terça-feira, setembro 19, 2006

5 / 911 epílogo





7 índice para a série 5/911 na imagem



Ao longo desta série, uma certeza emergiu:
a de que muitos se interrogam ainda sobre o que realmente aconteceu a 11 de Setembro de 2001, desconhecendo muitos factos que foram tornados públicos nestes cinco últimos anos.

Se acredito que o Governo dos EUA está na base dos atentados de 9/11?
Não. Acredito que, a ser verdade o que sugerem as pistas enumeradas na lista de perguntas que fiz, o Governo dos EUA foi cúmplice, mas não o cérebro dos atentados. Como sabemos, G. W. Bush não estava só na responsabilidade de comandar a defesa aérea dos EUA a 11 de Setembro de 2001; para além dele, apenas Dick Chenney e Donald Rumsfeld tinham esse poder. Mais ninguém. Acho que a promíscuidade destes três personagens com o poder real dos EUA é muito mais importante do que as suas relações com os restantes membros da Administração. Aliás, como saberão os menos distraídos, o Governo norte-americano já não é o cérebro de coisa nenhuma desde J. F. Kennedy.
"Interno" não é sinónimo de "Governo".


Acabei de ver dois dos responsáveis pela realização de "Loose Change", Dylan Avery e Jason Bermas, confrontarem dois responsáveis da revista Popular Mechanics, editores de "Debunking 9/11 Myths", no programa de Amy Goodman, Democracy Now. Talvez não seja pior darem uma olhada.

7 (click no ícone - Real Player necessário - stream 256)


Se existem verdades em todas estas teorias? Sem dúvida.
Mas verificáveis? Todas o são, mas algumas exigem investigação aprofundada.
Em todo o caso, é verdade que G. W. Bush disse ter visto em directo na televisão o primeiro avião a embater no WTC, antes de entrar na sala de aula que ia visitar, na Florida, onde foi avisado do segundo ataque. Quem me assegura tal absurdo não é Dylan Avery nem os maluquinhos de funil na cabeça do Scholars for 9/11. Quem o prova para lá de qualquer dúvida é... a Casa Branca. (1)
(ver Nine-Eleven, n'A Sombra - notas)

E que acontece quando os Serviços Secretos têm a confirmação de que terroristas atingem alvos civis com aviões comerciais e existem outros vôos suspeitos de terem sido sequestrados? A visita de G. W. Bush àquela escola estava programada. Toda a gente sabia onde estava o presidente dos EUA e estes estavam a ser atacados. Qual a reacção? Neste video, podemos recordar o momento, bem como ver e ouvir G. W. Bush dizer que viu o primeiro avião na TV antes de entrar na sala de aula da escola onde iria passar algum tempo com crianças de um programa de leitura, onde foi avisado do segundo impacto no WTC. Sugiro que ignorem a apresentação "foleira" (mas não o narrador!) e se concentrem nos factos.



Impressionante, não é?
Foi a transcrição deste testemunho do próprio presidente dos EUA na página Web da própria Casa Branca que me instigou a ir mais longe. E se me perguntam se penso que a verdade será algum dia conhecida, respondo: sim.

Apenas espero que os resultados de tal despertar não mergulhem os EUA na Lei Marcial e na repressão descarada da liberdade, já hoje tão limitada na que deveria ser a maior democracia do planeta. Mas a democracia já não é o que era suposto ser. Nem nos EUA, nem em lado algum.

Não vou parar de fazer perguntas.
E de exigir a resposta que merecem. A verdade.
Espero que façam o mesmo.

Rui Semblano
19 de Setembro de 2006


nota:
Quem é Barry Zwicker?

(final da série 5/911 - índice das perguntas e entradas relacionadas na coluna da direita)

nota para os mais curiosos:
O video total da intervenção de G. W. Bush em Orange County, Florida, em Dezembro de 2001, ainda pode ser visto no Site da Casa Branca. Aqui fica o link, para os que tiverem paciência para descobrir como foi este testemunho fantástico na sua totalidade. Mas o essencial já o viram no video acima, de Barrie Zwicker.
Use este link - Real Player necessário - fonte www.thewhitehouse.gov

4 comentários:

  1. Caro Rui, se isto ajudar alguma coisa, muito bem, se não, caixote do lixo:

    http://www.lib.utexas.edu/maps/wtc.html

    CSA

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  2. Casoual:
    Caixote do lixo?
    Isso é que era bom!
    Desconhecia esta página, que aconselho vivamente aos leitores d'A Sombra. Nela estão links para diversas galerias de imagens relativas ao 9/11.

    A ver com atenção!
    Aqui fica o link enviado pelo CSA, já activo. (click!)
    University of Texas Libraries.

    Obrigado, bem vindo seja e até breve, caro CSA.
    RS

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  3. O amigo António Baeta, do Local & Blogal, enviou-me o seu comentário sobre a série 5/911 por e-mail, e eu entendi por bem colocálo aqui:

    De: António Baeta Oliveira
    URL: Local & Blogal

    Apesar de não ter a mínima dúvida sobre o que a Administração americana é capaz de fazer, não adiro, no todo, a essa teoria de conspiração. Para que todas as dúvidas que se levantam ganhassem consistência, seria necessária uma capacidade de coordenação que a Administração americana seguramente não possui. Creio antes que muitas das discrepâncias apontadas são exactamente o resultado de tentar mascarar responsabilidades que lhes podem ser exigidas por diversos departamentos do Estado e pela opinião pública, nomeadamente a imprensa norte-americana.

    Mas, sobretudo, não quero aligeirar as responsabilidades dos fanáticos islamitas com responsabilidades na destruição dos BUDAS do Afeganistão, dos ataques de Casablanca, Madrid e outros, bem como a sua responsabilidade em impedir que o povo da Palestina encontre alguma possibilidade de viver em paz. O seu terrorismo está aí para durar e a batalha vai ser feroz.
    Hesitei em qual dos teus posts deveria colocar esta minha opinião, por isso envio-ta por email. Podes colocá-la online, se assim o entenderes. Eu gostaria que o fizesses.


    Está feito.
    E perdoa a demora, mas tratarei de o remediar. :)

    Abraço,
    RS

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  4. António:
    (da resposta ao e-mail acima)
    Aqui para nós, e vou dizê-lo no epílogo da série, a publicar hoje à noite, as teorias da conspiração valem o que valem, isto é, se existem falhas na versão oficial, muitas mais existem nas inúmeras versões alternativas; por isso me resumi a cinco factos preocupantes que não só indiciam que algo correu muito mal no 9/11 como a possível autoria interna dos atentados - e "interna", independente do conhecimento de G. W.Bush, não significa necessariamente o Governo dos EUA. Aliás, mesmo uma mente árabe tenebrosamente brilhante, dificilmente desferiria tamanho tiro no pé com o pretexto de colher os frutos de uma mais que provável reacção violenta dos EUA. O facto de o 9/11 ser totalmente contrário aos interesses árabes e completamente a favor dos grandes interesses políticos e industriais norte-americanos é, para mim, se não a prova pelo menos o mais forte indício de que esta história está muito mal contada.

    Grande abraço,
    RS

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