Desde 1998 que me afastei da poesia, do que era para mim a poesia, quando as suas palavras me enchiam o cérebro e, fechados os olhos, podia lê-las como se nas páginas de um livro.
Um dia, já sem o Joaquim, virei as costas ao meu antro maldito, a cave do Pinguim Café, e julguei esquecer. A poesia mata. Eu escolhi viver.
Saído da memória, surge agora o Joaquim. Materializou-se. Não o consigo ignorar. Hoje regresso ao que foi um péssimo hábito.
Chamo-me Rui Semblano. Sou amante da poesia. Há quatro anos, oito meses e vinte e dois dias que me mantenho sóbrio. Daqui a pouco vou prová-la, de novo. Só um cheirinho não deve afectar-me...
Não creio que seja um regresso a um péssimo hábito.
Mesmo tratando-se de Joaquim Castro Caldas.
Mesmo num local que tem por nome "Maus Hábitos".
Se sobreviver, contarei como foi.
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