segunda-feira, setembro 11, 2006

5 / 911 . pergunta 1


pergunta 1:

Como é possível que cada uma das Torres Gémeas e o WTC Sete tenham caído no mesmo espaço de tempo que demoraria a atingir o solo um objecto lançado do topo de cada um deles?



Às 09:58:59, a Torre Sul caiu em dez segundos (...). O edifício caiu para o seu interior, causando uma furiosa tempestade de fogo e criando uma enorme nuvem de destroços. (1)
A Torre Norte caiu às 10:28:25 (...). (2)

Apesar de ser equacionado o desmoronamento do topo das Torres numa questão de horas, nenhum responsável dos bombeiros nova-iorquinos no local entendeu ser possível um desmoronamento completo do WTC Um ou do WTC Dois. (3) Muito menos do WTC Sete. Contudo, às 09:57 (cerca de dois minutos antes da queda da Torre Sul), um paramédico disse ao chefe do departamento de bombeiros que "um engenheiro" (sic) perto do WTC Sete tinha comentado que as Torres Gémeas estavam em iminente perigo de desmoronamento completo. (4)

A explicação oficial para o desmoronamento completo do WTC tem por base a alta temperatura das chamas provocadas pelo combustível dos aviões, que teria, literalmente, derretido a estrutura de aço dos edifícios, mas não só esta explicação é uma impossibilidade cientifica como não havia combustível a arder no interior do WTC Sete, que se desmoronou exactamente da mesma maneira que as Torres Gémeas. Mas a pergunta não é porque se desmoronaram totalmente esses três edifícios. A pergunta é como foi possível que tenham caído livremente, ou seja, em queda livre de resistência.

Qualquer aluno medíocre de Física sabe que um corpo só cai livremente se não encontrar resistência durante a sua queda. A duração e a velocidade correspondentes a uma queda livre não têm relação com a massa do corpo que cai, mas com a altura de que cai. Livremente, qualquer objecto, desde uma bola de basquete a uma colossal viga de aço, apenas está sujeito a uma lei: a da gravidade.
Por este motivo, a queda das Torres Gémeas e do WTC Sete demorou o mesmo tempo que teria demorado uma bola de basquete a cair até ao solo desde o cimo de cada um deles.
Estranho? Não. Muito estranho.

Por muito derretido que estivesse o aço da estrutura superior das Torres Gémeas os muitos mais andares inferiores teriam amortecido a sua queda, criando uma grande resistência à mesma. No entanto, como explica o próprio relatório da comissão oficial do 9/11, as Torres desmoronaram "para o seu interior", como se não houvesse resistência, e os danos causados nos edifícios adjacentes (como o Hotel Marriot) foram consequência da "enorme nuvem de destroços" levantada pelo desmoronamento.

A cronologia dos acontecimentos não é caridosa para com a teoria do enfraquecimento da estrutura das torres. O WTC Um (a Torre Norte) é atingido às 08:46; o WTC Dois (a Torre Sul) é atingido às 09:03; a Torre Sul cai às 09:59; a Torre Norte cai às 10:28.
Embora existam variáveis que poderiam interferir no modo como os danos estruturais foram causados em cada torre, o facto de serem duas estruturas exactamente iguais, atingidas exactamente do mesmo modo e que se desmoronaram da mesma maneira torna muito estranho que fosse a segunda torre a ser atingida a primeira a cair. A ter em conta a teoria oficial, que afirma que a estrutura cederia após estar sujeita à temperatura x durante um tempo y, o facto de a Torre Sul ter caído 56 minutos após ter sido atingida indica que a Torre Norte deveria ter caído por volta das 09:42, ou seja, 17 minutos antes da queda da Torre Sul - os mesmos 17 minutos que decorreram entre os dois impactos, das 08:46 às 09:03.
Curioso, não é?
O WTC Sete, onde funcionava o quartel-general do OEM (Office of Emergency Management) de Rudolph Giuliani, foi evacuado às 09:30; às 16:10, de acordo com a CNN, é anunciado que existe um incêndio no seu interior; às 17:20, uma hora e dez minutos depois do aviso de incêndio, o WTC Sete desmorona completamente.

Nenhuma parte das estruturas destes três edifícios foram alvo de peritagem. Todo o entulho foi recolhido e despachado, as partes com potencial reaproveitamento vendidas ao quilo. Qualquer investigação efectuada na altura (quanto mais agora) seria o mesmo que enviar uma equipa forense a um local de um assassinato depois de uma companhia de limpeza ter limpo o local a fundo, de se ter vendido ou destruído todo o recheio existente e de uma funerária ter cremado o corpo da vítima.
Mas o que importa é a certeza de que por muito enfraquecidas que estivessem as estruturas dos WTC Um, Dois e Sete, o seu desmoronamento para o interior e em queda livre seria impossível. No entanto, foi o que aconteceu. Todos vimos as Torres Gémeas a cair dessa forma e alguns de nós (pois as imagens desapareceram das notícias, mas podem ser vistas em vários documentários) viram o WTC Sete cair dessa forma. Porquê?
É o que exijo saber.

(1) "The 9/11 Commission Report" - pág. 305-306 (nota 156)
(2) "The 9/11 Commission Report" - pág. 311 (nota 187)
(3) "The 9/11 Commission Report" - pág. 302 (nota 134)
(4) "The 9/11 Commission Report" - pág. 302 (nota 136)

Links: Ir para a pergunta 2



5 / 911
cinco perguntas, cinco anos depois

© A Sombra 2006

A base para esta série de entradas é constituída por
apenas duas fontes: "The 9/11 Commission Report" e
"Loose Change (2nd Edition)".
Ignoro as respostas para as cinco perguntas formuladas
ao longo desta série de entradas.
Quero respostas. Tenho o direito de as exigir.

Rui Semblano, 11 a 15 de Setembro de 2006




Fotomontagem:
"It's gravity, stupid!" © A Sombra 2006



nota:
O índice completo destas entradas encontra-se usando o ícone respectivo na coluna da direita.

9 comentários:

  1. Aviso aos navegantes:
    Soube que existem algumas dificuldades em publicar os comentários nas caixas respectivas d'A Sombra.

    Se, por algum motivo, o seu comentário não surgir (o que significa que eu não o recebi para aprovação) não hesite em o enviar por e-mail para:
    a-sombra@netcabo.pt

    Obrigado e as minhas desculpas por qualquer inconviniente que isto vos possa causar.

    Um abraço a todos,
    RS

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  2. Implosivo, Rui. A primeira coisa que fiz hoje, mal cheguei à redacção, foi "abrir" A Sombra. Não pude deixar de sentir um arrepio. Continua, por favor. Muito, muito bom.

    Um grande abraço

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  3. Olá Rui, como estás?
    Esta é uma das questões que de facto não estão bem explicadas. Quanto à queda, ainda posso conceber que segunda torre tenha caído antes da primeira devido ao avião ter batido mais no meio do prédio, o que por ter mais peso na parte da torre acima dos andares afectados pelo embate provocaria a queda prematura em relação á primeira torre, mas não deixa de ser estranha a forma como caíram e o facto de se terem desmoronado completamente. Mais estranho ainda é o desmoronamento completo do edifício 7, este sim verdadeiramente inexplicável. Interessante a forma da queda exactamente igual ao desmoronamento das torres. Como já disse no meu blog, Será??? Será que a queda das torres e do edifício 7 se deveu a falhas concepcionais na estrutura, ou há aqui algo que cheira a esturro? Eu vou mais pela segunda hipótese. Fico à espera da questão do pentágono que de certo colocarás, essa para mim é a mais estranha e mais impossível de todas...

    Há de facto algo errado nesta história, e as pessoas que perderam a vida, merecem que tudo fique verdadeiramente esclarecido.

    Um grande Abraço,
    Nuno

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  4. Davi Reis:
    Vou continuar, sim, ao ritmo de uma pergunta por dia, como anunciei.
    Como disse, mais importante que adiantar explicações (sempre cheias de "brancas" e falhas, pois apenas peritos e investigadores o poderiam fazer e sabemos hoje que não o fizeram) é colocar as perguntas que ficaram por responder. E exigir respostas.

    Um abraço,
    RS

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  5. Outsider:
    Caro Nuno,
    Para responder a esta pergunta, qual a ordem de queda dos edifícios é irrelevante. A pergunta é válida para cada um deles, independentemente.
    No entanto, percebo que exista quem não resista a elaborar teses com base em imagens como a que ilustra a entrada "Paranóia? Que paranóia?" (n'A Sombra, hoje, mais acima), em que se vê uma explosão muito, mas mesmo muito abaixo dos pisos que acima se desmoronam.
    Se essas explosões, como afirmam os defensores da teoria oficial (agora!), se devem à pressão dos pisos superiores em pleno "efeito panqueca", devia ser uma pressão dos diabos para provocar uma explosão daquelas tantos andares abaixo! Mas não nos desviemos do fundamental.
    Uma vez chegados à resposta para a pergunta de hoje, poderemos avançar para a análise do que provocou a queda dos WTC 1, 2 e 7.
    Mas NUNCA antes disso.

    Um abraço,
    RS

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  6. Não sou engenheiro nem físico, mas não penso que a teoria da implosão possa estar correcta.

    Quando vemos as imagens do desmoronamento do edifício, podemos reparar que a "nuvem de poeira" vem de cima para baixo, a partir do local de impacto dos aviões, o que parece ser consistente com a teoria que a estrutura cedeu naqueles pontos e, a partir daí, a quantidade de movimento (é esta a tradução correcta de Momentum?) dos andares superiores ao abater-se sobre cada novo andar era mais do que a estrutura desse andar podia suportar, pelo que cedia também. Para se perceber porque é a quantidade de movimento, e não a massa, o importante nesta questão, podemos usar imaginar uma pessoa normal segurando um saco de cimento de 50 Kg -- difícil mas ao alcance da maioria dos adultos -- ou a mesma pessoa tentando apanhar o mesmo saco lançado do décimo andar -- ao alcance apenas do Super-Homem. Isto explica também a resistência cada vez menor dos andares à queda do edifício (por cada andar destruído, aumenta a massa em queda e a sua velocidade).

    Numa implosão, a "nuvem de poeira" começa junto ao solo. Isto acontece porque os pontos de suporte de todos os andares são destruídos simultaneamente, pelo que todo o prédio cai à mesma velocidade, desfazendo-se cada andar apenas ao chegar ao chão.

    A questão da ordem da queda também pode ser explicada pela maior massa suportada pela estrutura dos andares danificados no segundo edifício a ser atingido, já que o foi mais abaixo que o primeiro.

    Não pretendo com isto responder a esta pergunta, apenas duvidar de uma das respostas possíveis -- a da implosão provocada.

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  7. António Manuel Dias:
    Em primeiro lugar, seja bem vindo a esta Sombra.
    As suas dúvidas quanto à teoria da implosão são legítimas e bem sustentadas. É perfeitamente possível que o primeiro edifício a cair tenha sido o segundo a ser atingido devido ao ponto em que se verificou o impacto, bem mais abaixo que o verificado na Torre Norte, originando maior pressão sobre os pisos inferiores.
    Mas isso também significa que a queda dos pisos superiores seria orientada para um dos lados, quando o que sucedeu foi terem caído para o interior (as imagens da Torre Sul a cair, em que se vê o topo do edifício a abater sobre o mesmo de um instante para o outro, como se toda a estrutura abaixo tivesse cedido exactamente no mesmo momento, são impressionantes).
    Quanto à nuvem de fumo e ao desmoronamento ter acontecido "de cima para baixo", só uma peritagem ao aço das torres poderia explicar o que causou a queda do edifício, mas penso que uma demolição pode ser controlada de várias maneiras, desde que quem a faz seja competente; e o WTC Sete desmorona-se exactamente da forma que descreve, "de baixo para cima".
    Além disso, é no mínimo estranho que o dono do edifício tenha mencionado especificamente a expressão "pull it", que tem a ver com a demolição controlada, ao explicar que essa decisão foi tomada por ele, em conjunto com os bombeiros. Uma demolição controlada não se prepara em algumas horas, como recentemente se verificou no nosso solo, com as torres de Tróia.

    De facto, a sua explicação poderia ser válida, se estivessemos a discutir a queda livre de um edifício em determinada altura, mas nunca três edifícios no mesmo dia. Factos aleatórios que poderiam explicar a queda de uma só estrutura não se aplicam a três eventos ocorridos na mesma localização e no mesmo dia, dois deles com um intervalo de 17 minutos. Então o que aconteceu?

    Espero que uma comissão de inquérito digna desse nome possa um dia responder a esta pergunta.

    Um abraço,
    RS

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  8. Para haver um desmoronamento controlado dos dois edifícios, de cima para baixo, a partir dos andares em que os aviões embateram, seria necessário não só um excelente controlo por parte dos profissionais que tivessem projectado e executado essa implosão, mas também que nenhuma da infraestrutura existente para o levar a cabo tivesse sido danificada pelo impacto do avião ou pelo incêndio que se seguiu (que deveria gerar temperaturas suficientes para a ignição da maior parte dos explosivos que pudessem ter sido instalados). Para além disso, que interesse existiria em fazer implodir esses edifícios? O estrago já estava feito...

    Penso que não se deve acreditar nas versões oficiais de qualquer acontecimento sem pensar e tentar ver o que nos podem estar a esconder. Mas também não devemos levar a teoria da conspiração tão longe que se torne inverosímil. E devemos aceitar os factos que não podem ser negados: é um facto que dois aviões embateram nas torres gémeas do WTC (tenho ideia de já ter visto as imagens dos dois, mas pelo menos de um tenho a certeza: vi-o em directo na SIC); é um facto que a AlQaeda reivindicou estes atentados. Se o governo dos EUA (ou alguém do governo) sabia de antemão destes atentados, se houve adulteração de provas, se houve (como é mais que provável) outros atentados no mesmo dia que não aconteceram, se tudo isto é um embuste/esquema destinado a aumentar o poder de determinado sector nos EUA ou no mundo... tudo isso é mais ou menos discutível e, em alguns pontos, eu sou mesmo da opinião que estamos a ser enganados. Mas deixarmo-nos levar pela embalagem pondo tudo em causa, só nos fará passar por loucos... daqui a pouco estaremos a dizer que as torres continuam de pé ou que nunca existiram e que foi tudo uma montagem cinematográfica!

    Quanto ao desmoronamento do edifício 7, aí sim, algo cheira a esturro. Mas a expressão "pull it" é uma expressão corrente em inglês, derivada de "pull the plug", que quer dizer, em termos gerais, desistir de alguma coisa ou impedir alguma de acontecer (consoante o contexto).

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  9. António Manuel Dias:
    Dado que parece genuinamente interessado nesta questão e expõe as suas ideias com clareza e sem recorrer a "ilusionismos", gostaria de lhe chamar a atenção para os seguintes pontos:

    1. Profissionais excelentes de demolição é o que não falta nos EUA, provavelmente o país em que mais prédios são implodidos. A sustentação da tese do combustível a arder como estando na origem do desmoronamento não me parece certa, pois como todos vimos, a maior parte dele consumiu-se de imediato nos impactos, restando os próprios materiais combustíveis e, claro, algum combustível, que mantiveram o fogo nos andares superiores. Isto, em conjunto com a circulação de oxigénio necessária para a criação de uma bola de fogo que conseguisse descer a Torre Norte até ao Lobby, e os testemunhos de funcionários do WTC que dão conta de explosões no subsolo, mostram que algo mais se passou.
    Aliás, foi encontrado aço fundido pertencente às fundações das torres! Isso significaria que o combustível estaria a arder em força também nos pisos do WTC abaixo do solo!
    E se os bombeiros (o que sabemos pelas gravações divulgadas) conseguiram chegar até ao limite da propagação das chamas, perto do local de impacto, também os explosivos necessários à implosão poderiam ter resistido perfeitamente.

    2. Os biliões de dólares que foram pagos pela demolição dos três edifícios, o ouro que nunca foi recuperado dos depósitos do WTC e toda a documentação relativa a fraudes e especulações bolsistas no WTC Sete, são motivos mais do que suficientes para demolir os edifícios.

    3. É um facto que foram AERONAVES a embater no WTC. Não é certo que tipo exacto de aeronaves nem a quem pertenciam.

    4. Não é um facto que a Al-Qaeda reivindicou os atentados. Pouco após os mesmos, Bin Laden negava ter algo a ver com os mesmos na Al-Jazeera (isto é mesmo assim!) e o homem que dizem ser Bin Laden no video mais tarde divulgado nos EUA não se parece nada com ele, para não dizer desde já que não é ele (as imagens comparativas são claras).

    5. Não coloco tudo em causa. Limito-me às minhas cinco perguntas. E nada de respostas inequívocas, até agora. Como digo, o crédito que me merecem as suas intervenções é o que me leva a entrar em campos adjacentes.

    6. O WTC Sete é, de facto, o mais estranho. E foi ele que colocou as primeiras dúvidas - e "pull it" ou "pull the plug" dá no mesmo, pois como já disse, seria impossível aos bombeiros ou a quem quer que fosse ter preparado a implosão no espaço de horas.

    E, por favor, veja "Loose Change" (digo isto sem pinta de ironia ou cinismo). É, apesar de algumas falhas e excessos, um documentário fundamental.

    Um abraço,
    RS

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