sexta-feira, agosto 01, 2003

Um jantar em Seoul


Estava eu a jantar em boa companhia, discutindo alguns aspectos do panorama artístico nacional com gente do meio, no que toca às Artes Plásticas, e fazendo por me alhear do que estaria a acontecer do outro lado da cidade, num suposto "novo" Pinguim Café, quando, inesperadamente, um porta-estandarte empunhando uma bandeira da Coreia do Sul entra na sala, seguido de um grupo de jovens orientais vestidas a rigor (usando o típico Hanbok) e com tambores de ampulheta (Changgu's) ao pescoço. Rápidas, e em silêncio, tomam as suas posições. São belíssimas, mas eu e as orientais... Bom.
O espectáculo começa. Primeiro as percussões, depois dois números de danças tradicionais, em que os leques pontificavam.
Maravilhado, após a função, dirijo-me a um dos acompanhantes dos sul coreanos e inteiro-me do que sucedia. Pois nada mais que um espectáculo de cortesia, integrado no 3º Festarte, o Festival Internacional de Artes e Tradições Populares de Matosinhos, que ali calhou, para nossa sorte, levar o grupo do Seoul Arts Highschool.
Bem me chamou a Lina (a minha cara metade) a atenção para o pequeno papel colado ao menú, que tinha pratos típicos sul coreanos. É que as raparigas, além de tocar e dançar, estiveram a cozinhar! A gastronomia, não o esqueçamos, é uma arte.
Mas eu já ia com a ideia no javali, que é que posso dizer...

Há noites assim.

nota:
O restaurante era o "Viveiros da Mauritânia", em Leça.
Este grupo actua hoje (01Ago2003) no "Orca Bar", em Matosinhos,
(esta actuação não aparece no programa on line)
e no dia 2, em S. Mamede, no 3 em Matosinhos e... Ora!
Vejam o programa AQUI.
E, se puderem, vão ver ao vivo. Merece.

nota2:
Um agradecimento aos acompanhantes portugueses do SAH, que tiveram a gentileza de ir ao automóvel buscar um catálogo/programa para me oferecer. Um gesto que, como a situação em si, quase me levaram a pensar que não estava em Portugal.
Mas eu nunca disse que isto estava tão mal assim. Só que às vezes ouvimos umas pessoas que têm aspirações a governantes a falar ao telefone como se fossem uns tótózitos... e pronto! Estragam tudo.

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