Dia doisDeath live on tv.
Mais bombardeamentos cirurgicos.Vejo, ao vivo, através do vídeofone de Carlos Fino, o impacto de dois mísseis no Ministério do Planeamento, mesmo em frente ao seu hotel, do outro lado do rio. Também os dois palácios de Saddam Hussein nessa margem são atingidos. É a suprema ironia. Death live on tv.Ainda não se trata, porém, do "espectáculo nunca visto" prometido por Rumsfeld; o tal que, quando começar, saberemos que começou. A ignomínia de tais declarações transcende-me. Como diria Miguel Portas, na TVI (o BE corrigiu o tiro, evitando enviar outro cordeirinho para o sacrifício, como a Joana, ontem!), não concebo como pode o responsável de um governo referir-se a bombardeamentos como a um espectáculo; só a embriaguês do poder o justifica. E a parvoíce, (evidentemente).Entretanto, Mário Soares é claro: esta guerra é inutil e provocará uma hecatombe. Freitas do Amaral também, afirmando que, ao contrário do que diz o governo (de Durão Barroso), os portugueses devem estar preocupados. A propósito dos apelos do governo e do presidente para a unidade nacional, impõe-se a pergunta (feita por Fernando Rosas como por Freitas do Amaral): Unidade em torno de quê??RS, An Illegal War Journal, 20/03/2003Apesar da precisão impressionante dos
bombardeamentos, muito maior que em
1991, os danos colaterais voltarão a ser
uma constante inevitável.
O uso de Uranio empobrecido nos mísseis,
factor que aumenta o coeficiente de
penetração dos projécteis, também.
O Ministério do Planeamento é atingido.Baghdad, 20 de Março de 2003.imagem: www.angelfire.com War in Iraq
Seria interessante comparar imagens de Bagdad nessa altura com imagens actuais... Entretanto as últimas notícias dão conta de que as prisões de Sadam Hussain, usadas para torturar os opositores do regime, são agora usadas pelos miltares dos EUA para torturar os presos iraquianos. Nem as moscas mudaram... Apenas os poços de petróleo mudaram de mãos à custa de milhares de civis mortos... (nem se sabe quantos!...) O terrorismo aumenta e a guerra civil é cada vez mais um cenário visível numa terra desvastada. Entretanto, ingleses e americanos vão preparando a opinião pública (através do poderosos "media") para uma retirada em caso de "guerra civil" (que eles próprios fomentaram)... Rumsfeld disse que em caso de guerra civil as tropas norte-americanas retirariam, como se a situação nada tivesse a ver com a invasão de um país soberano pelas suas tropas. Acham-se ainda com legitimidade para "lavar as mãos" ou será apenas a procura de uma "solução" para a confusão que criaram. De facto, assim sendo, até terão os EUA todo o interesse em gerar uma guerra civil. Tudo isto seria caricato, se não fosse tão assustador, sobre o quão revelador é sobre os actuais "governadores do mundo"...
ResponderEliminarAs lágrimas caem sobre a babilónia. Um dia regressará a paz. Inch Allah.
Manuel da Cerveira Pinto
M. Cerveira Pinto:
ResponderEliminarEsperemos ver esse dia, mas temo que demore a chegar.
Um abraço,
RS
nota:
Cerveira, ia apagando o teu comentário! Então "anónimo"? Ai, ai, ai...
nota2:
Manuel da Cerveira Pinto era um dos "supostos" (nunca iniciou a sua colaboração, por motivos profissionais e académicos da altura) bloggers iniciais d'A Sombra, em 2003, mantendo agora o Boassas e colaborando no D.E.S. 2.
A sua entrada como "anónimo" deve ter ficado a dever-se a uma distracção.