8 Janeiro 2003: O Ghauri/Hatf V míssil balístico de alcance intermédio (IRBM), que tem um alcance estimado de 1,500 km, é formalmente introduzido no comando estratégico do exército paquistanês.Acredita-se que o Paquistão tenha uma reserva de 580-800 kg de urânio altamente enriquecido, quantidade suficiente para construir 30-50 bombas de fissão.O Paquistão não é signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (NPT).Fonte: NTI - Nuclear Threat InitiativeExistem em todo o mundo mais de 1.300.000.000 muçulmanos.
Leram bem; um bilião e trezentos milhões. Na Europa, por exemplo, vivem um pouco mais de 700 milhões de pessoas (já com alguns milhões de muçulmanos à mistura - os tais "Cavalos de Tróia", como lhes chama Esther Mucznik no
Público de hoje (*) - e chama muito bem).
Não estive recentemente em nenhum país muçulmano, como o embaixador Taheri esteve na Polónia, mas pelo que tenho visto nos
Media, fiz "as minhas contas" e cheguei à conclusão de que ainda faltam uns poucos de muçulmanos para que todos tenham atirado a sua pedra ao "Ocidente". Faltam aí uns 1.298.000.000, mais coisa menos coisa. São os "dois milhões" que já atiraram a pedra, e que continuam a atirá-la, que temos visto na TV e que (penso eu) todos condenamos.
Esses "dois milhões" são, para mim, a "árvore".
A "floresta" são os restantes um bilião e duzentos e noventa e oito milhões.
E que outras "árvores" esconde esta "floresta"?
Esconde a Indonésia, por exemplo, o país islâmico mais populoso do mundo - 240 milhões de pessoas (não se sabe?); esconde o Paquistão, único país com real capacidade militar nuclear no mundo islâmico - talvez por isso Jacques Chirac pretenda agora "ajudar" a Índia a "melhorar" o seu próprio arsenal nuclear (não se sabe?); esconde a Arábia dos Saud,
wahabita, com uma polícia religiosa, em que, corria o ano de 2002, se incendiou uma escola onde algumas dezenas de raparigas se refugiaram por serem apanhadas de cabeça descoberta - estavam cerca de 800 crianças na escola; como resultado do incêndio, 15 raparigas morreram e 50 ficaram feridas; este regime odioso é grande amigo do "Ocidente" e vice-versa (não se sabe?); esconde esta "floresta" milhões e milhões de pessoas que nunca viram as famigeradas caricaturas dinamarquesas e só querem viver a sua vida como podem, geralmente com menos de dois dólares por dia, nada tendo contra o "Ocidente", apesar disso (não se sabe?); esconde os muçulmanos moderados ou mais pragmáticos - como os cerca de mil que foram presos no Irão enquanto o "Ocidente" está distraído a contar as caricaturas sobre o holocausto, as bandeiras dinamarquesas queimadas e os disparates que notórios dignatários e governantes islâmicos lhe atiram aos olhos, como se fossem areia do deserto (não se sabe?).
Esconde tanta coisa, esta "floresta", oculta pela "árvore" dos tais "dois milhões" de bacocos que se vão entretendo a chatear a Europa e a destruir a sua propriedade...
À custa da "árvore", portanto, teremos a nossa guerra civilizacional, em breve.
Uma guerra que se travará contra a barbárie islâmica, pela Luz do Ocidente.
Os apelos lancinantes de alguns para que se actue sem demora, antes que o Irão obtenha a Bomba, pensam que assim estarão a cortar a "árvore" pela raiz... Mas cuidado, burgueses estúpidos (perdoem-me o pleonasmo)!
Cuidado com a "floresta" que surgirá, abatida a "árvore"!
Rui Semblanonota:Esta entrada foi escrita à mesa de um café, como tantas outras d'A Sombra, e qual não foi o meu espanto quando vejo no jornal o título do artigo de opinião de Esther Mucznik. (*) "A árvore e a floresta".Mudei, então, o que era para ser o "meu" título (grrr), até porque para Mucznik, a "árvore" são os cartoons dinamarqueses e a "floresta" a reacção dos islamitas a eles, "liderada pelo Irão" (sic). Realmente, no que toca a árvores, Mucznik não distingue um eucalipto de uma oliveira...nota 2:Um homem supostamente culto como vpv, acha que a Ibéria foi "invadida" pelos muçulmanos, na Idade Média, e que foi "convertida à força". Também deve acreditar na "Reconquista" da Península aos mouros e no Pai Natal... Resta o tabaco que nos une. Mas é muito mais o que nos separa.nota 3:O míssil da foto não é paquistanês, mas uma fotomontagem feita "à Sombra".Os paquistaneses são maiores...
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