Há caçadores e há... caçarretas.
Recordo, ainda enojado, um certo pub da Invicta em que o funcionário ou gerente ou lá o que era, tinha um falcão empalhado na parede e o mostrava a toda a gente com orgulho, exclamando: "Fui eu que cacei!"
Como é óbvio, nunca mais pus lá os pés. Há tanta gente boa a precisar de dinheiro, porque haverei eu de o dar a uma besta? Caçar por "desporto" não me convence. Por necessidade, com certeza, mas não conheço um caso de um caçador que saia para arranjar comida e passe o dia aos tiros - desde que seja um Caçador, naturalmente, que muitos há que nem o rabo conseguem encontrar com as mãos, quanto mais acertar num coelho.
A este propósito, os
Jaquinzinhos citam uma bem apanhada entrada do
Prazer Inculto, intitulada
Caça.
Recordo aqui o comentário que deixei a
jcd, a este propósito:
"Ora aqui está um exemplo de como se pode discordar num campo e concordar em outro. Não sou vegetariano, mas caçar por "desporto" é algo que não aceito, mesmo que se coma o que se caça. A necessidade é uma coisa. Não conheço um homem do campo que não tenha pena de matar um animal para comer, mas também não conheço nenhum que os mate todos por "desporto" e os meta numa arca congeladora.
Agora que estão a pensar em aumentar ainda mais o preço dos cigarros, porque o "tabaco mata", que tal pôr os cartuchos a 500 euros a unidade. Ou o chumbo "não mata"?
Claro que seria uma injustiça para os poucos que caçam por necessidade - muito poucos - mas podem sempre arranjar um calibre único para a caça e regular o sector - com multas demolidoras para quem fosse apanhado a caçar com um calibre "barato"."
Um abraço ao jcd e ao possidónio.
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