em locais onde o fumo do tabaco é uma mísera parcela dos poluentes atmosféricos que todos continuarão a respirar alegremente no dia em que for proibido fumar em toda a parte.

Haja bom senso, respeito por todos e pelas suas escolhas conscientes de fumar ou não, criem-se o máximo de dificuldades ao acesso de crianças e adolescentes ao cigarro, mas que não se chegue ao dia em que, onde não se pode ter uma placa que diga "Só para brancos", se tenha uma outra, igualzinha, que diga "Só para não fumadores".

Rui Semblano

nota:
Escrito após o jantar a saborear uma aguardente velha
e um cigarro, naturalmente. Não há prazer sem pecado...

Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945



Saturday morning déjà vu

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What?
Saturday morning? Again?
Get a life!


(A Nina a ver-me sair para o atelier...)


:)

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Imutável

Pois é...
Mário Soares
abraçado ao "Comandante" Valentim "Lourenço"...
Cavaco Silva
a trocar sorrisos e vénias com o tio João...
Manuel Alegre
a defender a República nos Açores...
Francisco Louçã
na sua casa inenarrável...
Garcia Pereira
a defender a dama de Freitas do Amaral...
Jerónimo de Sousa
ao nível do alface e da couve...

Graças aos céus pelo Bombay Sapphire e pela água tónica. Ao menos isso não muda nunca.

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Porque estou aqui.

No regresso, depois de todos estes meses afastado da Blogosfera, o prazer que tenho em navegar de novo estas águas é cada dia maior. São os pequenos detalhes de relações estreitas com perfeitos desconhecidos, velhos amigos e perfeitos desconhecidos que são já velhos amigos, que fazem este espaço único.

Que me perdoem os que não menciono, mas estão frescas estas pequenas grandes alegrias, que aqui quero deixar registadas:

Amigo Baeta... Às vezes, o que parece uma entrada "egoísta", dirigida a alguém em especial, termina por tocar alguém especial. Mas Jobim tem esse dom.

Caríssimo JR Cruz... Sinto-me parcialmente responsável, agora, pelas horas que passa a fazer uploads de imagens, a pesquisar dados para uma entrada, a actualizar templates e, claro, a partilhar as suas ideias e a trilhar estes caminhos. Por isso me penitencio. :)
Fiquei feliz pelo reencontro, sorridente a dobrar pelo desvendar do "mistério" Etari Peht e, sobretudo, pela sua "omnipresença" na Blogosfera.
"A Conspiração dos Sapientes" só podia ir directo para os Blog Links Sp, d'A Sombra, bem como o "Contra Gravidade" para os Blog Links plm. Quanto ao "PARANOIA Inc.", passa a encontrar-se em Blogosphere, os links d'A Sombra para blogs exteriores à Blogosfera Lusa. Obrigado pela gentil referência ao renascer desta mísera partícula de pó no Universo.

Querida Raquel... Diz à Dora que não sou Medium. :)

Caro Miguel... "Shadows of a feather should stay together". Agradeço a citação de uma das entradas d'A Sombra no "Eu e a minha sombra". Desde que regressei que verifico a existência de uma miríade de blogs que usam "sombra" no seu título. Gosto de pensar que tem esta Sombra algo a ver com isso, mas sei que não. O Fabien agradece ter escolhido "Yuki" para essa honra, e sabe que não é o único a sentir assim. Agradece ainda a sua sensibilidade em ter reproduzido o tema de "In the mood for love", sem o qual a entrada ficaria incompleta.
Quanto a intercâmbios, voltaremos a falar.

São assim os dias da blogosfera. E as noites também...

RS

nota:
Estou de tão bom humor que até vou aproveitar para desejar um feliz aniversário ao Grande Jota!
Parabéns, pá. Então 57, hein? Mais três e está no "Big Six-O"! Enjoy! *

* (And I don't mean coke, but if you feel like it... After all it is your birthday!)

Shadows and Spectres


Podes ser um figurão no sítio de onde vens,
diz A Sombra para O Espectro, mas agora
estás na Blogosfera, o meu aquário da noite,
e eu sou o Grande Peixe que nele voga...

A Sombra dá as boas vindas a O Espectro.
May it endure. As well as your sense of humour.

RS


nota: Sim, eu sei. É adaptado de uma tirada de Franco Nero num filme com Bruce Willis e do sonho
de Victor Hugo e de Tim Burton e de Peter Jackson e de J.R.R. Tolkien. Uf... (Antes que me acusem de plágio!) :)

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Semper Fi



John Philip Sousa - Semper Fidelis - Marches (EMI 2003)

Sim, que nós também temos responsabilidades nisto. E não é de agora! :)

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Factos de 2005 - III - Gitmo



Gitmo.
O real espelho de uma "América"
que Alexis soube prever em 1835.
Falamos de Guantanamo, Cuba, USA.

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa


Já no regresso d'A Sombra se falou do Patriot Act (na entrada "Acto Patriótico", que, a propósito, não é uma tradução do nome do decreto, mas português cristalino, que significa "acção patriótica", sendo uma ironia, e a semelhança com a sigla inglesa um mero trocadilho).

Desde o 11 de Setembro de 2001 (e não desde que G. W. Bush foi eleito para o primeiro mandato, como muitos pensam) que os EUA estão cheios de patriotas (sem aspas). Uns, acenando a Carta dos Direitos e a Constituição, afirmam que o governo está a cometer um atentado contra a liberdade dos cidadãos e os seus direitos; outros, em peregrinação ao Ground Zero antes de partir para as "Neocruzadas", acusam os seus detractores de cegueira e irresponsabilidade perante tão grave ameaça à segurança da Nação, portanto de todos eles, uns e outros. Na entrada do local de trabalho de G. W. Bush como na entrada do seu local de recreio, os familiares dos mortos em combate "contra o Mal" acampam, dividindo-se nos mesmos dois grupos e, claro, acusando-se mutuamente de falta de patriotismo. A verdade talvez esteja entre os dois campos, como normalmente está, em tudo na vida.

O certo é que, no que diz respeito ao país a que, na Europa Ocidental, devemos a liberdade, pois à antiga URSS apenas a Europa Oriental deve alguma coisa (e não é a liberdade), muito mudou desde aquele dia de Junho, em 1944, mas não tanto como se julga. O sacrifício dos jovens norte-americanos na Normandia é conhecido de todos, mas quantos conhecem o sacrifício dos franceses que morreram sob as bombas dos Aliados na preparação dos desembarques? Entre ingleses, canadianos e norte-americanos, 10.300 baixas mortais; entre os civis franceses, 15.000 a 20.000 mortos, quase exclusivamente vítimas de "fogo amigo" vindo do céu.

Carta de Franklin D. Roosevelt a Winston Churchill, sobre os bombardeamentos de preparação para o Dia D, 11 de Maio de 1944:

Partilho consigo inteiramente a preocupação face às vítimas mortais entre a população francesa. Por mais lamentável que seja a estimativa de perdas civis, não estou preparado para impor, a esta distância, qualquer tipo de restrição ao curso de acção militar decidido pelos comandantes responsáveis no terreno que, em sua opinião, possa contribuir para o insucesso da operação Overlord ou causar baixas adicionais às forças aliadas envolvidas na invasão.

4 de Janeiro de 2006. Ontem. Jornal Público, sobre o Iraque:

Catorze membros de uma família morreram num bombardeamento norte-americano numa casa em Baiji, 200 quilómetros a norte de Bagdad, disse ontem um iraquiano, responsável de um grupo de ligação entre forças dos EUA e do Iraque. Segundo testemunhas citadas pelas agências e pela BBC, oito corpos já tinham sido retirados dos destroços: os de um rapaz de 9 anos, uma rapariga de 11, três mulheres e três homens. O Exército dos EUA alegou ter atacado depois de três suspeitos de colocarem bombas de estrada terem sido vistos a entrar na casa.

Passando sobre aquilo que os espíritos mais simples considerarão ser um disparate proporcional entre os dois casos, o cerne da questão é que, já em 1944, em especial para os EUA (mas não só), o papel dos militares não era o de proteger os civis, mas antes era aos civis que cabia a defesa dos militares (para que estes os defendessem, naturalmente). Como hoje.
Esta perversão do que deve ser um militar está na génese de Gitmo.

Guantanamo é apenas um de muitos locais onde estão aprisionados suspeitos de actividades não só terroristas como subversivas (o que, dependendo da latitude que se der a "subversivas", pode ser dar um copo de água a um vizinho de Bin Laden ou atirar um seixo contra um Bradley...). Um destes suspeitos, que não foi enviado para Cuba, mas para um outro Gitmo qualquer, é um indivíduo "perigoso" de nome Khaled al-Masri. Só o nome já assusta. Este suspeito pretendia entrar na Macedónia quando foi apanhado pelas "autoridades" e enviado para o Afeganistão, num daqueles voos que não existem ou que, a existirem, pelo menos nunca passaram pela Europa Ocidental. Já devem ter ouvido falar deste suspeito. Não é iraquiano, mas alemão. Esteve retido sem direito a ajuda jurídica ou qualquer outra durante cinco meses, em 2004, sendo depois libertado com uma palmadinha nas costas. Hoje, tem a correr um processo contra a CIA por rapto e tortura contra a sua pessoa. Afinal, apesar do nome, não era um terrorista. Era só um tipo qualquer, que pareceu a alguém ser um terrorista e que, por esse simples facto, perdeu cinco meses de vida (para não falar dos abusos físicos que estão por provar).

Mas isto só é válido para os EUA. Pobre do estrangeiro que suspeitar que um cidadão norte-americano é parecido com um criminoso e mais pobre ainda se decidir prendê-lo e julgá-lo! Um batalhão de comandos de negro vai saltar do nada e seja na Holanda ou onde for, abrir-lhe-á a porta da cela, com um familiar: "US Rangers, Sir. We're here to take you home."
Gitmo é o expoente máximo do desrespeito que os EUA têm pelo resto do mundo, da ONU a Kyoto, passando pelo TPI. De facto, o que Tocqueville previu como real perigo está a acontecer. A "democracia na América" é hoje não apenas uma fantochada, mas sobretudo um monstro.
E insaciável.

Rui Semblano


Outros factos de 2005, n'A Sombra:
Factos de 2005 - VI - Nuclear? Depende, obrigado.
Factos de 2005 - V - Paris já está a arder?
Factos de 2005 - IV - Have a smoke...
Factos de 2005 - III - Gitmo
Factos de 2005 - II - Superpotência e Prepotência
Factos de 2005 - I - Dresden 13.02.1945

O Sol

O Fabien, ainda a espreguiçar-se, chamou-me a atenção que "Sol" é "Taiyou", em japonês, e não "Taiyo". De acordo com o meu Michaelis estava bem, mas acredito piamente na correcção dele (acho que lá viveu, noutra vida...). Correcção feita.

Já agora, "Yuki" significa "Neve". :)

RS

nota:
Vê se acordas, Fab! :)

Dora

Se aqui passares, carrega no play de Shadow's Mood.
E sabe que, também para ti, estou aqui.

(Há quanto tempo não fazia uma entrada que só interessa a uma pessoa... Nice touch to it.)

O/A/casos

A blogosfera tem destas coisas...
Levado pelo Technorati, que penso estar bastante pior que antigamente, convenci-me que dois dos blogs que adicionei recentemente à lista de Blog Links d'A Sombra estavam activos quando, afinal e infelizmente, estão parados no tempo... Trata-se de humor, o negro evidentemente, e de O homem que gostava das mulheres. Na esperança de que regressem, ficam na lista dos "dorminhocos".

Mas! Existe um outro que me deu tanto prazer descobrir que não resisto a colocá-lo de imediato entre os pour le mérite! Tenho saudade do Musana, hoje desactivado, pois sou amante da poesia, e foi com gosto que descobri o Etari Peht. Para mais, a última entrada é de 28 de Novembro de 2005 (dia do meu aniversário), o que só pode ser um sinal. :)

Mas a cereja em cima do bolo, para mim, foi ter visto A Sombra entre os seus links de referência, o que muito me honra. Pois a partir de hoje, o Etari Peht faz parte dos nossos Blog Links. Só espero que o facto de não ter editado nada em Dezembro não seja sinal de hibernação.

Mestre da MPB

Para o prazer de quem gostou, uma versão rara.
Esteve aqui ao lado, em Shadow's Mood... Agora está aqui mesmo.



Tom Jobim - Estrada do Sol (instrumental)

Encore la Gauche (trop) chic...





... ou "A Joana e nós".


Pouco após a famosa Cimeira das Lajes, quando o hoje digníssimo presidente da Comissão Europeia jurou a pés juntos que viu, com os olhos que a terra comerá mais tarde, as provas da existência de AMD's no Iraque, mostradas pelos amigos George e Tony (perante o acenar grave da cabeça de José Maria), conheci a Joana.

(Antes de progredir, esclareço que se trata de Joana Amaral Dias,
então como hoje (até ver) militante do Bloco de Esquerda. Adiante.)

Na altura, decorreram na Cooperativa Árvore, no Porto, uma série de conferências sobre o Iraque, mas foi a propósito de outro tema, que não vem ao caso, e em altura posterior, que também não importa, que Joana Amaral Dias esteve na Árvore para uma conferência, como parte de um painel de conferencistas. Soube disso pela própria, via e-mail, pois trocámos algumas palavras por esse meio, sobre Beckett and what not... Mas isso também não interessa.

O que interessa é que eu e o Fernando Granjo, companheiro de muitas lutas, fomos ter com a Joana à Árvore com o propósito de lhe pedirmos ajuda. Para quê? Pois para nos informar se os meios jurídicos do Bloco se colocariam à disposição da plebe, isto é, de um conjunto de cidadãos sem militância partidária, para instaurar um processo contra a pessoa do primeiro-ministro, à imagem do que foi feito em Espanha.
Claro que só serviria para chatear, mas chatearia mesmo e chamaria mais a atenção para a vergonha que foi a participação de Portugal no "Clube-dos-que-viram-e-acreditaram-nas-provas-que-hoje-sabemos-não-terem-existido-nunca".
A Joana, evidentemente, foi muito atenciosa, concordou connosco e disse que faria o que estivesse ao seu alcance para nos ajudar. Despedimo-nos cordialmente e ficámos à espera.
Até hoje.

Dela, demais, guardo religiosamente aquela célebre noite de comentários na televisão (acho que na TVI) sobre a invasão do Iraque, em que atirou para o Vasco Rato (sim, esse Rato) uma frase de Sto. Agostinho usada por Noam Chomsky sobre os Piratas e os Imperadores, ao que o Vasco lhe rosnou: "Não me diga que está a querer dizer que a América é igual aos terroristas?", e a Joana, coradinha, de imediato retorquiu: "Não! Não!" (só lhe faltando acrescentar "Valha-me Deus!"). Nunca mais esquecerei o sorriso na cara do Vasco Rato, ao terminar a jogada com um "Ah, bom! É que era isso mesmo que o Chomsky queria dizer."
Pois era, era... Point; Set; Match.

Agora, vejo-a todos os dias nos jornais e na televisão, a espreitar sobre o ombro de Mário Soares. E é ouvi-la, a Senhora Doutora. Sim senhor. Vai longe. No Crítico, o Henrique Silveira augura a Joana Amaral Dias um futuro promissor.
Pois também nós, meu caro Henrique.
E é exactamente isso que me preocupa.

RS

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quarta-feira, janeiro 04, 2006

Taiyou



É de manhã
Vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz essa canção


Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair
P'ra ver o sol


Estrada do Sol - Gal Costa, Tom Jobim, Dolores Duran


nota:
Já sabia que a imagem de Maggie Cheung ia despertar o Fabien.
Ânimo, rapaz. Bon courage!

terça-feira, janeiro 03, 2006

And them some...


Pois é. Eu a pensar que já não tocava nos templates por uns tempos e eis que me chegam novas da própria família. E a um Semblano, A Sombra abre sempre as portas. O Fragmentos passa a constar dos nossos Blog Links Sp.
Bem vindo, Daniel.



E, por consequência, o Cat Corner, da Sandra, passa a constar das nossas Relações Sombrias, via Daniel. Porque adoramos felinos.

Prrrrrrrrrrrrrrrrr.


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About women...


Bem me parecia ter ficado por mencionar (e inserir) um novo blog nos nossos Blog Links. Trata-se de O homem que gostava das mulheres.

Porque gostamos de o visitar.
E porque gostamos.

Agora sim, a lista está completa. :) Posted by Picasa

Night Fight



Night Fight - Crouching Tiger, Hidden Dragon (Soundtrack)

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano Novo Vida Nova


Está na hora de "arrumar a casa".
Os Blog Links d'A Sombra estão a precisar de
uma actualização.

Entrada actualizada abaixo. Posted by Picasa


Ora bem.
Depois de algumas semanas no activo, percebi que, infelizmente, alguns dos Blogs que seguia desapareceram; que outros mudaram de casa; que outros, ainda, adormeceram. E redescobri alguns lugares onde agora regresso com prazer.

Tudo isto, mais tarde ou mais cedo, iria reflectir-se na lista de Blog Links, à direita desta coluna. Pois que seja mais cedo. E com as devidas alterações na Lista Completa de Blog Links d'A Sombra (cujo link próprio se denomina "Relações Sombrias"). Estas alterações, desta vez, levei-as um pouco mais longe, separando os velhos amigos (considerados especiais, de onde o Sp) dos novos e dos que visito mais espaçadamente (mas que têm o mérito de constar da selectiva lista de Blogs d'A Sombra, de onde o pour le mérite, plm). Esta ordenação já era mantida nas Relações Sombrias, mas passa agora a ser explícita na própria Sombra, com inteira justiça para aqueles com quem mantenho relações mais próximas.

Mas vamos às novas entradas!

O Espreitador, de Pires F., pelo que é visível a todos os que cruzam a blogosfera e, em especial, pela relação via e-mail que entretanto se gerou entre o Pires e eu. Fica a promessa de seguir atentamente os desenvolvimentos do Espreitador e actualizar os links em conformidade.

O humor, o negro evidentemente, por ser fan do lado negro e porque só sorrindo perante a adversidade se ultrapassam os problemas.

O Lugar Efémero, que é mais um retorno do que uma nova entrada. Já fazia parte das nossas Relações Sombrias, dos seus tempos do Blogger. Eis que regressa À Sombra.

Finalmente, como de costume, há a registar alterações na lista das Relações Sombrias (aqui só estão os links Sp e plm); desta feita, apenas uma entrada: Eu e a minha Sombra; até porque birds of a feather should stay together. ;)

Para terminar, resta referir que os antigos "Históricos" se passam a chamar "Sleepers", a lista de blogs Sp ou plm que deixaram de estar activos. Muito gostaria que regressassem; talvez um dia. Esta lista, para já, encontra-se mais para o fim da coluna da direita.

Et voilá.
Depois de uma maratona de trabalho (do sério e deste) que já dura desde a manhã de ontem, acho que vou descansar. Mas duvido que o meu curto sono seja sem sonhos. Night fights...

RS

domingo, janeiro 01, 2006

Tears of a clown...

Às vezes, um sorriso não consegue ocultar as lágrimas.
Nem deve.



(...)

For Rachel.
And better days to come.

I only have eyes for you.

A primeira entrada de 2006, a quem me completa e me faz feliz.
Este é o sentimento. Sans Cesse!



The Flamingos - I only have eyes for you - For Collectors Only