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Lido em "El Mundo Medieval" (Julho, 2003, n.14)
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Ricardo I
um rei para uma cruzada
Há ocasiões em que se tem a sensação de que a história não serve para nada, que os seres-humanos fazem tábua rasa dos seus ensinamentos. Assim parecem demonstrar os últimos acontecimentos da política internacional relativos ao Iraque, à guerra preventiva e ao que certos ignorantes do outro lado do oceano, levados pelo seu fanatismo religioso (igual ou pior ao que tanto criticam) e pelo seu poder militar, qualificam como "cruzada".
Cruzada foi, também, a grande empresa em que embarcou o principal protagonista do presente número da nossa revista, Ricardo Coração de Leão, e acabou num fracasso completo, ao qual não faltaram, aliás, algumas acções de inusitada crueldade, inerente a qualquer guerra, por muito que se tentem disfarçar as mortes civis com o que é, hipocritamente, denominado pela expressão "danos colaterais".
Não tratamos de estabelecer paralelismos simplistas (Saddam Hussein não se considerava o novo Saladino, o grande rival do monarca inglês?), mas sim de salientar a deliberada ignorância por tudo aquilo que a história nos ensina. De resto, que mais se pode esperar de indivíduos que permitem, impunemente, a perda dos tesouros do Museu Arqueológico e da Biblioteca Nacional de Bagdad?
Lamentavelmente, nada de bom. (...)
Juan Carlos Moreno
(Editor)
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juancarlos-moreno@rba.es
mundo-medieval@rba.es
(*) Bella Domini: Guerra Santa
nota:
Entrada editada a 10 de Setembro de 2003.
March 22. Portugal.
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