Penso que o limite foi atingido.
Se a Índia foi a Jóia da Coroa britânica, a Madeira é a Bosta da III República portuguesa. Alberto João e os seus acólitos já se tornaram mais do que simples bobos da Corte. Os seus dislates começam a ser demasiados e demasiado graves. Não vejo porque temos nós - o Estado - de continuar a suportar este bando de cretinóides (sim, que estes não chegam a ser cretinos).
Contrariamente aos Açores, que desempenharam e desempenham ainda um papel de relevo na nossa história, a Madeira, para além do casebre onde por uns tempos viveu um ilustre navegador italiano que serviu a Coroa espanhola, apenas nos causa aborrecimentos, embaraços e, principalmente, despesas - com a excepção das Desertas, cuja importância ambiental deverá ser, em qualquer caso, mantida e defendida por Portugal, nem que seja com fragatas Meko e helicópteros Navy Lynx com torpedos "vivos".
Confesso que houve um tempo em que Alberto João e os seus comparsas me divertiam, mas as piadas começam a acusar muito desgaste e o nível baixou de tal forma que já não roça o insultuoso. É insultuoso e premeditado. Nos raros momentos em que o espécime está calado e quieto, diga-se em abono da verdade, nem me lembro de que a Madeira existe, mas esses momentos já quase não existem.
Sem um pingo de ironia, creio que se deveria realizar um referendo nacional - dirigido a todos os portugueses, até mesmo os madeirenses, porque não? - sobre a possibilidade concreta de conceder imediatamente a independência às ilhas da Madeira e de Porto Santo, mas mantendo as Desertas, que as focas monge não votam no PSD Madeira e, portanto, não almejam "independências", já a têm, e ao Estado português compete a sua conservação e guarda - uma responsabilidade que não pode ser deixada a mentecaptos, para mais independentes, como bem espero venham a ser em breve.
Fora isto, será o pleno:
Nem mais ministros da República "cubanos", nem mais subsídios "cubanos", nem mais verbas do OGE "cubano", nem mais descontos brutais nos voos "cubanos" da TAP de e para o continente, nem mais bolsas a duplicar para estudar em universidades "cubanas", nem mais espaço "cubano-Schengen", nem mais zona "euro-cubana", nem mais nada!
Apenas Alberto João, bananada e meia dúzia de "quilhómetros" de areia em pó - até podem instaurar o seu próprio sistema de medidas, baseado nele - no "quilhómetro", claro. E uma língua própria, que pouco falta. E uma moeda própria, cunhada na cara e na coroa com a efígie de Alberto João, "non garbato" quanto baste, mas pronto, e chamar-lhe "Albertos" - às moedas.
E que se amanhem mais a sua independência, nos seus calhaus no meio do Atlântico, pois bem o merecem, de tanto votarem sempre no mesmo cromo. Que o comam!
(1) Que o comam e que disso façam bom proveito, pois dispensamos as sobras desse grande "patriota" - "patriota" da "pátria" madeirense, é evidente.
Sem o mínimo traço de um sorriso nos lábios, e o mais seriamente que é possível, vos digo:
A Madeira devia ser independente.
Não amanhã, mas ontem, de preferência.
Rui Semblano
Porto, Agosto de 2003
(1) Quando da visita ao Porto em 1958, em plena campanha eleitoral para a presidência da República, o general Humberto Delgado foi confrontado por um cidadão que lhe gritou: "Salazar! Salazar! Salazar!", ao que o general sem medo revidou de imediato: "Come-o! Come-o! Come-o!"
nota:
Carta enviada ao jornal Público, a 18Ago2003
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