quinta-feira, setembro 14, 2006

Deception...

"Oh what a tangled web we weave, When first we practise to deceive!"

Walter Scott - Marmion





1.
Mohammed Atta é tido como passageiro do vôo 175,
não do vôo 11.
2.
O vôo 11 era American Airlines, não United Airlines.
3.
A United Airlines não voava de Boston para
Los Angeles às 07:30 de 11 de Setembro (2001)
4.
Mohammed Atta poderá ser muita coisa, mas certamente não o "passageiro frequente" no. 00612010129 da United Airlines.


imagem: "Ghostboarding" © A Sombra 2006





Mas o talão de embarque é bem real, ou seja, é exactamente um talão de embarque da United.
Isto é o resultado de alguns minutos de trabalho com o Photoshop cs2, sem grandes cuidados ou precisões. Para além de demonstrar a facilidade com que, com meios ilimitados, é possível falsificar seja o que for, de passaportes a listas de passageiros, de provas da existência de armas químicas a gravações video, de gravações de vozes ao telefone a relatórios de autópsia, este exercício de impostura não serve para provar nada. Já todos o sabemos.

Mas a questão é:
Poderá alguém com o mínimo de bom senso acreditar que altos responsáveis norte-americanos, directa ou indirectamente ligados à Administração G. W. Bush, tenham friamente engendrado esta teia de enganos e, assim, assassinado quase 3000 compatriotas seus a 11 de Setembro de 2001?

A resposta, cruel e fria, está dada pela História e é irrefutável:
A invasão do Iraque, iniciada a 19 de Março de 2003, foi o resultado de uma operação de embuste que juntou "provas inequívocas" de tudo e mais alguma coisa, da existência de ADM's no Iraque à relação especial entre Saddam Hussein e Ossama Ben Laden. Essas "provas", sabemos hoje, foram fabricadas com o conluio, tácito ou explícito, de altos responsáveis directa ou indirectamente ligados à Administração G. W. Bush. Foram apresentadas a governantes de todo o mundo como verdadeiras e mesmo levadas a sessões públicas da ONU. Quem as forjou, na prática, causou a morte de quase 3000 norte-americanos seus compatriotas, o número de baixas dos EUA no Iraque e no Afeganistão (até hoje).

Não menciono as muitas mais vítimas resultantes do 9/11, pois não são norte-americanas, e o que causa "impressão" a muita boa gente é a possibilidade de norte-americanos terem provocado a morte de outros norte-americanos nesse triste dia... E se acreditam que, tendo em conta os lucros da operação, alguém hesitaria em matar 3000 pessoas, imaginem o que se passa nas ruas das nossas cidades, hoje, em que irmão mata irmão por uma nota de dez euros... Agora regulem a régua de cálculo para Wall Street e refaçam as contas.

Rui Semblano
14 de Setembro de 2006

2 comentários:

  1. Bom dia!

    Ligados de facto à Administração Bush, mas não achas, como eu, que Bush é apenas a fachada? "The fall guy"?

    Que lidamos com poderes que têm de funcionar independentemente dos mandatos. E que talvez influenciem a Presidência até onde ela for influenciável. Com Clinton os conflitos internacionais e o terrorismo tinham outras proporções.

    Além do mais, Bush não parece astuto quanto baste. Mas posso estar a subestimá-lo.

    Um abraço!

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  2. Monarca:
    He's just a patsy...
    E é bem verdade. G. W. Bush foi escolhido e preparado em família para o papel que actualmente representa. Desde que se iniciou na política que o pai imaginou esta hipótese. Infelizmente, para nós, essa possibilidade concretizou-se.
    E quando falo em ligações indirectas não significa que sejam menos importantes, bem pelo contrário.
    As teias que se estabeleceram em torno do sistema governativo dos EUA e das suas instituições é impressionante e, geralmente, elas são controladas por interesses estritamente privados, numa promíscua e muito íntima relação com o Estado.
    De facto, apesar de mal escolhido (por isto mesmo), o título português de "Loose Change", "Conspiração Interna", pode não implicar directamente o Governo dos EUA, mas antes as poderosas forças que gravitam em seu torno.

    Um exemplo simples e rápido:
    Uma empresa europeia de recuperação de dados foi encarregue de recuperar os discos rígidos encontrados nos destroços do WTC. Em 2002, anunciava que do pouco que tinham já recuperado, era evidente que, imediatamente antes dos ataques, um número extraordinário de movimentos ilegais de capital (mais de 100 milhões de dólares) tinha sido realizado, na esperança, presume-se, que os computadores - e as provas - fossem destruídos. Pouco tempo depois, uma companhia norte-americana, controlada por homens com ligações ao aparelho de Estado e aos serviços de informações dos EUA, comprou essa empresa europeia.
    Resultado: até hoje, não voltamos a ouvir falar da recuperação de dados desses discos rígidos...

    Um majestoso abraço,
    RS

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